O almoço de dia de Natal é, a par do de Ano Novo, o mais importante do ano. Mesa farta, família à volta da mesa, crianças correndo esbaforidas pelo entusiasmo da nova playstation, e outros lugares comuns, alguns deles nem a crise coartou este ano.
No meu caso alguns desses elementos não estiveram presentes (felizmente...), mas por boas graças da Maria Augusta, houve cabrito (o prato mais típico da época), tarte de amêndoa da D.Graça, e até um melão de 6 estrelas, para além da emoção e do afecto, hoje toldado com alguma revolta. Mas deus me perdoe, tem dias assim, em que apesar de me ser concedido o maior bem, ver a luz de um novo dia, e ainda por cima o de Natal, o nosso coração sente uma pontinha de egoísmo, e sentimos que somos puxados por uma queixa acerca da nossa situação, que tolda o dia como uma nuvem cinzenta que passasse sem ser esperada.
No final ainda recebi uma prenda de alto valor estético e que só vou poder apreciar em casa, mais tarde, o album "Fotografias" de António Barreto, obra de uma beleza indiscritível.
Há dias assim.
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