quinta-feira, 10 de julho de 2014
Dia dos prodígios
Ontem foi o meu dia dos prodígios, pois ía a Beja fazer uma eco (sempre o mesmo motivo), o meu carro enguiçou, e fiquei parado no meio do Alentejo debaixo de 35º às 3 da tarde a torrar. Por acaso apareceu a carrinha da assistência, prodígio nº1, que não reparou o problema, mas deu-me boleia para o local onde ía e posteriormente chamou reboque. Lá vim nessa geringonça, a torrar de volta a Ourique, conduzida por um motorista tresloucado que vinha a conduzir o reboque e permanentemente a escrever sms no telemóvel e a receber respostas. A boa noticia é que não tive acidente nessa viagem insuportável, prodígio nº2. Entreguei o carro aqui numa garagem e diagnosticou distribuição partida, o que implica despesa e ficar sem carro algum tempo. Mas, ao darem-me boleia para casa reparei que na confusão perdi as chaves de casa. Telefonei insistentemente a uma pessoa que tem a minha chave mas não atendia. Assim desesperado no meio do Alentejo encalorado e sem chaves para entrar em casa, telefonei aos bombeiros para me abrirem a porta. Abriam mas na presença da GNR, pelo que lá fui e mostraram que ao contrário do que muitos pensamos ajudam mesmo o cidadão. Vieram a minha casa, deram-me boleia, e aqui à porta encontraram-se com os bombeiros. Por sorte, prodígio nº3, a pessoa a quem telefonei viu a chamada e ligou-me para ir buscar a chave, isto no momento em que os bombeiros se preparavam para partir uma janela, que foi salva. A GNR foi então comigo buscar a chave, e trouxe-me a casa com toda a simpatia, prodígio nº4. Abri a porta, agradeci e atirei.me para o sofá, meio morto. Prodígo nº5, a metade morta ressuscitou. Bolas há dias que não se pode sair de casa. Mas provei que os serviços publicos "ainda" funcionam.
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