Hoje de manhã Barragem do Monte da Rocha, no rio Sado afinal, uma manhã de muito sol mas com brisa fresca que anuncia o Outono. Enquanto em algumas aldeias por aqui as pré-históricas caravanas da campanha autárquica poluem a quietude da paisagem com os sons estridentes, as canções pimba, ou as gravações despropositadas de mau gosto, entretendo-se a convencer os eleitores a não votar, porque depois de tanta poluição sonora apetece mesmo fazer o contrário daquilo que eles querem, a água num lençol plano, liso, brilhante, espelhado, escondendo mistérios, uma bandeira contra o exibicionismo, tranquiliza e diz que afinal a natureza manda mais que alguns políticos estridentes e sem sentido de "estado", ou seja o seu "estar" não tem ponta por onde se pegue. Fiquemos pela água ainda abundante no fim do verão.
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