A morte não se explica, não se compreende, perante ela nos curvamos perante a sua inevitabilidade, sobretudo se ocorre fora de uma idade normal, aos 29 anos, se é que há idade normal para morrer.
Não tenho qualquer apreço artístico ou outro por este actor/cantor ícone de adolescentes, pude comprovar pela minha neta Joana o fascínio que sobre ela exercia, aos 11 anos, do que era capaz para obter um autógrafo, uma foto, ou apenas tocar no seu casaco. Quanto a ele quanto mais melhor, mais irritante, mais pedante, num auto-fascínio de um ego muito para além do seu talento. O impacto dos DZRT sobre a juventude foi quase caso de estudo, de meia dúzia de cançonetas, gritinhos e outras piruetas, mas não era diferente do que anda por este mundo, basta lembrar os Tókio Hotel, o Justin Bieber e outros ícones.
No entanto, não fará pensar, que um jovem com o poder de influenciar uma multidão de adolescentes, pudesse pensar que conduzir sem cinto (já nem se usa), um carro de altíssima cilindrada, seguramente a velocidade compatível, mas não com o rebentamento de um pneu, coisa possível, um carro emprestado e ainda por cima sem seguro (quem vai indemnizar as outras vítimas?), não é o melhor exemplo que se poderá dar a jovens de 10 ou 11 anos que se esfarrapam por um autógrafo ?
A morte é definitiva e nada pode trazer de volta este jovem que encantou multidões a ponto de talvez se julgar imortal. É muito triste morrer aos 29 anos.
Dizem as más línguas que Angélico é "O James Dean da Margem Sul", com todo o respeito ao rapaz e à sua família, não se pode comparar esta estrela Morangos com Açúcar, com um ícone de rebeldia que protagonizou por exemplo "A leste do paraíso" dirigido por Elia Kazan.
ResponderEliminarA única coisa que poderão ter em comum é isso mesmo: a influência que exerceram sobre os jovens e se esta era adequada ou não...afinal a rebeldia doseada pode até ser saudável, mas acidentes de carro por estupidez...pois, já não...