sábado, 29 de novembro de 2014
10 anos
Número de anos de prisão para Duarte Lima, 10 anos, vem dar continuidade ao que parece ser uma justiça que finalmente começa a chegar aos poderosos, basta ver alguns casos recentes, como o Face Oculta, o BES, Vistos Gold ou Operação Furacão ou Marquês. Tudo isso são sinais positivos, no entanto há algo que me causa estranheza. Condenados ou não, todos saem em liberdade, sempre a dizerem-se injustiçados e que vão sempre recorrer, pudera, têm dinheiro para os melhores advogados, pelo que a condenação é apenas um embaraço momentâneo, que não os afecta muito. A prisão efectiva é para ser cumprida apenas pelos que não têm o poder do dinheiro.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Acontecimento
Esta semana vivemos uma paranóia informativa que teve inicio na sexta feira passada com a prisão de um antigo primeiro ministro muito comhecido. O interesse parece aumentar quanto menos se sabe. E na realidade nada se sabe, para além do picante da detenção e subsequente prisão preventiva de um ex primeiro ministro, ainda por cima um politico que fez da confrontação, do autoritarismo, do discurso no fio da navalha, da permanente prosmicuidade entre a verdade e a mentira, a sua imagem de marca. Mas nada se sabe, nada saiu para o publico para além das fugas cirurgicas promovidas não se sabe por quem. De repente vi hoje uma reportagem onde muito se resume a umas vendas ficticias de uns andares pindéricos no Cacém, de umas vendas de um andar em Paris que ainda não se concretizou. Afinal o primeiro ministro dos fatos Armani, das gravatas italianas, perde-se por uns mamarrachos parecidos com os que "projectou" lá para a Guarda. Será só isto ? Ficamos para ver, mas parece tão pouca uva para tanta parra...
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Património
Como era de prever o cantar alentejano foi mesmo designado Património Imaterial da Humanidade. É uma indicação muito positiva e que deve encher de orgulho todos os portugueses, incluindo os alentejanos, que não sou. Mas sinto o que devem sentir. Espero que não encarem esta designação como muitos alentejanos costumam encarar muitas outras coisas na vida, como uma dádiva, que estava em dívida há muitos anos, que foi feita justiça, e alguém deve continuar a pagar a dívida que existe para com eles, e esperar que o Estado cumpra o seu papel, o município cumpra o seu papel, Deus cumpra o seu papel, os politicos cumpram o seu papel, a Europa cumpra o seu papel, o ministro cumpra o seu papel, pois a eles não cumpre qualquer papel. Pois na realidade é aos alentejanos que compete o principal papel para colocar o cante na rota das musicas do mundo. Mas nada de ilusões. O essencial é que o papel social e de relação do cante se mantenha e seja incentivado. Estão de parabéns aqueles que não deixaram por mãos alheias e arregaçaram as mangas, e pelo que percebo os municípios, e em particular o de Serpa, estão de parabéns.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Cante
Hoje ou amanhã pode ser o dia do anuncio do cante como Património Mundial, pela UNESCO. Tal como dizia Vitorino hoje na Antena 1, no cante não há stars, não há grandes artistas com carreiras internacionais de sucesso, no universo da World Music, mas apenas os cantadores a quem a musica pertence, e o povo rural de que emerge, digo eu. Daí a sua simplicidade e genuinidade. Por isso se a consagração vier nada de muito significativo mudará, pois não há industria, circuitos comerciais, processos de marketing ou grandes produtores ou empresários que apostem numa actividade que não gera rendimento ou dinheiro, mas apenas se assume como uma musica do povo, na qual boa parte dele nem se reconhece, pois a realidade social que lhe deu origem, um Alentejo rural, de proletários, está a desaparecer, e com ele até pode estar em risco o futuro, apesar dos esforços de alguns que o procuram promover junto da juventude. Fica aqui mais uma pequena tela sem pretensões.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Cantar
Na véspera de podermos ter a notícia de designação do cantar alentejano como Património Imaterial da Humanidade, apresento aqui esta pequena tela com que tento representar os cantadores e cantadeiras, que se dedicam a esta forma de cantar, de forma simples, como amadores, de uma forma desinteressada, por amor, sem ganharem seja o que for que não seja o seguir uma rica tradição que se enraiza na actividade dos rurais, alegria pouca para grande exploração, durante muitos anos, condenados a uma vida de sobrevivência, a vida "a pão e água", e daquilo que iam apanhando. Os coros femininos, coisa que me parece mais recente, introduziu aqui uma nova sonoridade que só enriquece o cantar do Alentejo.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Telha
Hoje pintura em Palheiros. No limite também se pode pintar uma telha, ficamos assim claramente na minha praia, isto é no domínio do artesanato. Neste caso queria um ninho de cegonha, e a cegonha em pleno voo, preparando-se para pousar e assim ficou, embora simplificado. É assim o artesanato, sempre uma simplificação da realidade, dando um aspecto simples e redutor, a nível da ingenuidade e da visão genuina da realidade rural, neste caso. Ficou bonito, of course !!!
