À imagem do que fiz o ano passado neste dia, decidi atribuir um prémio Mostarda aos senhores e factos nacionais e internacionais que mais me irritaram neste ano de 2012. Este ano houve muitos motivos de irritação, de forma que a escolha é dificil. Assim no nível internacional escolheria como facto mais irritante, um não facto. A "ausência de decisão dos líderes europeus para tomarem medidas eficazes de combate à crise" é o que mais me irritou. Adiar, não decidir, decidir mas não aplicar, conversa fiada, reuniões, cimeiras, conselhos europeus sem fim, que se iniciam com entrevistas em que já se anuncia que nada vai ser anunciado, este o modelo de gestão adoptado, e assim, sem decidir nada, alguém aproveita, desde logo a Alemanha e os países ditos mais ricos. E nós países do Sul aguentamos´, "ai aguentamos, aguentamos". Quanto a personalidade irritante em termos internacionais e para não bater sempre no ceguinho (no caso na "gorda"), escolheria o super irritante David Cameron , primeiro ministro inglês, e porquê, porque quer tudo e o seu contrário, apoia, bloqueia, avisa, contesta, impede, e tudo faz para defender os mesquinhos interesses do Reino, e da sua praça financeira, onde nasceram muitas das estratégias que aqui nos conduziram, borrifando-se na Europa, nos interesses comuns, dá palpites sobre o euro a que não pertence, e no final ameaça bloquear orçamento europeu. Ninguém entende o que este senhor faz nos conselhos europeus, que já por si pouco servem, com ele ainda menos.
Em termos nacionais, a facto mais irritante do ano foi "o anúncio da alteração da TSU" como exemplo paradigmático das decisões desastradas, de como se dá cabo de uma medida que até podia ser positiva, mas que se transformou num simples plano Robin dos Bosques, mas ao contrário, exemplo de uma decisão desavergonhada, anunciada por um primeiro ministro que não tem noção do que é retirar 7% aos rendimentos dos trabalhadores para os entregar aos patrões, medida a que até os patrões se opuseram, quando ele sabia que tinha ainda mais a confiscar aos mesmos.
Quanto a personalidade mais irritante poderia ir para os óbvios, mas existe um outro que é a irritação em pessoa, António Borges. As suas intervenções públicas irritam pela petulância, pelo auto convencimento, pela pesporrência, pelo desprezo que manifesta pelos vulgares mortais, sejam trabalhadores ou empresários, pela forma como usa a sua manifesta competência para "sugerir" medidas que são mais do que sugestões, ainda por cima alguém que não entra na política, salvo ter sido presidente da Assembleia Municipal de Alter do Chão, provavelmente porque não "compensa". Quando todos sofrem, todos são levados a empobrecer este "super consultor", faz-se pagar como um Deus, apenas para abençoar algumas das medidas deste Governo.
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