Ora nem mais, Isabel, a rainha africana, a princesa do poderoso Presidente, a filha do "mais velho", a engenheira nascida e formada na URSS, tal como seu engenheiro pai, vai sacar mais 200 milhões da sua conta, será ? e vai comprar a jóia da tradição industrial da sua ex potência colonizadora, a EFACEC. A mulher não pára, tudo compra tudo vende, apropria-se, transforma, ganha muito, arrisca, e candidata-se a nova "dona disto tudo". Maravilhosa Isabel, saída directamente da acumulação primitiva de capital, defendida por seu pai de uma forma "patriótica", para a acumulação capitalista. Um filósofo do século XIX descrevia assim aquilo que se passou, e que criou esta Isabel, e muitas outras e outros, e que descreveu desta forma :
" Historicamente, isso foi possível graças às riquezas acumuladas pelos
negociantes europeus com o tráfico de escravos africanos, com o saque
colonial e a apropriação privada das terras comunais dos camponeses,
com o protecionismo às manufaturas nacionais e com o confisco e venda a
baixo preço das terras da Igreja por governos revolucionários. Com o
advento da Revolução Industrial, conclui Marx, a acumulação primitiva
foi substituída pela acumulação capitalista."
Quando o barbudo escreveu isto estava-se no final do século XIX, mas já nessa altura pensava em gente como a Isabel, com as devidas adaptações claro ! (onde se lê negociantes europeus, por exemplo, leia-se "clepto-elite africana")
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