domingo, 23 de novembro de 2014
Semedo
Não voto habitualmente no Bloco de Esquerda, embora tenha votado Marisa para o Parlamento Europeu. Mas se há personalidade que aprecio é João Semedo. Tenho dele a imagem de alguém integro, sadio e com honestidade intelectual, coisa rara na politica portuguesa. Por isso a manutenção deste homem à frente do Bloco é algo que me parece positivo, apesar de não alimentar expectativas quanto à linha do Bloco e a eficácia da sua acção pelo nem serei seu votante. No entanto a voz do Bloco permitiu, por exemplo, que o retorno das subvenções vitalícias fosse inviabilizado, e é uma voz que faz falta na politica portuguesa, agora que o retorno das esquerdas pulverizadas, parece inevitável, condenadas assim à irrelevância. Espero assim que se venha a dar razão ao bom senso e que Semedo se mantenha, de preferência sem a "ajuda" da pequena Catarina, essa sim "fora da caixa" como agora se diz.
sábado, 22 de novembro de 2014
Ganância
Esta semana tem sido um fartai vilanagem de casos de corrupção. Dos vistos gold á prisão de Sócrates e alguns suspeitos, apenas a face mais visivel de uma situação que degrada a confiança dos portugueses nas suas instituições, nos políticos, nas hierarquias do Estado. Encho-me de tristeza pelo país que mostramos ao mundo, pelo país que construimos após o 25 de Abril. Mas o que mais me confunde é não entender como gente que não tem necessidade se mete nestas andanças. Mas se dúvidas tivesse na passada 5ª e 6ª feira passou na SIC uma reportagem em dois episódios acerca dos desenvolvimentos do processo BPN, onde fica claro como aparece o dinheiro e para que querem certas "pessoas" o dinheiro que ganham, ou roubam, ou pedem "emprestado", sem vontade de vir a pagar. É para poderem alimentar as "altas expectativas de rentabilidade". E com base nesse "activo", milhões e milhões são emprestadados a "investidores", malandros, patos bravos, ex-politicos com "dotes" empresariais, gente em geral com muita ganância, poucos principios e gostos duvidosos, e muito atrevimento. Assim investem em coleções de Mercedes, sem as quais não podem viver, mas que escondem em garagens clandestinas, obras de arte que amam tanto, que estão guardadas nos cofres da Sothebies, herdades de sonho onde nada construiram, terrenos em locais onde pensam que grandes infrestruturas vão ser baseadas, marinas com parques de estacioamento para milhares de carros, empresas de cascas de alho, que têm em comum nunca sairem do papel, nunca serem pagas, mas serem objecto de garantia para os empréstimos concedidos. Uma grande lata, uma vergonha, com a total colaboração da banca e dos políticos no activo. Tudo ao nível de terceiro mundo, sem ofensa para esta parte do mundo !
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Voltar
Após mais uma rotina hospitalar, regresso à planície. Relembro a minha visita à vila de Entradas, em Castro Verde, uma autentica vila alentejana, aberta, branca, com espaços largos, e gente simples. Respira-se aqui outro ar, e uma brisa sadia invade-nos mal aqui chegamos. Agora terão de passar dois ou três dias para recuperar desta "visita" a Lisboa...
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Ruralidade
Hoje na minha saida matinal decidi vistar a aldeia de Entradas, junto a Castro Verde, e eis que dei com o Museu da Ruralidade. Já tinha ouvido falar dele na Antena 1, mas hoje visitei. Encontramos antigas ferramentas de trabalhar o campo, uma forja de ferreiro, uma exposição acerca de caldeiraria, miniaturas de ferramentas e uma espaço de muita qualidade dedicado a manter vivas as experiências de uma ruralidade vivida no Baixo Alentejo, pois a generalidade do material exposto nas suas diversas salas foi oferecido por gente da região até da própria aldeia. Existe ainda uma taberna, um centro de documentação e uma recepção onde somos bem recebidos e se podem fazer compras, entre outras coisas CD com gravações de cante dos grupos do concelho, e são muitos, aliás essa musica é a banda sonora da visita. Existe ainda um nucleo em Almeirim, que não visitei hoje ma onde irei em breve. Vale bem a visita e mostra bem a boa relação que o Municipio de Castro Verde tem com a cultura. Gostei muito. Fica a foto do museu, se quiserem ver o interior é melhor lá ir...
