quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Já temos saudades
Amanhã ultimo dia da presidência Obama, hoje deu a última conferência de imprensa, Parece que já temos saudades. Perante a tragédia do que aí vem, a grosseria, a idiotice, o despropósito dos comentários, a irrelevância das ideias ou da falta delas, os comentários acintosos e a ignorância elevada a instituição, já se sente falta de Obama, do seu elan, das sua palavra fácil e bem humorada, da sua educação, do seu estilo "casual", da sua leveza, mas também de uma visão da política, que tem em conta as pessoas, que respeita os aliados, no seu multilateralismo, que respeita as diferenças. Nem tudo foi perfeito, lidou com um congresso que não dominava, mas sempre transmitiu aos americanos e ao mundo uma imagem de tranquilidade, de previsibilidade, fazendo o que o mundo ocidental espera que uma presidente americano faça. Não inventou, não fez rupturas perigosas e sempre pesou as suas palavras. O "fanfarrão desbocado" deveria por os olhos nele, e a sua esposa "Barbie" inspirar-se um pouco em Michele para não dizer asneiras, não exibir a sua futilidade de forma tão exuberante. Já agora, em que parece que a "nódoa" não sabe onde acaba o negócio privado e começa o público, e não distingue a Casa Branca da Trump Tower, quando nomeia a família para os cargos públicos, inspirando-se no seu ídolo Putin, poderia também inspirar-se na postura de probidade moral e pessoal de Obama. Já temos saudades e temo que no futuro tenhamos muito mais. Deus nos proteja de mais este "terramoto".
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