Vi em DVD este documentário que venceu o Indie Lisboa em 2011, e por coincidência passou na RTP2 há apenas alguns dias. Gostei. Numa altura em que alguns não querem passar certas "linhas vermelhas", esta linha é outra. Retoma o documentário feito em 1975 pelo alemão Thomas Harlan, falecido em 2010. na Herdade da Torre Bela, e que ficou célebre, este filme que remete para um cinema directo, em cima da realidade, mas, segundo se entende agora no filme de José Filipe Costa, uma realidade influenciada pela presença da câmara, e não segundo critérios de ingenuidade. Aquela revolução em directo, foi em parte encenada, e os próprios "protagonistas" o indicam. Para mim é a confirmação do mito que se desfaz. Melhor é assumir que afinal o cinema é sempre ficção.
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