sexta-feira, 23 de novembro de 2012
O pós sarkozismo
Tem sido pouco falado na comunicação social portuguesa, mas em França é tema principal, estou-me a referir às eleições no partido de Sarkozy, que visam designar o seu "sucessor", e lider da direita francesa, a UMP (União para o Movimento Popular), assim uma espécie de PSD-CDS, partido criado em 2002 e que teve Jacques Chirac por referência. Estas eleições colocam frente a frente, François Fillon, ex primeiro ministro de Sarko, e Jean-François Copé. Depois de uma campanha carregada de polémica e ódio mútuo, a votação no domingo passado esteve ao nível do terceiro mundo, com os dois candidatos a reclamar vitória, aparentemente Copé ganhou com uma diferença de 80 votos, mas o adversário não aceita a derrota, e promete ir para a justiça, não sem antes dizer do seu adversário o que não é habitual na pior política, mesmo em Portugal. Por enquanto estão na comissão de recurso de partido, e atacam-se com uma gana digna da célebre "escumalha", nome com que Sarko baptizou os incendiários dos arredores de Paris. E ainda se diz que face à crise ninguém quer governar. Não é bem assim. Entretanto o próprio Sarkozy, "livre" da imunidade presidencial agora está a ser chamado a depor num "affaire" de financiamento ilícito da sua campanha presidencial, envolvendo a octagenária Mme Bettancourt, dona da L'Oreal. Más notícias para o agitado ex presidente.
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