quinta-feira, 3 de outubro de 2013
SNS ao vivo e a cores
Reconheço que o ministro Macedo tem sido razoável nas medidas tomadas, mas mesmo assim as coisas estão a mudar. Há a visão dos que estão todos os dias nos hospitais, os funcionários, dos que ouvem falar ou lêm os jornais, e daqueles como eu, que utilizam o SNS com alguma frequência, e quando vão "mergulham a fundo" naquela máquina. Foi o que fiz ontem. E que grande diferença, para pior. Claro o essencial mantêm-se, a competência, o esforço e a relação. Mas os cortes estão a deixar marcas e nota-se. Não falo das taxas moderadoras, pois feliz ou infelizmente estou isento. Falo na redução de pessoal que implica retirar funções, por exemplo, eu fazia a recolha de sangue na enfermaria, agora os enfermeiros deixaram de fazer e passamos para o recolha das consultas externas, onde um transplantado, imunodeprimido espera no neio de centenas de pessoas, umas com tosse outras com gripe outras sabe-se lá o quê, ultima coisa que se recomenda a um doente transplantado, mesmo protegido com máscara. Depois, para realizar um ECG, fui atendido noutro local, por uma técnica que estava furiosa, pois ao mesmo tempo que fazia o ECG, realizava uma prova de esforço com outro utente. Na cantina não havia iogurtes, e para se descobrir um pacote de leite foi dificil pois são contados à unidade. Os medicamentos são dados para um mês, quando vou á consulta de dois em dois meses, pelo que teria de voltar lá de propósito buscar, felizmente os médicos reconhecem a estupidez da medida em casos concretos, e dão a volta ao receituário pata evitar o pior. Já não vale a pena falar da dificuldade em consumiveis, como gel de banho ... Claro tudo isto são pormenores, que aliados a tudo o resto irritam o pessoal, baixa a qualidade do atendimento, acaba por irritar os utentes, que pressionam ainda mais o pessoal, que tende a exteriozar o seu descontentamento sobre os utentes, chegando no final a pedir desculpa pela forma como falam (aconteceu comigo). Isto só mostra que os cortes são feitos sem uma análise da forma de assegurar o serviço mais eficiente, ou seja, primeiro corta-se de depois logo se vê como vamos fazer. Bolas, não estraguem aquilo que funciona bem. Claro, depois de tanta volta e tanta novidade mal resolvida e mal comunicada vim de lá "arrasado" (fisica e psicológicamente),
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