Estou a falar de Mário Crespo. Não gosto do estilo comunicacional, aquele estilo de não querer dizer mas ir dizendo, de reconhecer que os outros sabem mais que ele, estilo hesitante e dizer não dizendo. Enfim não gosto.
Mas ontem com esse estilo conseguiu encurralar o sr Manuel Carvalho da Silva, na sua verborreia, e nas passadeiras vermelhas que em geral os pivots de televisão lhe estendem quando entrevistado. Com perguntas bem precisas, e sem abrir mão delas perante as evasivas do douto sindicalista, que diz o que lhe apetece como verdades sem demonstração, conseguiu pôr à evidência, que a CGTP continua na sua fuga para a frente, indiferente ao que se está a passar na Europa, na Grécia e supostamentamente risco de ocorrer em Portugal. Sabemos que a CGTP não vai pôr o pessoal a partir montras e a deitar fogo a carros, nem adoptará a desobediência civil (como já ocorre na Grécia) como forma de luta, mas daí a uma visão positiva e a propostas realistas para sair desta crise, que sabemos não ter sido criada pelos trabalhadores, o que nada acrescenta pois serão eles as suas primeiras vítimas, não se esperam vindas da CGTP. Continuam no país imaginário dos "direitos adquiridos".
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