Segundo percebo um dos factores mais importantes da minha recuperação é a obtenção da mobilidade, que ele própria vai induzindo melhoria geral. Na realidade tenho sentido uma maior confiança de movimentos, aqui dentro do quarto, ou nos corredores, quando do passeio, apoiado pelo fisioterapeuta. Hoje consegui fazer algo que jamais tinha feito desde que aqui me encontro. Uma fachanha... Tomar banho sózinho, embora sentado, sem o apoio, ou mesmo presença, de qualquer enfermeiro ou auxiliar. Com muito cuidado lá penetrei no cubículo, quase inacessível, sentei-me com cuidado e fui cuidando da higiene, apesar de edema das pernas, que me torna o corpo, do joelho para baixo, como que pesando uma tonelada. Sair de lá foi dificil, mas consegui para me limpar adequadamente e vestir pijama tarefa complexa, apesar de ter deixado a roupa já previamente em posição mais fácil de manusear. Mas consegui.
Sinto também um maior à vontade em todo o movimento aqui no interior do quarto, onde muitas vezes se levantavam barreiras mentais a levantar-me para ir buscar algo.
Claro que a fisioterapia tem ajudado muito, mas a regressão do peso das pernas ter sido lenta, com avanços e recuos. De manhã tudo parece melhor, para o final do dia o peso aumenta, pois não consigo estar de perna estendida o dia todo, pois isso iria meter-me na cama, dado a situação particularmente dolorosa do meu "traseiro", massacrado por horas da posição sentado, sobre a magreza do "dito".
No exterior (quer dizer corredor), faço uns passeios acompanhado para recuperar o equilíbrio, mas curtos e sempre acompanhado pelo toque do fisioterapeuta para que não me estatele no meio do chão. São pequenas grandes evoluções num processo em que parece que estou a reaprender a viver. E será que não estou?
Caro Amigo,
ResponderEliminarSó posso dizer:"Valente Homem!"
Vamos em fente.
Agora custa a andar, mais logo ainda o apanho a correr....
Um Abraço,
Ana