domingo, 31 de janeiro de 2016

Europeu ?

Verdade que ser europeu é pertencer a um grupo previlegiado de cidadãos do mundo que têm democracia, liberdades, alimento, saúde, estado social e outras coisas benignas que raros povos podem ter. Mas ser europeu também é pertencer a uma cultura que tem os seus valores e os desenvolve e leva à prática. Entre esses valores estão os da solidariedade com aqueles que são perseguidos por regimes indignos, a compaixão para com os que sofrem, por isso a religião católica é um pilar (não único) da cultura europeia, de forma que há uns anos pretendiam colocar no preâmbulo da constituição europeia, tal principio (não vingou porque essa constituição também foi um sonho...) Agora quando a Dinamarca vai espoliar os refugiados com valores acima de 1350 euros, menos que o salário minimo no pequeno país báltico, a Suécia expulsar milhares, a Noruega quer reenviar para a Rússia os refugiados que entraram pelo Ártico, a Austria vai construir um muro, a França e a Inglaterra não querem resolver o problema da selva de Calais, para além dos métodos repressivos, a Grécia pode ser objecto de penalização por estar a facilitar a entrada dos refugiados, isto para além das já conhecidas bizarrias de hungaros, eslovacos e letões, afinal ser europeu é o qué ? Receber fundos estruturais, manter o déficite  abaixo de 3%, cumprir o tratado orçamentar ??? Parece ser "poucochinho" para tão grande continente...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Vergilio Ferreira (1916-2016)

Faria hoje 100 anos um dos mais esquecidos escritores portugueses do sec XX. Começou a escrever cedo nos anos 40 na vaga do neo realismo. Depois passou para uma escrita mais filosófica à volta dos grandes temas da vida, escreveu romance, muitos ensaios e os seus célebres diários. No final dos anos sessenta inicio dos setenta chegou a ser um escritor na moda, muito lido entre a intelectualidade jovem, depois veio a consagração depois do 25 de Abril, mas as suas posições sempre muito críticas e contundentes  tornaram-no um escritor "a evitar" no politicamente correcto daquela época, acusado muitas vezes de ser reaccionário, pois os problemas de que falava estavam muito para alé da espuma dos dias. No entanto granjeou uma fiel corte de leitores, pois ler os seus livros é actividade dificil de praticar, mas cria grandes laços de fidelidade. A sua defesa do existencialismo, mas mais como Camus, levaram alguém a chamar-lhe, desdenhando, o "Sartre de Fontanelas", pois residia ali na zona de Sintra. "Manhã Submersa" foi o seu maior sucesso ainda nos anos 50, deu filme e ele próprio foi actor nesse filme, que relata a sua passagem pelo semibário, unico ensino possivel no interior naqueles anos para o miudo pobre que era. Li alguns dos seus livros, desde logo "Aparição", e num momento duro para mim li "Para Sempre", do melhor que li. Escrevia muito bem, mas hoje já só se encontra nas bibliotecas. Parece que vão agora reeditar. Grande decisão !

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Garvão

Amanhã regresso a Garvão onde parece que as pessoas estão animadas com a perspectiva de fazerem alguns trabalhos em pintura. A agitação é grande de modo que muitas vezes me falta a "pedalada" mas enfim dá-se o que se pode. Começamos com trabalhos em papel, com as cores primárias e rapidamente vamos passar para as telas e tema livre, onde cada uma poderá expressar-se mais de acordo com a sua criatividade. Entretanto vamos introduzindo algumas técnicas. Estamos a gostar e afinal a prova de que se pode passar coisas interessantes nas vilas do Alentejo profundo, basta querer !

Lua

Uma noite com lua na planície pode ser uma ideia romântica ou uma experiência medonha, depende de muitas variáveis. Procurei representar aquilo que representa para mim. Uma forma diferente de ver o Alentejo, em geral representado pelas cores quentes, que caracterizam o seu aspecto no Verão. No Inverno o frio impera e o cair da noite, com o sem lua, é uma experiência mais azul e cinzenta do que amarela e ocre, pelos menos assim vi. A melhorar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

José Boavida (1964-2016)

Morte aos 52 anos de um actor que conhecia da televisão mas pelo qual não tinha qualquer apreço particular. Mas qualquer que seja o homem tem direito a uma vida. e para a manter que o que pode ser feito o seja. Não foi o caso ! Não garantimos a certeza da vida, mas garantimos a morte quando o que pode ser feito para a evitar não o é de forma atempada. Com experiência pessoal de várias paragens cardio-respiratórias, pelo menos ums 5 ou 6, nas duas primeiras não dispunha de um CDI que me foi implantado após esses episódios. E sei bem a diferença que faz uma VMER chegar a tempo e horas, máximo 10 a 15 minutos. Garantindo a reversão e pondo o coração a funcionar, quando este tem "ordens" do cérebro para se manter parado. Assim o não cumprimento pelo Hospital Amadora Sintra da lei que o obriga a dispor de tal equipamento pode ser equiparada a homicídio por negligência, isso se este país for a sério !

