quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A fome deu em fartura

Depois do vazio comunicacional das últimas semanas, eis que o Governo acordou. Da pior maneira, com a comunicação de PPC, seja na versão institucional, seja na versão piegas... qualquer das duas casos de estudo, de como não fazer. Dado o fim de semana de reflexão vem agora a maré cheia. Conferência de imprensa de Gaspar, entrevista na SIC, Moedas no Crespo, hoje Gaspar na AR, na versão privada, e na versão pública, Relvas lá das profundezas também tem algo a dizer, Portas diz que vai ouvir primeiro para falar depois, e não falando falou, Cavaco, farto de dar tiros no pé, fala não falando, amanhã PPC regressa, com entrevista, julgo que na RTP. Uma verdadeira catadupa de "informação", mas será isto "comunicação"?
Pois por mais que se fale ficamos sempre a ver o mesmo filme. E o filme é que as medidas vão para os mesmos, que não se sabe se é eficaz, e que muitas são definitivas, ou seja não têm a ver com a crise, têm a ver com o "modo de ver". Verdade é que temos agora melhores condições do que antes, por muito que isto pareça "incompreensível". Veja-se, o BCE tem agora outra flexibilidade, os alemães acabam de aceitar o que sempre recusaram, Barroso até já tem "coragem" de dizer o que pensa, pelo que há outra blindagem contra a espéculação, e melhores condições para vir a aceder aos "tais" mercados, de que precisamos para sobreviver. Haverá razão para esta fúria comunicacional, que nos quer convencer que os sacrificios têm de ser "forever" ? em nome de quê ?

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