quarta-feira, 31 de julho de 2013

Rio em entrevista

Frontal, sem papas na língua. politicamente pouco correcto, diz o que pensa e faz o que diz, não tem medo dos lobbies, mesmo dos mais poderosos, detestado pelo mundo da cultura, talvez com alguma razão, que não lhe perdoa o caso do Rivoli, em que um cancro para o contribuinte se tornou numa unidade rentável e com público, detestado pelos traficantes, a quem retirou os bairos sociais onde mandavam e realojou as pessoas, odiado pelo mundo do futebol, habituado a condicionar tudo e todos aos seus interesses, deu uma entrevista na RTP onde deixou claro "Meneses nunca", e desmascarou a gestão despesista do potencial candidato a potencial presidente do Municipio do Porto. Precisamos de gente assim, que coloca o interesse público acima de tudo.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Grupo que quer aprender (2)

Mais um trabalho do grupo que trabalha comigo para desenvolver aprendizagem na pintura. Trata-se de um primeiro trabalho em tela e dentro de um estilo simples eu gosto, está muito luminoso e o céu ficou particularmente bonito, recordando um céu muito habitual no Alentejo, tendo naturalmente melhorias, as quais vão ser possíveis, pois a autora tem muita vontade e dedicação e gosto pela pintura. E melhorar pode-se sempre.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Culturas

O Alentejo parece estar a mudar, sou quem menos sabe disso pois a minha ligação a estas terras é curta. Mas ainda hoje se podia ver uma reportagem em que se falava do "celeiro da nação" do antigamente, em que a secura tornava apenas possivel o cultivo dos cereais, que aparentemente se fazia com muito baixa produtividade para os niveis de produção europeus, e mostrava como hoje o Alqueva vai mudando as coisas, e mostrava produção de vegetais para exportar, no caso bróculos, e outros produtos agrícolas de grande consumo produzidos fora da época quando mais valorizados, o vinho, a pecuária. Também a cultura que se vê na foto, produção de energia por parques de painéis solares, já frequente por aqui, e que dá outra imagem nos campos.

domingo, 28 de julho de 2013

Francisco

Ninguém, crentes ou não crentes, em Cristo, pois os islâmicos nem devem ter ouvido falar, fica indiferente à grande manifestação em Copacabana. Nem às palavras de Francisco, aos jovens, mas também a toda a Comunidade de um mundo conturbado. O seu incentivo a não "ficarem na fila da História" e a serem actores da construção do seu futuro, o seu exemplo de simplicidade, humildade e abertura são um grande exemplo. Sabemos que nada se resolve com apelos, mas devemos recordar a enorme influência de João Paulo II na queda do Muro de Berlim e do Império Soviético, e pensar que a postura do Papa não é inóqua. Parece nada ter a ver, mas assitir a uma notícia da abertura da loja Cartier em Lisboa, com os produtos de luxo a preços galáticos, para vender a clientes brasileiros, angolanos, russos e chineses, onde sabemos que a pobreza ainda é esmagadora, mostra a actualidade da mensagem deste Papa. Se o mundo abrisse os ouvidos estariamos muito melhor.

sábado, 27 de julho de 2013

Jogos florais

A política está a ser feita nos meios comunicacionais como uns verdadeiros jogos florais, palavras jogadas ao vento, significados dúbios, palavreado que se diz hoje ao contrário do que se disse anteontem, uma total falta de senso. Dois lideres mediocres, PPC e Seguro, que no 25 de Abril teriam 8 ou 9 anos, indignados com a "união nacional"  como frase ou como nome, e não como um conceito que decerto a maioria dos portugueses aplaude, não que tenhamos saudades da ditadura e dos seus titeres, mas que sabemos que as lógicas de poder pessoal destes jotas que nos guiam, só nos podem conduzir ao precipicio, eles sabem melhor que ninguém, o que revolta, e que a negociação e o compromisso em torno de actos concretos, mesmo os mais dificeis de realizar, aumentam a capacidade negocial do país e podem evitar males maiores. Não precisam de estar de acordo em tudo basta que falem...

Animação

O grupo coral fazia mais um aniversário e esteve presente entoando o seu cante, e animando o largo em frente ao mercado. Ficam imagens do Grupo Coral de Ourique e de um coral feminino.