Zerar

Fomos zerados pelo anterior Governo após uma bem montada operação de mistificação politica e até fraude com as devoluções da sobretaxa. Se não havia certezas nada se deveria ter dito, e agora não adianta vir dizer que "sempre se disse que só no fim do ano se fariam contas". Nesse caso para quê antecipar previsões em momentos pré eleitorais ? Para manter o povão informado ? Dispensamos tais "simpatias" e agora é claro que se procurou manipular com fins eleitorais. Por isso não se aguardou pelo final do ano. e agora é o que se vê ! Zero !

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Não havia necessidade

Jerónimo de Sousa costuma ser um homem cordial e simpático, respeitador dos seus aliados e dos seus adversários, por isso estranhei o mau perder que demonstrou, homem habituado a "ganhar" todas as batalhas, tinha mesmo de arranjar uma forma de justificar a votação humilhante obtida pelo seu candidato desastrado. Assim puxa de uma ironia que não lhe é habitual e procura desprezar a vitória alheia, única forma que encontrou para explicar a derrota própria. Assim "poderia ter apresentado uma candidata engraçadinha com um discurso ajeitadamente populista", só faltou pôr o nome. No entanto a candidata a que se refere é engraçadinha, certo, mas é muito mais do que isso, e por isso deu um banho ao candidato predicador do PCP. Mas o que Jerónimo devia perceber é para onde foi o eleitorado comunista. Óbvio, foi para Nóvoa, candidato para onde deveriam ter ido "todos" os votos do PCP, talvez dessa forma Marcelo não ganhasse na primeira volta, com a dinâmica que se criaria.

Presidente

Marcelo foi eleito e agora é presidente de todos os portugueses, mas de um em particular: António Costa ! Sim o ar de alívio com que ontem deu parabéns a  Marcelo não deixa dúvidas a ninguém de que este era o seu preferido. Marcelo é um institucional que não vai pôr problemas a um Governo de Costa, vai mesmo contrabalançar o peso da esquerda sobre Costa, que tudo fará para o chantagear, aí Marcelo será uma ajuda para costa. Deus afinal escreve direito por linhas tortas, e acaba por colocar no lugar certo o candidato certo, evitando Belém, que seria a pior solução, ou Nóvoa, um homem cheio de ideias e com vontade de brilhar com a sua imagem de esquerda, coisa que em nada favoreceria o Governo que já tem pressões de esquerda que cheguem !

Guia para um final feliz

Filme de 2013, do mesmo realizador de "Joy", com o qual Jennifer Lawrence ganhou Óscar para melhor actriz principal. Vi agora levado pela curiosidade de ter visto mais dois filmes do mesmo autor. Tem mesmo um final feliz, muito bonito afinal, lamechas, não sei, mas por vezes apetece algum romantismo decadente ou lamechice militante. O final é mais que provável, menos provável é que resulte da junção de dois personagens loucos, desprezados por todos,  e sem curriculo, que não seja uma "galdéria", viuva de um policia, e um bipolar obecado pela esposa infiel, e acabadinho de sair do manicómio. Mais, um filme sobre o triunfo da vontade, chateia, mas prefiro assim do que aquelas sagas que nos condenam às guerras dos mundos. Baseado em milhares de histórias verídicas, mas em nenhuma em especial. É cinema !

Paisagem da Bia

Nada tem de alentejano mas enfim são as escolhas  na net. Mesmo assim a Bia presenteou-nos com uma paisagem com um rio corrente e revolto, uma casa que conseguimos envelhecer e umas arvores que começam a florir. Afinal no fim conseguimos vencer a perfeição e o artificialismo.

