"Quando a mulher ama, adora. Quando o homem ama, despreza, porque alguma insignificância deve ter a espécie feminina para permitir o erotismo".
Mais uma citação desconcertante de Agustina, no livro que estou a ler, chamado "Fama e Segredo na História de Portugal" de 2006, pois desde lá que Agustina deixou de escrever, atacada pela doença. Referia-se á relação de Dom João II com as mulheres. Mas a frase é intrigante e nela Agustina apresenta o homem como misógino e contraditório. Como pode o desprezo ser uma forma de amor ? Ainda por cima em nome da menorização do erotismo, quando se passa a ideia de que o homem lhe atribui uma excessiva importância ? Mas se pensarmos melhor ela terá alguma razão. O homem vê a mulher como uma forma de "pecado" do qual não consegue escapar. Diz-se, o diabo conquista o coração do homem através da mulher, não sei onde li isto, e esta relação contraditória faz do homem um infeliz em potência. A mulher nesse aspeto é previlegiada pois sempre é o centro da atenção, o chamado "objeto do desejo". O homem que despreze, só lhe faz mal.
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