Faleceu hoje, escritor do mais produtivo que a literatura portuguesa conheceu, percorreu todas as áreas, do conto, novela, ensaio, ao romance, livros de viagens. Apenas julgo que jamais escreveu poesia.Foi dos poucos escritores que visitou a União Soviética, integrado numa missão a convite da União dos Escritores da URSS, missão conturbada, e que deu origem a um livro em 1973, imediatamente apreendido. Comunista desde sempre. alentejano de Moura, e ao que vem na biografia, de origens abastadas. A intervenção social era permanente na sua escrita. Nos idos do final dos anos 60 inicio dos 70, talvez fosse dos escritores mais lidos e procurados. ao lado de um Fernando Namora ou Alves Redol, numa altura em que a literatura light era desconhecida. Para minha vergonha apenas li um livro seu, "Os insubmissos", publicado em 1962, comprado e lido pelos idos 1970, numa Feira do Livro onde ele ocupava sempre muito espaço na barraquinha da Bertrand. Nunca foi de grande exposição pública e teve um posicionamento cívico invejável, desde antes do 25 de Abril, e serviria de exemplo numa época em que os valores cívicos andam tão por baixo. Agora que morreu talvez lhe façamos justiça, a começar por mim.
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