Aqui temos uma grande superfície da cadeia Pingo Doce, que tudo vende, tudo devora impingindo os seus produtos, com larga aderência da população devido à qualidade de produtos e preços, nem sempre os mais baixos como demonstrarei em breve. Vende também peixe, oriundo do Chile, da Grécia (de aquacultura), de Espanha, não consta que se abasteça localmente (posso estar enganado).
Do outro lado temos uma peixaria pequenina onde normalmente me abasteço, onde o peixe é bom, o atendimento do melhor, peixe fresco, bem escamado, limpo, leva sal se quisermos, temos dois dedos de conversa, no Pingo Doce a menina da peixaria parece contrariada e a tudo mostra má cara, e os preços muito parecidos. Este ano, graças ao sr. Eduardo e esposa, únicos fumcionários e donos da peixaria, bati o record de comer a boa sardinha assada, a boa dourada de mar, ou um peixinho para as sopas alentejanas, safio, mero, cherne, ou outro. Se for mal servido, e nunca aconteceu, há um rosto, uma pessoa a quem falar. Porquê mudar se se é bem servido?
A variedade não é muito grande mas chega para satisfazer o gosto por peixe pequeno, e por vezes peixe maior como pescada, peixe espada, ou outro vendido à posta. Vão resistindo apesar da idade e nós temos o dever de não deixar morrer este tecido comercial que anima a vila e lhe dá vida, coisa que começa a faltar, e mantém activas pessoas que de outro modo estariam a viver do Estado. Claro que também vou ao Pingo Doce, mas apenas para aquilo que me interessa e não é tudo. Penso que aos poucos teremos de ir valorizando este comércio que permite as pessoas manterem-se activas. É um bem valioso que o pretensiosismo e o novo-riquismo de muitos despreza.
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