quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um ECG simpático

Durante algum tempo em que estive em espera neste processo, cerca de 3 meses, várias dúvidas se me colocavam. Vou aqui referir uma em particular que assolava o meu espírito. Dado que vou receber coração de outra pessoa, e o tempo entre recolha do dador e transplante é de 2 ou 3 horas, como podem garantir a qualidade do orgão que vão colocar? Como garantem que se trata de alguém sem antecedentes cardíacos, ou outros, ainda por cima alguém que acabou de falecer, que pode ter sido vítima de um acidente de viação (penso que serão a maioria dos dadores), e é um desconhecido? Será que são capazes de testar um orgão já fora do corpo?
Mistério, para mim, mas mais um receio.
Por isso quando após o transplante foi feito o primeiro ECG (electrcardiograma) respirei de alívio. Pois pelo sorriso do médico vi que acertaram. O coração tinha um bom desempenho e afinal algo tinha garantido a sua correcta escolha.
Hoje voltei a repetir um novo ECG, e a minha função cardíaca, que nos meus velhos tempos de coração carroça, não passava de 24%, agora é de 70%, aquilo que possui qualquer adulto saudável com uns anitos. Esta é a função que grosso modo mede a capacidade de bombear por parte do ventrículo e faz a diferença entre meu antigo Fiat Uno com 25 anos, e um Renault Megane acabado de sair do stand. Sorte ou ciência, mas vejo mais ciência que sorte.

5 comentários:

  1. Olá, blogueiro (a),

    Salvar vidas por meio da palavra. Isso é possível.

    Participe da Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Divulgue a importância do ato de doar. Para ser doador de órgãos, basta conversar com sua família e deixar clara a sua vontade. Não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento.

    Acesse www.doevida.com.br e saiba mais.

    Para obter material de divulgação, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br

    Atenciosamente,

    Ministério da Saúde
    Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/minsaude

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  2. Pode-se dizer que agora é vai ser sempre a bombar.
    Deixo-te aqui uma outra pintura:
    http://atirateaomar.blogspot.com/2010/10/pintura-moody-e-geracional.html
    Lembras-te disto?

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  3. Carlos! Eu sei que tenho andado desaparecida, mas hoje cá consegui dar um saltinho para lhe dizer que tenho muitas saudades suas!!
    Um beijinho!

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  4. Caro Amigo Carlos,
    Ca vai mais uma achega.
    Os orgãos de dador, só são aceites se "bons".
    São rapidamente estudados e mantidos antes de retirados.
    São retirados em falecidos, mas para morrer, têm que se ter "morte cerebral".
    É dador " alguem que acabou de falecer" cerebralmente.
    O coração de um dador esta vivo, até ser retirado e aguarda muito pouco tempo, até ir para o receptor.
    Portanto, o dador chegou vivo ao Hospital, onde se chegou ao diagnóstico de "impossibilidade de vida", com coma profundo, sem nenhuma possibilidade de cura.
    É informada a familia e se não houver nenhum registo de não dador e se os seus orgão estiverem bons, são retirados todos os orgãos possiveis e necessários para transplante.
    Para si foi uma sorte cientifica.
    Ainda bem.
    Um abraço,
    Ana

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  5. Victor, lembro bem desses temas, e do fascínio que nos provocavam. Tenho em CD "In the Search", e o quadro penso que se encontrava no sotão, pintada sobre cartão. Será? Claro os Moody Blues julgo que ainda andam por aí, mas os tempos são outros, não é?
    Um Abraço
    CR

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