segunda-feira, 23 de julho de 2012
S.Brás de Alportel
Durante a passada semana talvez uma das maiores tragédias de sempe atingiu este concelho. Agora o presidente da Autoridade de Protecção Civil vem reconhecer a sua falta de competência. Os meios, afinal os maiores de sempre envolvidos no combate a um incêndio, não foram adequados para evitar que 37% do concelho ardesse, com o cortejo de ruína, desmotivação, desânimo, para muita população,a maioria idosa, que perdeu o complemento de uma reforma de miséria, que obtinha a partir de uma agricultura de subsistência. A cortiça que se foi, os tomateiros que arderam, o feijão que se volatilizou, as oliveiras que se queimaram, os porquitos que morreram, as galinhas, um ar que lhes deu, e até o cão, se sobreviveu, ficou mais triste que a noite negra, incapaz de encher de alegria um negro horizonte de desgraça. Um engano nas previsões e lá se foi o trabalho de uma vida , de milhares de vidas. Durante a semana muitos ecos se ouviam de que as coisas não corriam bem, mas tal não foi suficiente. Agora, que nada pode devolver o que já se foi, o mínimo, abrir um inquérito, saber o que se passou, tirar conclusões para o futuro, pois não se pode repetir. Verdade também nada há para arder. E já agora não se faça como na Madeira, onde a nítida falta de meios, devido a um desgoverno que prefere inaugurar piscinas a apoiar bombeiros, leva o Governo em vez de analisar a situação com objectividade, lança uma campanha contra o "terrorismo incendiàrio", como se tudo se explicasse pela existência de dois ou três incendiários que, durante anos, nada fizeram. Só não vê quem não quer ver.
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