Ajuda

Hoje no Atelier na Aldeia uma pequena ajuda à Catarina. Pois custa a aceitar quando tudo já parece tão bonito e o receio de estragar é grande. Mas não é com receios que se consegue melhorar. É com ousadia e com a cabeça solta de amarras.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Tributo a Queen

Fui ver aqui em Ourique um grupo que se dedica a covers dos Queen. One Vision de seu nome, que foi buscar a uma das musicas do dito grupo britânico. Não que seja um inefável fã de tal agrupamento, mas temos de aproveitar o pouco que se passa na terra e que não seja pimba. Assim acabei por gostar. Depois de um arranque em que tudo de misturava no som e no barulho, acabou por entrar num ritmo agradável e mesma a mais fria plateia alentejana, lá para os finais acabou por se soltar e cantar uns refrãos, bater umas palminhas e até fazer uma onda ou várias de energia positiva enquanto entoava o hino da seleção inglesa de futebol Aqui vamos com as mãos vermelhas e o coração quente. É Queen, venham os Queen...

Composição

Tem algo de líquido, algo de planta, algo de peixe como se de um azulejo se tratasse. Uma bonita composição de uma menina de nome Carol. Não sei como fez nem a técnica utilizada. mas aqui temos uma verdadeira abstração.

O Alentejo do meu terraço

Quando esta casa foi comprada comentou-se que "poderia dispor do campo sem ter de cuidar dele", claro que nos referiamos ao terraço que tenho sobranceiro aos campos da planicie, por acaso por aqui menos plana. Assim pensei representar essa vista extraordinária, mas procurei começar a aplicar, sem exageros. as técnicas aprendidas no workshop. Acho que nem fiz justiça ao local, nem apliquei as técnicas da abstração, fiquei a meio, sentado no muro. Vale o esforço e o resultado aqui fica, mas não me á particularmente agradável, julgo que a harmonia das cores não funcionam bem aliás é uma área em que tenho algumas dificuldades.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Pedras

Três pedras podem ser modelo de inspiração para uma abstração em que se recorre apenas a linhas e a massas. É este caso. Limitado o número de cores a três, houve que procurar um equilibrio que custa a encontrar porque não tenho esse hábito, em geral procuro muito de perto seguir a realidade. Esse corte implica uma postura bem diferente. Fazer algo estéticamente interessante para os outros e em primeiro ligar para mim mesmo. Claro que foi para mim chocante exercitar este caminho. A nossa cabeça não muda assim num fim de semana.

Joy

Há algum tempo não ía ao cinema, não é assim que podemos manter a actividade e proporcionar ao público acesso ao que se faz. Fui ver "Joy", ultimo filme de David O. Russel, com a candidata a Óscar de melhor actriz em 2016, Jennifer Lawrence, e já "oscarcizada" em 2013, ao que julgo. História bem americana de uma lutadora na vida, que suporta e serve de esteio a uma família totalmente disfuncional, do ex marido ao pai, irmão, mãe tudo gente que nasceu para a atirar para a valeta. Joy, é uma mulher de força que quer vencer, mas tudo na vida a destrói, começando na sua família mais próxima e em tudo o que se mete algo corre mal. Até que chega a um canal de televendas onde uma ideia que ela criou, e onde tudo investiu vai tentar ser vendida, com o tradicional folclore do comércio agressivo bem americano. E não digo mais. Joy é um exemplo de perseverança, resistência e vontade de vencer contra todas as adversidades. Interessante sem ser magnífico. Fica pelo menos o desempenho de Jennifer, grande actriz !

Veneza

A posar junto de outro dos trabalhos de fim de semana o autor apresenta-se já um pouco de rastos, sem speed para tais aventuras. No entanto vale bem o esforço, independente dos resultado não ser maravilhoso, mas fica a técnica que poderemos aplicar em muitas  outras situação e momentos. Na verdade vou mesmo aplicar aqui algumas das ideias que lá floresceram para ver que resultados obtenho, Para já fica uma experiência de que nos estamos a refazer, pois não é indiferença a melhor palavra que se aplica a este fim de semana.

