sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Como é que aqui chegámos ?

É uma pergunta que faço a mim mesmo todos os dias e não encontro uma resposta, mas muitas respostas. Nem tudo se resume ao agora vulgarizado jogo do "tiro ao Sócrates". Vem de mais longe, e o desgraçado "apenas" puxou o rabo, mas deu um grande contributo. Vemos agora mais um caso, a rede de carregamento público para automóveis elétricos. Existem 1300 postos de carregamento normal (6 a 8 horas) e 50 de carregamento rápido para um parque circulante de 230 automóveis eléctricos. Claro que hoje estão ao abandono, sem préstimo, um investimento feito no quadro do projecto Nissan, que também se gorou. Imaginamos quanto custou este disparate, e quem paga. Se a isso juntar-mos os projectos gorados, as autoestradas inúteis e que agora pararam, como a Beja Sines, Túnel do Marão, já para não falar da Ota, Alcochete, TGV, o Magalhães, os excessos das eólicas, pago pelos consumidores, tudo megalomania, que arrastaram um país já cansado, para a ruína, quando a crise tornou o endividamento, que escondia estas realidades, impossível. Foi com decisões destas, e não foram só de Sócrates, que chegámos aonde estamos. Claro que o consumo privado, superestimulado pelos bancos também ajudou... é isso que quer dizer "viver acima daquilo que podemos".

2 comentários:

  1. Concordo completamente...já agora os submarinos, as grandes máquinas do governo...e agora vamos todos pagar isso. Os que cá estão e os que ainda estão para vir.

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  2. Esqueci-me desses, talvez por estarem debaixo de água, e apenas um foi entregue, e doutros "investimentos militares", como os Pandur, os heli Merlin, os veiculos anti motim. Não se acerta uma.

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