Mais mercadores e outras mercadorias

Artesãos, vendedores ocasionais de verduras, queijos, bolos, enchidos, frutas, de tudo um pouco, ervas e chás, e até uma venda solidária. Tudo organizado e "funcionando" com calma... Uma boa ideia afinal.

No mercado

Hoje foi um novo dia de mercado, e aproveitei para uma manhã diferente, contactar com pessoas, mostrar trabalhos feitos, fazer alguma coisa ao vivo e aproveitar para algumas compras, louro, coentros, beldroegas entre outras coisas, como as popias da Dona Graça, que não sendo fatais, são inimigas dos diabetes apesar de pouco açucaradas. Houve também cante e alguma animação. O mercado nestes moldes, aberturas pontuais, apenas abriu três vezes, até pode funcionar, se as finanças não estragarem tudo, o que vai acontecer, só não sabemos quando.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Suspenso

O país está em suspenso, pois não sabe se houve email ou dossier, se a ministra Maria Luís disse tudo ou parte, se recebeu dossier em A4 ou em papel reciclado. E toda a "oposição" escolheu a oposição feita por fait-divers. Como dizia o outro "deixem-nos trabalhar", se não têm nada a propor calem-se por favor !!! já chega de ridículo ! O país tem mais que fazer e dispensamos uma ministra fragilizada, não a fragilizem mais.

Setenta

Mick Jagger faz setenta anos hoje mesmo. Continua em actividade, com o seus Rolling Stones, e com muitos milhões de fãs e discos vendidos. No grupo de fãs não me incluo de forma incondicional, embora reconheça a importância e reconheça que é preciso muito para tal longevidade. Aos 16 anos comprei o meus primeiros 3 discos, na altura eram EP's, e tinham 4 musicas cada, e entre eles comprei um dos Stones, com dois titulos ainda hoje famosos, "Let spend the night together" e "Ruby Tuesday" (ainda hoje para mim uma das melhores músicas dos Stones). Comprei ainda o LP "Beggars banquet", que continha "Sympathy for the devil", e um single "She's a rainbow". Em CD não tenho qualquer disco dos Stones entre os cerca de um milhar de CDs que tenho. Deve ser raro entre os da minha geração... mas na altura optei por ser "beatlómano" o que não  sendo incompatível, não augura gostar dos Stones, era um pouco mais "aburguesado" e a música algo anárquica do grupo, talvez o verdadeiro R&B, não me enchia o coração de alegria. Mesmo assim grande Mick Jagger, que a tudo sobrevive como se nada se passasse, nem os anos, longa vida para ti grande "mother fucker"!!!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Septeto

Conjunto de sete elementos, jazz, samba ou de cordas, ou em espaço verde onde encontrei um septeto especial composto por sete sobreiros que entre si fazem um pequeno bosque. São os septetos que por cá temos e cantam aqueles sons polifónicos que conhecemos. Por enquanto o acordo ortográfico manteve o "p" e manterá porque como se vê,  lê-se. Para quem não vê beleza nenhuma nesta árvore direi que quando tento desenhá-la fico sempre com dúvidas, tal a variedade com que se apresenta, o carácter aleatório da sua distribuição pelo terreno e a sua total indiferença pela vida social, pois muitas das vezes prefere estar isolado num descampado a perguntar como aqui cheguei. É uma árvore fabulosa e com um único inimigo potencial, o próprio homem (partilha-o com muitas outras espécies).

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Lincoln

À medida que vão saindo em DVD vou requisitando e vendo. Mais um filme que vale a pena ver e rever, Lincoln, de Steven Spielberg tendo como pretexto o grande político americano da segunda metade do séc XIX. Mas mais do que uma biografia, as actuais "biopics" de Hollywood, o filme centra-se num momento da política americana fulcral, em 1865, o final da guerra da Secessão, e a aprovação da 13ª Emenda, que aboliu a escravatura. O filme mostra-nos a habilidade política de Lincoln, e coloca-nos no final uma interessante questão. Pode a política servir-se da corrupção e do nepotismo para obter os maiores valores, como a paz e a justiça para os negros, pode a mentira servir a um grande objectivo, mesmo um maior que a própria nação?  A compra de votos já existia nessa altura, naquilo que se chama a maior democracia do mundo. E Lincoln soube utilizar tal "ferramenta".