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Novas telas
Hoje estive na Aldeia de Palheiros, como todas as segundas de manhã e iniciaram-se novos trabalhos, aliás alguns já vêm da semana passada. O entusiasmo permanece e as senhoras não se poupam a dar-me mimos, hoje foram espinafres, mas já recebi ovos, feijão verde, compotas, doce de tomate e de outras deliciosas frutas, o que eu interpreto como sinal de satisfação e de reconhecimento, sinais que aprecio particularmente, pois tudo isto é feito ou colhido com as suas próprias mãos. É um dar e receber constante que é uma lição. Obrigado.
domingo, 16 de novembro de 2014
Casével
Hoje de manhã passei por lá, a pequena aldeia de Casével, e parei o carro mesmo em frente da sede das Vozes da Planície. A aldeia estava quase deserta, o céu tinha nuvens grossas que pareciam prometer chuva. Fotografei de novo a Torre e a pequena capela mesmo ao lado. O silêncio estava por todo o lado e o cheiro a terra húmida lembrava bem onde se estava. Poderia ouvir o som das Vozes acompanhadas pela viola campaniça. Mas não, por isso os trouxe até aqui para que se possam ouvir, na sua simplicidade e sem pretensões que não seja dar continuidade a tradições de muitos anos e que não podem ser interrompidas. A poucos dias do anuncio do resultado da candidatura do cante alentejano a património da Humanidade, aqui ficam para ouvir.
Inverno
Com o aproximar do Inverno a humidade toma conta dos campos e o verde domina. Começam também as primeiras flores silvestres, e agora já estão um pouco por todo o lado, como estes minusculos malmequeres apanhados em flagrante hoje de manhã nos campos de Castro Verde. É a natureza a renovar o seu ciclo independente da vontade dos homens pois estes dela fazem parte. Não é bonito nem feio, lindo ou horrível, é o que é !
sábado, 15 de novembro de 2014
Espirito
Estou a ouvir o album relativo ao concerto de Rodrigo Leão comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril. A única parte da comemoração que não criou polémica ! Cinco estrelas. Sendo um concerto sobretudo instrumental tem quatro faixas vocais com as vozes de Camané e Celina da Piedade. Excelentes interpretações. Tem um CD e um DVD.
Monda
"Mondadeiras do meu milho, mondai o meu milho bem, não olheis para o caminho, que a merenda já lá vem".
Uma pequena tela com imagem da monda. Não está grande coisa, há que melhorar.
Uma pequena tela com imagem da monda. Não está grande coisa, há que melhorar.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Anéis ou dedos ?
Foi anunciada hoje a privatização de 66% da TAP. Não é novidade mas é triste. Depois da EDP, PT, REN, ANA, CTT; etc tudo acaba em mãos privadas e sabe-se lá prever as consequências de tais decisões, estas sim, irrevogáveis ! Vender anéis e ficar com os dedos é apenas uma figura de estilo, pois aqui não há anéis nem dedos, mas empresas cula venda pode comprometer o interesse nacional, a segurança do país independente e livre. É todo um programa que está agora a concluir-se e que deixa nas mãos do Estado tudo o que dá prejuizo, e transfere para o privado o que é ou pode vir a ser lucrativo. Não gosto.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Natureza
Afinal ainda não estava morta... Decidi mudar o pano que estava mal conseguido. Afinal não é mesmo o meu forte, mas com esta mudança talvez tenha melhorado um pouco. Um verdadeiro exercício de paciência. A quadricula pintado com milhares de pinceladas. Como se diz. quem não tem que fazer...
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Legionário
Não se fala de outra coisa que não seja o surto epidémico pela bactéria "legionela", e o país está em pânico, e a ignorância como sempre toma a vanguarda, por mais que gente mais sabedoura se esforce por esclarecer, a percentagem de asneiras por metro quadrado cresce, basta dar uma breve passagem pelas "antenas abertas", para perceber que o desconhecimento está em alta, e como sempre " a ignorância é atrevida". Agora não espero que atinja aqui o Alentejo profundo, pois se por acaso chegasse a mim teria morte certa, claro, o meu estado não está preparado par tal bicho tão agressivo. Fica o desabafo !
