domingo, 30 de maio de 2010

Chaminé algarvia com amendoeira


Fiz diversos quadros com o tema das chaminés algarvias, ex-libris da região. Neste, talvez o que me parece mais conseguido, uma chaminé rural contracena com amendoeiras em flor. Foi feito em Janeiro de 2009, na época alta das amendoeiras, e uma chaminé velha e rendilhada surge por detrás da amendoeira, representada de forma muito simplificada. Nesta altura do ano as amendoeiras têm flores, mas folhas, nem vê-las...

Alguns recantos de Lagoa







Estes três quadros mostram alguns aspectos da cidade de Lagoa (Algarve), o Convento de S.José, o Mercado Municipal, acabado de recuperar, e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz. Mostrei ainda pessoas nas suas actividades, a descarregar o peixe, a varrer a rua ou a levar as crianças à escola, numa abordagem "naif". A ideia era mostrar a cidade e como se habita. As fotos destes quadros estão bastatnte más, como aliás de outras, dando uma imagem deformada. Já estão numa parede lá de casa. Hei-de voltar a fotografá-los.

Chaminé setecentista em Porches




Trata-se de um verdadeiro cartão de visita da vila de Porches. No meio da povoação uma pequena casa contém esta pérola. Uma chaminé com duas vistas diferentes; do lado poente, com o desenho de uma mulher de braços abertos sobre a imagem de uma roda de carroça. Do lado nascente a chaminé é maior e tem o desenho de uma roda de carroça maior. Estas rodas servem de respiradouro. Tirei as fotos e mãos à obra. Os quadros não me saíram bem. Acabei por destruí-los. Melhor inspiração virá. Aqui ficam para memória de um trabalho que não me agradou. A chaminé de Porches permanece do alto dos seus trezentos anos e resiste a tudo, mesmo aos aprendizes de artistas...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Uma janela algarvia


Para a exposição de 12 de Setembro do ano passado foi-me pedido um quadro especial para colocar junto de umas escadas de acesso ao primeiro andar da Biblioteca de Lagoa. Tinha de ter mais de um metro de altura e o motivo teria de ser ver bem ao longe, para que as pessoas quando subissem ao primeiro andar pudessem ver bem o quadro exposto. Decidi retomar a série de janelas e agora tomar uma janela da cidade. Muitas vezes passei em frente desta janela, na Rua Mouzinho da Silveira em Lagoa. Sempre fechada, os cortinados interessantes, mas com sinais de abandono, sempre na mesma posição. As cores eram as do Algarve, e os frisos que a ladeavam (qual o nome?..) também característicos. Um dia fotografei-a várias vezes e daí nasceu este quadro feito em 4 ou 5 dias de intenso trabalho, pois era um compromisso. E compromisso é para respeitar. Vejam lá. É muito grande e agora está em casa, exposta, atrás da porta de casa.

Uma janela de Lisboa


Decidi pintar algumas janelas características de determinados locais. As janelas de Lisboa são bem conhecidas em todo o mundo, bem como os painéis de azulejos, muitos, infelizmente já bastante danificados. Escolhi uma foto retirada da internet (peço desculpa a quem roubei a ideia sem pedir licença...) e entre o Natal de 2008 e o início de 2009 pintei todos os seus detalhes. Sobretudo os azulejos mexem com a cabeça de quem os quer pintar, para se manter a simetria e a igualdade do padrão. A cortina foi muito elogiada, dado que foi um dos primeiros quadros que fiz e a ilusão da textura do pano cru pareceu conseguida. Aqui fica para quem quiser "desfrutar". Agora está em casa, encostado a uma estante...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma janela em ruínas


Pois mais um quadro. este oferecido à nossa amiga Clara. Afinal ela acarinha os "artistas", mais ou menos dotados, e tem dado oportunidades através da Biblioteca Municipal de Lagoa, onde fiz a exposição em 12 de Setembro do ano passado. Este quadro é um pouco desalinhado, e apresenta uma janela velha e abandonada pela actividade dos homens, que dá para uma rua bem concorrida na cidade de Lagoa, e onde os olhos passam aos milhares sem reparar. Agarrou a minha atenção. Merecia melhor retratista... A Clara faz-me a gentileza de a ter na sala, e em lugar de destaque. Afinal a velha janela encontrou o seu porto de abrigo.

Senhora da Rocha


Continuando a contar histórias dos quadros. Esta Senhora da Rocha esteve exposta em Albufeira. Pelo Ano Novo alguém me telefonou a saber quanto custava. Atrapalhado e apanhado na curva, atirei o primeiro número de que me lembrei, cem euros. Ficámos de voltar a falar. Na ausência de resposta eu contactei e tentei outro negócio, uma vez que este local diz muito à pessoa que me telefonou. Uma troca. E assim foi. O disco do Rui Veloso ao vivo, e como simpatia foi anda oferecida uma excelente garrafa de vinho, cuja marca não me lembro, mas era de seis estrelas, se isso existe. Mas que grande negócio.

domingo, 23 de maio de 2010

Cantinho do caçador



Há uns dias fui fazer uma oferta. Já há algum tempo que estava para entregar o quadro pintado no ano passado chamado "Cantinho", que esteve na exposição da Biblioteca Municipal de Lagoa, e que fiz a partir de uma taberna em Lagoa chamada "O cantinho do caçador". Tinha algum receio da reacção. Assim "Pa qué quisto serve???" "Nem de borla"... O tasco tem ausência de tudo. O balcão é de contraplacado, nas 3 mesas os idosos jogam às cartas, matando o tempo. A um canto um recreio onda a dona deixa a criança, enquanto serve imperiais, que parecem ser o maior sucesso do local. A menina nem queria acreditar que alguém estava ali para oferecer algo, e as paredes agradeceram, tal o desconforto, onde apenas se dependura umas publicidades mal amanhadas. Agora está lá o meu quadro. A menina agredeceu com pouco à vontade. Já lá está pendurado para a posteridade.