Pontes

Não há muitas pontes por aqui, dado estarmos numa região plana. Existe esta, na linha férrea da Funcheira para Beja, onde agora passam, para além de coelhos, perdizes, lacraus , lagartixas, cobras e lagartos, uns comboios de mercadorias que transportam minério, e nada mais. Fica muito próxima da estação de Panóias, desactivada há muito e reduzida a ruinas. Para quê as pontes se não há quem passe nelas ?  Falo de pontes físicas, porque das outras, as pontes que aproximam as pessoas, as ideias e os programas, dessas estamos conversados. (Foto de hoje de manhã quando fui por um caminho de terra em busca da foto)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Remodelar

Saiu a lista de novos ministros. Álvaro volta para o Canadá, não esteve tempo suficiente para ir para um Conselho de Administração, Portas avança, e tem Rui Machete para lhe explicar o que é um Vice Primeiro Ministro, pois foi dos poucos políticos em Portugal que tiveram esse cargo, vem um super gestor, Lima, e o jovem Moreira para o Ambiente. Acabam os ministérios ingovernáveis. Mas se as políticas se mantiverem, não haverá nomes que nos salvem. Para já o primeiro teste será a reacção dos credores. Penso que mudamos para melhor em alguns casos, esperemos que não digam nem façam asneiras.

Renascer


Hoje de manhã próximo de Almodovar, uma foto longínqua dos campos, tirada por mim, fotógrafo ocasional muito incompetente, quando o pasto já foi cortado e transformado em grandes rolos, verdadeiros "paposecos" que serão guardados para o Inverno, e o gado o poder comer. É uma bela paisagem que faz sonhar com a grande planície onde vamos caminhando por vezes sem destino (não era o caso), e a sensação de declínio se esbate, pois temos a prova de que tudo renasce e do pouco faz-se muito, mensagem que nestes dias conturbados me faz acreditar. Ingenuidade.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mercados

Os tais sinistros mercados abriram hoje, e leram o "guião" de Cavaco e acharam piada. Afinal o homem anda às voltas, perguntam os mercados. A morder o próprio rabo, a dizer que sim agora, ao que disse não há 15 dias. Lá naquele rectângulo estão todos doidos, dirão. Pelo sim e pelo não damos o beneficio da dúvida antes dos internar a todos no hospício do resgate e do "menu" que lhes preparámos. Para já arrepiamos caminho e damos mais uns minutos de respiração. Já agora que é feito daquele impante ministro dos negócios estrangeiros que nada diz que se oiça ?

Moldura

Há quem não goste, mas eu julgo que uma moldura valoriza uma tela mesmo uma coisa simples. Fica aqui uma tela, parecida com outra que já fiz, mas esta maior, e feita em contexto de céu cinzento, um dia de verão que parece inverno, nessa mesma rua. Um acrílico neste caso, pois na anterior versão era a óleo.  O local é o habitual dos últimos tempos, e ainda lá tem muito que fazer. Fica por aqui para receber comentários, pedras, insultos, impropérios ou elogios, enfim opiniões. ´É um pouco realista mas não sei fazer doutro modo, já deu para perceber...

Aguarelas

Mais uma sessão no ATL, desta vez dedicada a aguarela, e os pequenos aderiram, embora com buliço. Fizeram o que puderam com o material disponível e o tempo dado, sendo que a unica condição era estar presente uma casa, uma árvore e uma nuvem, coisa pouca para paisagem tão rica. Corresponderam, apesar de alguma água espalhada, o que borrou a pintura, mas nada que não se resolva com pano e esfregona, e uma mão amiga.

domingo, 21 de julho de 2013

Decisão

Seja o que for que pensemos deste governo a decisão de Cavaco é a mais acertada. Tem uma grande vantagem, é uma decisão que, pelo menos para já mata a crise, e face aos credores é o melhor. Amanhã acordam mais descansados, pois os factores de incerteza reduzem-se, embora a certeza que temos é que vamos continuar com políticas parecidas às que não provaram, e não é certo que dêm resultado no futuro. Mas nada pior que a incerteza. Cavaco saiu com mais autoridade e mais longe de PPC. PPC saiu por cima, Portas está metido na ordem, esperemos que agora que tem de trabalhar se deixe de malabarismos, Seguro sai pela porta das traseiras. Tudo perdeu e em breve (a menos que esmague nas autarquicas) teremos de pensar numa nova liderança no PS, e ainda bem.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Durante esta semana", um poema de Manuel Alegre declamado por Tó Zé

