Um pouco de política aqui não faz mal nenhum, para recordar algumas memórias adormecidas. Sou daqueles que em 1974/5 desfilou muitas vezes sob um enorme cartaz onde se dizia "Nem Nato nem Pacto de Varsóvia, Independencia Nacional". E disso não me arrependo mesmo nada. Manifs na Avenida, concentrações na Praça do Comércio, pichagens, algumas ainda restam nos muros de Lisboa.
Ora as actuais manifestações contra a Nato, uma decorre hoje nada têm a ver com esses tempos.
O Pacto de Varsóvia, desapareceu, e os países da chamada esfera soviética quase todos se acolheram debaixo do guarda chuva da Nato. Agora nada de ilusões, pois a Rússia continua a guardar os seus arsenais, e novos perigos surgem, de carácter mais local, como o Irão, Israel, a China, a democrática Coreia do Norte, o Paquistão, a India, todos detentores de tecnologia nuclear (ou quase), e quem sabe que mais, ou mais global, como o terrorismo islâmico, ou outros, que já mostraram a sua capacidade.
Ainda assim prefiro a Cimeira de Lisboa (não precisavam era de exagerar...) do que as cimeiras a dois contra as quais desfilei quando tinha 22 ou 23 anos.
Caro Carlos,
ResponderEliminarSempre em dia com a informação.
Esqueceu um perigo na sua lista ( um que me lembro).
A crescente economia Chinesa.
Quando miuda, o meu Pai tinha um livro, que tinha que estar "escoindido" e que eu não li de titulo "Quando a China despertar, o Mundo tremerá".
Pois eu poenso, que enquanto andam entretidos a falar de guerras, vão deixando ser derrotados pela economia e qualquer dia, temos paises em Leilão.
Um abraço,
Ana
Olá Carlos,
ResponderEliminarQuando vim aqui ao site pensei... será que colocou um post sobre a cimeira?? E cá está ele!!
Confesso que hoje (2010!), não percebo muito bem qual é o móbil das manifestações anti-NATO. O que defendem exactamente?
Eu durmo mais descansada sabendo que a NATO existe, e que a PAZ mundial resulta de um equilíbrio de certa forma imposto pela existência desta organização e outras semelhantes...
Perigos há sempre, e há que estar atento a eles, e reagir ou ir reagindo, limitando o poder económico desses países, tanto quanto possível...
Ainda bem que a NATO existe!
Lembro-me bem desse livro que não li. O autor era Alain Peyrefitte, director na altura (inicio dos 70) da revisra L'Express.
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