sábado, 19 de outubro de 2013
Vinicius de Morais cem anos
Faria hoje 100 anos se tivesse sobrevivido a tanto tabaco, a tanto whisky, a tantas mulheres, a tantas rimas, a tantas canções, a tanto mundo, a tanta poesia, a tanta música, a tanta liberdade, a tanta ditadura, a tanta ipanema, em resumo a tanta "vagabundagem". Mas não sobreviveu, morreu a 9 de Julho de 1980, aos 67 anos, mas deixou um legado que mudou o Brasil, e todos os luso-falantes, que se revêm na sua poesia, na sua postura no mundo, e no seu enorme contributo para aquilo a que se chama abreviadamente a MPB. Por isso é um nome maior que me deixa uma enorme saudade, uma enorme melancolia, quando penso nos espectáculos que fez nos anos 70 no Teatro Villaret em Lisboa, e que assiti numa decrépita TV a preto e branco, onde a sua linguagem a sua comunicação chocava com aquele mundo cinzento que tinhamos em Portigal, e que conhecia bem no Brasil, donde foi retirado da diplomacia, pois era diplomata de profissão. Retirei dos meus "tesourinhos" pessoais um livro de 1969, o primeiro de Vinicius publicado em Portugal, "O poeta apresenta o poeta", onde o grande Alexandre O´Neil apresenta Vinicius, e dois CD's que recomendo onde o poeta canta com Toquinho, seu companheiro de sempre, Maria Bethania e Maria Creuza, mas que deve ser dificil encontrar. Já agora o endereço de um site que lhe é dedicado no Brasil aqui. Para que na voragem da imbecilidade a que estamos expostos não se esqueçam os maiores. Saravah !!!
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