sábado, 15 de setembro de 2012
As manifs
Por todo o lado, a voz das pessoas faz-se sentir. Não vamos pensar que estas coisas se fazem sozinhas, mas a realidade é que é muito importante esta expressão das vontades, de maneira genuina, sem violência, não sendo nitido qualquer enquadramento, o que ainda valoriza mais. O potencial de emoção, o alívio pela partilha das dificuldades que estas manifs permitem, a quantidade de pessoas "normais" que nelas participaram devem fazer pensar. Claro que os problemas não se resolvem pela voz das ruas, nem o Governo cai por isso, mas penso que os governantes devem começar a pensar em ouvir essa voz, e procurar tê-la em conta quando decidem, desde que tal seja possível. O problema é que ao que parece, nem ouvem a das ruas nem qualquer outra. Por exemplo, existem muitas pessoas que durante anos adquiriram experiência, nas suas áreas, e não são escutadas, nem chamadas a opinar, o que fariam rápido e de borla. Em contrapartida generaliza-se a contratação dos "advisers" ( os célebres consultores ), pagos a peso de ouro, para estudos com os seus modelos patenteados, muitas vezes manuseados por estagiários, contratados em Portugal por tostões, a preparar dados para equipas de consultores que vêm a uma reunião de vez em quando apresentar as conclusões, e cobram milhões.
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