Seguro não resiste á demagogia, não pode ser, os barões do PS jamais deixariam, e conduz-nos à desilusão total, diz-nos o que gostamos de ouvir, faz propostas que dependem mais dos outros que de nós, diz o que jamais fará quando for governo pois não tem dinheiro para as suas próprias propostas de treta. Um leader para dizer apenas aquilo que é bom de ouvir não é um leader, é um pau mandado. O que será de nós com gente desta. E Cavaco deveria falar sempre antes dos partidos, pelo que nem PPC nem Seguro deveriam ter falado. Se não actua rápido, Cavaco será responsável por uma situação terrível que acontecerá no país se não actuar depressa, já que os leaders partidários estão a mostrar o pouco que consideram o país e a sua total irresponsabilidade. A demissão de Gaspar e Portas são o sinal dessa irresposabilidade. Mostra-se bem que a decisão de Cavaco na passada semana foi uma "borrada" e uma perda de tempo, um país com uma maioria parlamentar não a deve deitar ao lixo. O país e todos nós vai pagar caríssimo estas duas semanas e um novo resgate está a despontar. Segunda feira os credores darão a resposta, queira Deus que me engane. O caminho era estreito, mas mesmo assim quiseram passar a cavalo ... tristes políticos que nos destroem para alimentar o seu ego.

Momento

Não gosto de personalizar o conteúdo dos post que aqui coloco mas não resisto a partilhar um dos momentos que passei no fim de semana passado nas Alcarias. Uma sessão improvisada para crianças, que contou com a sua atenção e gentileza. Foram momentos muito simpáticos de partilha. Vejam só o jeito e a concentração !  A foto já estava publicada, por isso a publico aqui de novo. No espaço da Aldeia de Alcarias Ourique (no Facebook) podem ver imensas fotos do fim de semana, que mostram bem o conceito de festa de que se trata, popular e previligiando o convívio entre habitantes, poucos, e pessoas com origens ou ligações na aldeia. As fotos foram publicadas por muitos dos que participaram.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Profetas

Agora temos a "salvação nacional", o "acordo", a "negociação", e uns senhores que vão entrando e saindo de vários edificios, com cara de caso, os jornalistas pululam a fazer perguntas idiotas, pois sabem que não serão respondidas, e finalmente. um batalhão de profetas e profetizas que perante a ausência de informação, fazem "previsões" e tentam antecipar o que não pode ser antecipado. Entre os profetas há alguns menos "ingénuos" que procuram condicionar o resultado, e com isso mostrar que estão vivos. Entre outros, está Sócrates, que semanalmente exerce o jogo da auto-justificação com o dinheiro dos contribuintes, coisa já de si abominável, mas agora também diz o que o PS deve fazer, procurando manietar aquele menino de óculos, que vai ser o próximo primeiro ministro se nada fizer de muito errado. E nós à beira de um precipicio, donde nos salvaríamos se estes políticos se entendessem e criassem compromissos em torno de coisas muito práticas, fundamentais, como reduzir as despesas de forma justa, como relançar o investimento, a economia e criar emprego, para que os portugueses possam ganhar esperança, o Estado aumentar receitas e o país pagar ou negociar as dívidas (e já agora nós pagarmos as nossas). Até é fácil se estes partidos estiverem à altura do país e derem prova de responsabilidade, o que pelos antecedentes deixa pouca esperança. Até eu já faço previsões, e estou a fazer de profeta, neste caso da desgraça.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Grupo que quer aprender

No quadro da Loja Social animo um grupo de pessoas que querem desenvolver aptidões na pintura utilizando cores acrílicas. Para todos é o primeiro trabalho que fazem em acrílico sobre tela. E penso que, apesar da pouca preparação do "mestre" que é um simples autodidacta, a capacidade das pessoas e a vontade é grande. Este o primeiro trabalho concluido, apesar da sua simplicidade, trata bem o campo alentejano, e apresenta uma versão muito luminosa desse campo. É o primeiro dos primeiros e traduz a simplicidade de quem começa a lidar com o acrílico.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Atelier de pintura

Este o nome pomposo de umas sessões que estou a fazer nas segundas de manhã num ATL para ocupar uns meses de verão de umas crianças em Garvão, aqui perto. É um grupo azougado de cerca de 15 miúdos dos 6 aos 14. Temos procurado pintar vários suportes e várias técnicas. Quando pedi para representar o campo do Alentejo sairam estes belos desenhos, que cada um coloriu à sua maneira e com o seu gosto. Afinal vêm o que todos vêm e os alentejanitos são bem mais agitados que a fama que costumam ter. Fizeram um trabalho muito interessante com muito esforço e concentração.