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Dora Bruder
Em 1942 um anuncio num jornal, os pais procuram a sua filha desaparecida. Em Paris, uma Paris ocupada pelos alemães, numa França dividida entre duas realidades que eram duas faces da mesma moeda, os ocupantes, e a zona livre, na realidade composta pelo regime pró nazi de Vichy. A filha desaparecida é Dora Bruder. Filha de judeus, escondida pelos pais enquanto judia, numa cidade onde é perigoso existir, só resulta rastejar, entre os criminosos e os colaboracionistas. O internamento era o mais normal para quem era fora do normal. Vinte anos depois alguém procura Dora Bruder, a partir do anuncio, e percorre o seu caminho nas ruas, nos prédios que se julga ter habitado, nas escolas onde possa ter estado, nas prisões onde uma adolescente terá sido presa, com prostitutas, comunistas, desamparados, judeus e outros "anormais", nos campos onde terá sido internada, nas manhãs geladas de 1942, nos vagões que a terão transportado, nos campos onde terá terminado sua curta vida. Dora Bruder é um excelente pequeno livro do nobelizado Patrick Modiano. Onde reconstrói um enorme puzzle, de uma Paris cidade de escuridão, servidão e desumanidade, em 1942, dias de chumbo, onde o homem foi predador do próprio homem. A ler.
domingo, 9 de novembro de 2014
Muro
Caiu há 25 anos e não deixa saudades. Muro de Berlim, da Vergonha, imagem fisica da imagem verbal inventada por Churchill, a "Cortina de Ferro", que separava o Leste do Ocidente, o chamado Mundo Livre, do Império Soviético, Berlim cidade sitiada, mas na imagem dada pela imprensa parece que era Berlim Leste a cidade cercada quando na realidade o Muro cercava Berlim Ocidental, para impedir a fuga de alemães do Leste, de todo o Leste, Berlim Ocidental era assim uma cidade onde só se podia chegar de avião. Familias foram separadas no dia em que se começou a construir o Muro, pessoas foram encerradas numa cerca como de animais se tratassem. Mas nada de ilusões, com a queda do comunismo não acabaram os Muros. Ouve muros na Austrália, hoje há Muros na Palestina, em Ceuta, e até há Muros entre o México e os EUA. e o Mar Mediterrâneo não estará transformado num enorme Muro ? Os Muros vão permanecer enquanto houver homens que queiram cercear a liberdade de outros homens, e isso há cada vez mais !!! Não poderemos esquecer, mas convém relembrar.
sábado, 8 de novembro de 2014
House of Cards
Estarei atrasado eu sei, mas comecei agora a ver a 1ª temporada desta série, com Kevin Spacey, e realizada por David Fincher. Não vou dizer nada de novo, pois já muitos disseram que esta série é excelente. Tudo bem feito, bons actores, grande realizador e um argumento muito bom, que envolve o triangulo política, jornalismo, interesses, e apresenta-nos com total crueldade, os bastidores do mundo da política, com comentários dos próprios acerca do cinismo das suas manobras. Dizem cada vez mais que as séries da actualidade superam o cinema e literatura, na qualidade do que apresentam, na actualidade dos temas, na realização. qualidade dos argumentos e da representação. Acredito a julgar por esta e outras, e House of Cards vale a pena ver. O argumento todo ele se compreende muito bem, tudo é muito claro, e muito intenso, como se quer numa série de televisão.
Morta ?
Regresso após 2 dias de ausência forçada. E mostro aqui uma natureza morta, que foi iniciada em 1999, encostada, esquecida, anos e anos fechada num armário e de lá saiu há alguns dias para ser terminada. Não é o meu forte mas é um bom exercício para principiantes como eu. Umas frutas numa taça, um pano que cai sobre uma mesa e uma tentativa de trabalhar a luz e as superficies arredondadas. Podia estar melhor, podia, mas nesse caso não seria da minha autoria pois duvido que a pudesse fazer muito melhor. Não sou nenhum Cezanne... Portanto ao fim de 15 anos pode-se dizer que finalmente está "morta". É assim quando se basculha os fundos dos armários esquecidos encontra-se sempre despojos do tempo. É o caso.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Incompetentes ?
