Hoje reunião de concertação social. O saudoso Ernâni Lopes avisava que em 1984, na intervenção do FMI, tinha dedicado uma grande parte do tempo à concertação. Passos não deu ouvidos e avança de "peito às balas". Agora quer recuperar de uma gestão trapalhona. Mas os "avanços" e "recuos" criam confusão e ninguèm mais se entende, cada um tem uma ideia e interpreta as ideias dos outros pensando que estão a pensar no que de facto não estão. Confuso, né !!!
Uns dizem que o governo recuou na baixa da TSU, mas eu penso que recuou na subida da TSU para o trabalho. Uns dizem que vai cortar um subsídio a todos, mas eu acho que já cortou os dois... uns dizem que vai mexer no IVA, mas outros que não, que é no IRS. Ninguém sabe dizer, se mantiver a baixa da TSU como a financia. Uns dizem que essa baixa é para compensar o chumbo do TC. Mas eu penso que é para reduzir os custos do trabalho.
A ver se a gente se entende. Olha que desta vez até concordo com as propostas da CGTP. Qual o problema de criar imposto sobre as transações financeiras ? Qual o problema de taxar dividendos ? Qual a dificuldade de aumentar IRC, pois só paga quem tem lucros (uma imensa minoria). Não sei é se chega, pois a quarta medida, reduzir em 20% as fugas na economia paralela, parece-me inaplicável. Julgo que o governo deveria inspirar-se nas diversas propostas feitas e não excluir nenhuma possibilidade, sem complexos de esquerda ou direita.
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