domingo, 14 de julho de 2013

Largo de aldeia

Todas as aldeias têm um largo principal. Esta é uma praça onde uma rua se tranforma em duas, e do banco observa-se a entrada das Alcarias. Os poucos carros, não sendo obrigados a passar por ali, alguns passam, pelo que o banco, à sombra todas as manhãs é um local de privilégio. Pena as pessoas irem desaparecendo, amigos deixam amigos, familia que desaparece e não é substituida nem no coração das pessoas nem no da aldeia. Entretanto o céu fica cada vez mais cinzento, o que, para mim não retira beleza nenhuma. Apenas ameaça.

Amor

Óscar para melhor filme estrangeiro deste ano, do austríaco Michael Haneke. Amor, fala-nos do amor no ocaso da vida, e das formas de que este se pode revestir. Formas estranhas, que podem incluir actos, que jamais associamos ao amor, mas que serão provas de amor "irrevogáveis" (palavra na moda). Ter perfil de cuidador, ser cuidador é um acto de amor, ou amor é resolver problemas por quem se julga não poder ? E se o único acto de amor a prestar, e aceite pelo outro é a morte, pura e dura ? Mata-se ? É dura a problemática que este filme nos coloca, não sendo de uma grande originalidade, é de grande actualidade, quando a duração da vida aumenta, que não necessáriamente a qualidade da vida e, sobretudo quando a mente daqueles que envelhecem permanece viva e cultivada, impondo a atroz consciência do próprio processo de envelhecimento. Jean Louis Trintignant, um dos galãs dos anos 60, faz um papel de grande densidade, Emmanuelle Riva, uma octogenária no melhor nível, Isabelle Huppert credível, e até Rita Blanco, uma "concierge" portuguesa em Paris, num prédio em decadência, cinzento e escuro, à espera da morte dos seus habitantes para ser renovado pelos investidores imobiliários. Depois de um filme que eu detestei, "A pianista", Haneke traz-nos agora um dos grandes filmes do ano de 2012. Está em DVD e deve ser visto mais de uma vez. para que possamos reflectir.

sábado, 13 de julho de 2013

Ajudas

Hoje estive a pintar ao vivo no local da mostra. Apareceram entre outras pessoas, um grupo de crianças que quiz mesmo experimentar, e deram mostra de talento, concentração e gosto. Deram uma verdadeira ajuda, e claro que transmitem uma energia positiva que faz bem. Houve também uma "sessão" de impressões digitais na parede como se vê na foto e a parede é que pagou as favas. No final, e com a ajuda das crianças, quase se fez uma tela. Ficam os registos para "memória futura".

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Bonito espaço

Mais imagens do espaço da exposição que ficou uma bonita mistura de telas, louça e fotos antigas num local pequeno mas encantador. Hoje abriu-se, e estamos numa aldeia onde segundo apurei viverão permanentemente cerca de 20 pessoas, mas que, devido a festa anual atrai no fim de semana mais pessoas, embora nunca muitas. Para mim preparar um espaço destes é em si mesmo um prazer, Amanhã passarei por lá o dia, aproveito para pintar no local e assim fazer parte do cenário. E esta ?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Artesanato

Preparar o espaço para a pequena mostra no fim de semana nas Alcarias. Com a humildade do costume procurou-se integrar os meus "artesanatos" noutros bem mais reais que já viveram vidas reais e que amassaram pão, fizeram sêmeas para as galinhas ou pregaram pregos, guardaram arroz ou açucar. Fica aqui uma primeira foto do espaço que pode ser visitado amanhã no final do dia ou sábado, na Biblioteca Ler e Contar da aldeia. Sem modéstias penso que ficou engraçado.

Fresco

A temperatura já começou a baixar por cá e hoje um dia de Verão mais próximo da média. Os campos apresentam-se, agora sim, dourados, no verdadeiro estilo que inspirou Van Gogh. Saí em plena tarde e alí para os lados de Panóias, 4 da tarde a temperatura era mansa, e os campos estendiam-se como uma longa e loira planície. Banalidades podesmos dizer, sim são, mas nada como render-se à simplicidade das evidências.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Empurrão

Tudo o que se escreva agora acerca de comunicação de Cavaco pode ser desmentido minutos depois. Agora penso que fomos atirados para uma enorme confusão, qundo sairemos da embrulhada em que agora fomos colocados pelo PR ? Não seria melhor (apesar da dessimulação ) escolher o certo e não o incerto ? Agora sim, parece que o empurrão para o abismo foi dado pela pessoa de quem menos se esperava. Oxalá me engane.

