quarta-feira, 29 de junho de 2011

Na morte de Angélico

A morte não se explica, não se compreende, perante ela nos curvamos perante a sua inevitabilidade, sobretudo se ocorre fora de uma idade normal, aos 29 anos, se é que há idade normal para morrer.

Não tenho qualquer apreço artístico ou outro por este actor/cantor ícone de adolescentes, pude comprovar pela minha neta Joana o fascínio que sobre ela exercia, aos 11 anos, do que era capaz para obter um autógrafo, uma foto, ou apenas tocar no seu casaco. Quanto a ele quanto mais melhor, mais irritante, mais pedante, num auto-fascínio de um ego muito para além do seu talento. O impacto dos DZRT sobre a juventude foi quase caso de estudo, de meia dúzia de cançonetas, gritinhos e outras piruetas, mas não era diferente do que anda por este mundo, basta lembrar os Tókio Hotel, o Justin Bieber e outros  ícones.

No entanto, não fará pensar, que um jovem com o poder de influenciar uma multidão de adolescentes, pudesse pensar que conduzir sem cinto (já nem se usa), um carro de altíssima cilindrada, seguramente a velocidade compatível, mas não com o rebentamento de um pneu, coisa possível, um carro emprestado e ainda por cima sem seguro (quem vai indemnizar as outras vítimas?), não é o melhor exemplo que se poderá dar a jovens de 10 ou 11 anos que se esfarrapam por um autógrafo ?

A morte é definitiva e nada pode trazer de volta este jovem que encantou multidões a ponto de talvez se julgar imortal. É muito triste morrer aos 29 anos.

1 comentário:

  1. Dizem as más línguas que Angélico é "O James Dean da Margem Sul", com todo o respeito ao rapaz e à sua família, não se pode comparar esta estrela Morangos com Açúcar, com um ícone de rebeldia que protagonizou por exemplo "A leste do paraíso" dirigido por Elia Kazan.

    A única coisa que poderão ter em comum é isso mesmo: a influência que exerceram sobre os jovens e se esta era adequada ou não...afinal a rebeldia doseada pode até ser saudável, mas acidentes de carro por estupidez...pois, já não...

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