sexta-feira, 12 de maio de 2017
Luz e trevas
Não sou na verdade um crente, mas a relação com o "não sei quê" não me deixa indiferente, por isso não fico de fora de fenómenos inexplicáveis, daqueles que mesmo mentes mais maquiavélicas teriam dificuldade em inventar. Assim as caminhadas até Fátima, como outras no mundo, de gente simples e que responde a um chamado fascina-me. E pensem bem, a fuga dos refugiados é algo que pode ser associado. Com as devidas distâncias assistimos em qualquer dos casos a uma fuga das trevas rumo à luz protetora. As pessoas hoje sentem um enorme perigo que se aproxima e que pode pôr em causa a própria Humanidade. A ascenção da violência como religião, a indiferença face ao sofrimento humano, a cultura do lucro ganancioso, a validação de politicas tenebrosas, que excluem o ser humano e o tornam simples marionete de líderes boçais, ignorantes e violentos, sejam os Trumps, os Maduros, os Erdogans, os Putins, os Le Pens, os Kim Jung Il, todos os dias vemos as trevas avançar e o refugio na luz é a esperança. Não há coincidências, sei por experiência própria, ainda hoje não compreendo porque estou vivo, e só estou porque certas pessoas certas, estavam na hora certa no local certo, e esse local foi luminoso para mim. Por isso aceito os peregrinos, aceito com simplicidade os que acreditam, mais do que eu, acreditam, se bem que talvez eu tivesse ainda mais razões para acreditar. Também eu conquistei a luz, ou melhor, esta foi-me ofertada por uma mão misteriosa, também eu tenho a minha relação especial com o "não sei quê"
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