quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Privilegiados 1
Estou a ler este excelente livro do jornalista Gustavo Sampaio, livro muito objectivo e sem demagogia barata, aqui tratam-se factos, dividos por vários tipos de "privilégio". O primeiro consiste na manutenção de interesses conflituantes entre deputados e interesses privados. Segundo o autor dos 230 deputados 117 estão em regime de part time e mantêm actividade privada. É legal? É !!! sob condição de a actividade não envolver negócios com o Estado. Acontece que embora pessoalmente não estejam envolvidos, mas as empresas para que trabalham estão, e como se garante essa separação? A verdade é que com a entrada desses deputados na Assembleia, o volume de negócios dessas empresas com o Estado foi quase sempre ampliado e multiplicado por muitos dígitos, com vantagens para a empresa,e, indirectamente para o "senhor deputado", na maioria dos casos através de contratos de ajuste directo que ultrapassam a lei, e sem concurso. Por vezes através de familiares, e outras fintas.Apenas um exemplo entre muitos apresentados neste tema, "O deputado Adolfo Mesquita Nunes, por exemplo, participou nos trabalhos da Comissão Eventual de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal ( vulgo resgate da Troyca..), por parte do CDS PP , a qual acompanhou a privatização da EDP e da REN, processo em que o Estado foi assessorado pela sociedade de advogados MLGTS ( Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados), para a qual Mesquita Nunes trabalha em simultâneo e é pontualmente pago por serviços de consultoria." Pode não ser, mas que parece esturro parece !!! Voltarei ao livro !!!
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