Deste post podemos dizer que "a ignorância é atrevida", que é injusto, errado, incorrecto, mania de falar daquilo que não se sabe, coisa vulgar na internet. Tudo isso é verdade, além deste post ser politicamente incorrecto, inconveniente, incapaz e idiota. Tudo verdade !!! Mas não resisto a dizer o que pode ser uma grande asneira, quando vemos os timorenses, e Xanana entre outros, acusar os juizes que expulsaram de incompetência, apesar de me parecer que para a incompetência a expulsão não é solução aceitável, mas retomando, se calhar os timorenses dizem na sua ingenuidade aquilo que muitos portugueses pensam da justiça e dos juizes, e não ousam dizer. Será que Deus escreve direito por linhas tortas ? E esta gente que aqui em Portugal tudo fazem, pois acham-se acima de qualquer critica, não será mesmo ... incompetente ?
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Cruzeiro Seixas
Tinha referido em post anterior que a minha parede tinha recebido duas serigrafias deste autor surrealista, mas só mostrei uma pois esta segunda não encontrei em nenhum local da net, o que será uma raridade, Dela existem 200 exemplares mas há muitos anos que a comprei e tem imagens de conteúdo maçónico e fálico. Gosto dela mas já está um pouco danificada. Fica aqui uma foto.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Secador
Para uma pintura em acrilico rápida um secador de cabelo pode ser útil entre outros artefatos. Aqui vemos a sessão de hoje e a dona Graciete a manusear tal aparelho, para começo de trabalho. Começaram agora uma segunda tela, para consolidar o trabalho feito na primeira, e agora a paisagem alentejana parece ser o motivo inspirador. De resto os suportes variam, e até a dona Isabel trouxe uma telha para pintar. é preciso é gente satisfeita. São telhas pinta-se telhas !!!
Patxi
Faz parte de uma geração de cantores espanhóis que fizeram época, e tiveram muito sucesso em Portugal, de que faziam parte Serrat, Manolo Diaz, Paco Ibañez, o grupo Aguaviva, entre outros. Trata-se de Patxi Andion e é conhecido pela sua voz rouca e nasalada. Ainda está no activo, coerente com os seus melhores tempos, compõe e faz espectáculos. Ontem esteve no teatro TEMPO, em Portimão. Fui ver, aproveitando uma oferta de bilhetes da Antena 1. Verdade que já não me toca como tocava, mas continua em grande estilo, trovador inveterado, o basco dedica-se agora a um registo mais intimista. Acompanhava-se a si mesmo na guitarra, e de tudo prescindiu, menos de um diálogo permanente com as pessoas que lotavam a sala, em bom português. O público, esse era dos 50 anos para cima, e todos iam à procura de rever velhos momentos. Não ficaram desiludidos.
domingo, 2 de novembro de 2014
Regresso a casa
Após muitos anos de afastamento regressam a casa duas serigrafias do mestre Cruzeiro Seixas, que comprei há muitos anos. Mostro aqui uma delas, a outra terei de fotografar pois não se encontra na net (eu pelo menos não encontro). Cruzeiro Seixas, ainda vivo com 94 anos, é talvez o único surrealista português ainda vivo, e que se mantém fiel ao surrealismo ainda hoje. Ao contrário da maioria dos grandes artistas, manteve-se sempre muito presente no mercado da serigrafia, considerada por muitos uma actividade "menor", mas que muito contribui para "democratizar" a arte, tornando-a acessível a muitos. Agora está de novo na minha parede. Depois mostro a outra, que é um pouco mais ousada.
sábado, 1 de novembro de 2014
Feriado 2
Faz hoje 4 anos escrevi um post com este título, "Feriado", pois na altura era feriado, hoje não. Nesse post, com uma foto de um prato de "arroz de marisco", um dos meus pratos preferidos, agora banido, simbolizava que como me sentia, mesmo que visse esse prato na minha frente eu não o provaria sequer, tal o meu fastio, a minha fragilidade e a "rejeição" que a comida me provocava. Nesses dias duros, nada me fazia levantar da cama, a cama era o meu quarto, a minha casa de banho, o meu jardim, o meu passeio, o meu cinema, o meu computador, a minha rua, e foi da cama que coloquei esse post, e falo dele por ser o mais visitado de todos os que coloquei, talvez por razões de mera coincidência do mundo digital. Nesse feriado, a minha esperança mantinha-se, apesar dos prognósticos, o moral estava em baixo, e ao adormecer ouvia o bater descoordenado do meu coração, o que me deixava em pânico, e foi aí que me tornei dependente do Lorenin, pois só queria uma coisa, adormecer e ver o sol do dia seguinte. Apenas um dia de cada vez e sem deixar que a luz se apague, hoje como há quatro anos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)