terça-feira, 8 de julho de 2014
A greve de bata branca
Sou um utilizador furioso do SNS, talvez um dos mais caros, e totalmente satisfeito durante algum tempo. Agora um pouco menos pois entrei em especialidades menos "fatais", e aí, aonde a pressão da morte é menor o SNS "amolece", tudo deixa de ter inportância, o prazo é o que for, e a prestação dos serviços torna-se preguiçosa, a atenção das autoridades públicas distrai-se, os meios são mitigados (não estou a falar de poupar no desperdício mas em cortar por cortar), e penso que em saúde menos até pode ser mais, mas o menos tem de ser onde não faz falta, e o mais onde o doente está. Nada disso é o que se passa. Apesar de alguma racionalidade introduzida por este ministro o SNS pós-troyca está a ser uma "experiência insuportávelmente estúpida" uma EIE. Não contratar profissionais onde fazem falta, e a seguir ir buscar pessoal a Cuba, ou contratar serviços em empresas de trabalho temporário é uma EIE (experiência insuportávelmente estúpida). Dar medicamentos para um mês e obrigar os doentes a deslocações inúteis, os médicos a assumir receituários que ajudam estes doentes, e obrigá-los a expedientes de defesa (hoje tenho muito mais medicamentos em casa do que antes...) é mais uma EIE. Marcar consultas de expecialidade ao fim de anos, fazer operações em prazos que levam doentes a cegueira, e depois ter em muitos locais blocos operatórios subutilizados é uma EIE. Apenas alguns exemplos, claro !!! Sendo assim, e sabendo que uma greve se destina a defender interesses de classe, como dizer que a greve dos médicos é política ??? Isso é algum insulto ? Claro que é política, contra uma política que é apenas uma EIE !!!
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