quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Memória
Vinte e seis anos passados, algumas outras pessoas passaram, algumas alegrias passaram, muitas tristezas passaram, algumas novidades chegaram, a Francisca a melhor de todas, pessoas vieram pessoas foram, todas deixaram marca, para o bem, para o mal, nenhuma comparável, pois a inocência inicial não se repete, a marca dos filhos não se repete, a marca dos tempos não se remove, arranca, retira, destrói. Permanece sempre. Não tendo para o saudosismo nem para a valorização dos factos passados. Mas quando se passa por eles, mudamos para sempre. Entretanto quase morri, entretanto quase ressuscitei, pois não se pode chamar vida em absoluto aquilo que hoje me é proporcionado por Deus. Mas é o que Deus quis, e poderia ter querido outras coisas a que me poupou. Assim, vinte e seis anos passados, muita outra gente de que gostávamos também desapareceu, a vida segue o seu rumo, e aceitar como aceitei não significa esquecer.
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<comentário com muita naturalidade e autenticidade.Mostra de grande sensibilidade. É ele o Carlos Reis que viveu e vive o que lhe é dado.
ResponderEliminarAssim terá de ser sempre.
EliminarNem sempre...
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