Exposição

Nos próximos dias 12 e 13 de Julho vou apresentar alguns trabalhos no Espaço Ler e Contar nas Alcarias. Tentar devolver os momentos de prazer que me proporcionaram a recolha de esboços e fotos para a realização destas telas e o apoio e amizade que me deram. Trata-se de trabalhos feitos com base nesses esboços, na sua maioria. Naturalmente vou continuar, pois o tema é inesgotável, assim a saúde permita, pois nas últimas semanas as limitações têm sido muitas.

domingo, 7 de julho de 2013

Resistentes (6)

Ainda muitos quintais resistem ao excesso de calor e apresentam exuberantes as flores mais típicas deste verão agora, sem piedade. Como este muro fotografado hoje de manhã na Aldeia das Alcarias. A claridade está por todo o lado e uma imensa luz branca invade tudo e obriga a que os olhos se fechem.

Mesa posta

Hoje 9 da manhã ali para os lados das terras da Conceição, já a temperatura se aproximava dos 30 graus, para uma máxima de 40 ao longo do dia. Como se vê a mesa já está posta  mas os "pratos" encontram-se vazios e os comensais devem estar por alguma sombra pois entre comer ao sol e descansar à sombra, que venha a fome. Fui por ali tirar umas dúvidas para umas telas pendentes, mas a bicharada está bem escondida, enquanto outros "animais" mais racionais se preparam de armas e bagagens para passarem dia completo na praia na torreira do sol, a "apanhar um escaldão". Razões que a razão desconhece.

sábado, 6 de julho de 2013

Solidez

Hoje foi anunciado ao país um acordo sólido, coerente, duradouro, grande consenso, grande consonância de pontos de vista, todos amigos, todos de acordo, todos confiáveis, dão tudo pelo país, Pois é, mas a cara de PP na foto ao lado de PPC diz tudo ao contrário. Melhor cara só a de Teixeira dos Santos ao lado de Sócrates, quando este anunciava o pedido de resgate. Acredite quem quiser.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Toalha ao chão

Ausente dois dias por falta de "força anímica", vejo que em dois dias o país ficou de pantanas, com os políticos a deitar a toalha ao chão, ou alguns deles. Agora ninguém sabe nada, e o futuro é cada vez mais negro. Uns dizem que ainda têm condições para manter a estabilidade, pergunta-se porque não a mantiveram, outros que têm condições para salvar o país com as suas receitas mágicas, pergunta-se porque o deixaram afundar, e até nos incentivaram a atirá-lo ao fundo ? Assim não dá !!! Depois temos os srs Europa a sacudirem a água do capote, e a dizerem que a culpa é dos governos nacionais, mas impõem medidas insanes aos povos. Vivemos tempos de grandes contradições e nada é certo, previsivel e processual. Vivemos de lógicas irracionais. Nestas condições porquê o medo de eleições ? Percebo que corre-se o risco do resgate, o risco do poder cair nos braços embaraçados de Seguro, outro impreparado, o risco de não servirem para nada, o risco da demagogia, o risco de todos os riscos e do país não aguentar, mas se vivemos numa democracia é assim mesmo que ela funciona. Quando não há mais soluções o povo vota e escolhe outros ou os mesmos, e nada fica igual. Pode ir para pior ou melhorar, mas esse é o risco da democracia, Só no tempo de Salazar não se corria esses riscos, e vimos ao que se chegou quando o povo é usurpado do seu poder de escolher.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Deixa marca

A saída do ministro Gaspar é a noticia do dia. Um ministro de que tão cedo não nos vamos esquecer, tal a marca que  deixou nos portugueses, diria para o bem ou para o mal, mas não vejo que marca possa ter deixado de positiva, para além da tão falada melhoria da credibilidade externa. Decerto não vamos esquecer pois a substituta irá decerto pelo mesmo caminho, apenas o estilo monocórdico e suporífero será agora um pouco mais arejado. Independente do valor da senhora Secretária de Estado, isto mostra que já não está fácil recrutar um ministro das finanças.