Mulher

Um dos trabalhos realizados no Workshop consistiu numa abstração a partir de uma fotografia de um nu feminino. Na realidade um trabalho que passou por dois esboços cada vez mais simplificados e menos reais, até chegar a esta imagem em que o fundo e a imagem principal se confundem numa geometria comum. Com uma ajuda da Stela acabou por sair uma trabalho utilizando apenas branco, preto e ocre (regra imposta à partida), em que algumas das soluções fazem parte do seu cardápio. Jamais da minha cabeça sairiam as listas verticais, no entanto reconheço um resultado interessante. Talvez algumas pessoas preferissem as fases intermédias, ou mesmo a foto que lhes esteve na origem. Mas é de uma abstração que se trata.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Concentração

Hoje retomamos o atelier na Aldeia. Duas pessoas a menos, mas as presentes  estavam concentradas numa actividade sem ruidos, sem excessos, com vontade de realizar por mais que custe. Para isso a concentração faz falta, e para evitar o silêncio hoje trouxe música com a minha coluna portátil, oferta da Joana no Natal, que anima muito o ambiente. Deram-me bróculos e laranjas por amizade e para mostrar quanto valorizam o meu apoio. Gostei !

domingo, 17 de janeiro de 2016

Workshop

Este fim de semana Workshop da Stela Barreto "A Caminho da Abstração" Excelente fim de semana, arrasante mas pleno de aprendizagem, reflexão e muito pontapé nas ideias feitas. Valeu o tempo e o dinheiro bem como o esforço físico.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Iguais

O Governo Costa foi formado na hipótese incontestável de que todos os votos são iguais, uma verdade de La Palisse ? Nem tanto !  São iguais, mas o de alguns tende a auto excluir-se. Porque são desiguais ?  Não. Porque alguém os rasga ?  Não. È apenas porque esses votos vão para políticas incompatíveis com qualquer governação prudente ! E assim ninguém no seu juizo perfeito conta com esses votos para formar um Governo responsável. Vem a propósito da relação entre o PS e o PCP desde que este Governo foi formado. O PCP, parceiro fiável (!) vai querendo impôr politicas na rua ou no Parlamento, que nos levariam para o resgate, e está a fazer do PS gato sapato, o que era previsível, nomeadamente na exigência de revisão imediata para as 35 horas, quando tantos portugueses da actividade privada trabalham as 40 horas ! Como diria o outro, qual é a pressa ?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ver bem

Por vezes sai a ideia de que os idosos, as pessoas que vivem no campo, não gostam da cultura, da pintura em particular e têm algum desinteresse, sobretudo os homens, que gostam mais de uma mine. Afinal temos aqui a prova do contrário, e só a atenção do senhor que até se pôs de cócoras para ver melhor um detalhe que lhe interessa, mostra esse interesse.

Exposição

Hoje a aula do atelier na Aldeia foi no Forum de Castro Verde para as "artistas" e outros que as acompanharam verem a exposição da Stela Barreto exposta até 15 de Janeiro. Francamento estava rexeosos xom a reacção pois a pintura não é nada convencional.mas as treações foram óptimas. Seguiram todos os quadros e pude-lhes explicar um pouco das técnicas da Stela, que conheço dos workshops, o que ajuda a perceber o que estão a ver e como é feito. As pessoas adoraram e ficaram agarradas a alguns quadros que lhes agradaram, as cabeças, as telas com casas, a princesas, uma maravilha, Em cerca de uma hora vimos tudo e tudo ficou bem percebido e a alma cheia. Gostei de ter tido esta ideia, que fez uma manhã diferente a cerca de vinte pessoas.

A morte do camaleão

Morreu David Bowie, cantor, compositor, actor, multifigurinistas, transformista, e tudo o que se queira chamar. Referência de juventude para muitos dos meus amigos, reconheço que não para mim, sem retirar o impacto que causou para o mundo da musica, da moda, do design, pois era absolutamemte gráfico ! Tinha acabado de publicar Backstar, após dez anos de paragem, Agora percebemos melhor a urgência desta publicação. Para mim., não sendo um incondicional, guardo alguns momentos Bowie, como  Space Odissey, quando ainda tinha menos de 20 anos, Let's Dance ou Absolutely Begineers, mas a imagem de Bowie que mais me marcou é de actor em Feliz Natal Mr Lawrence, servido por uma musica fabulosa de Ruychi Sakamoto e um interpretação de David Sylvian. RIP pois os camaleões também morrem, não se conseguem transformar eternamente.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Rigor

Chegaram definitivamente os rigores do Inverno. A tempestade, as cheias, inundações, chuva, a casa cheira a mofo, e aquela parede começa a escurecer. O mesmo do costume, o tempo que acentua a depressão e que nos empurre para a parte de dentro do avesso. As pernas adormecem e os pés gelam como se estivessem imersas em água fria. A minha melhor companhia é mesmo a salamandra e o cobertor elétrico. Certo que o Alentejo é ameno  e quando me telefonam de Lisboa ainda noto a diferença. Gosto do calor da casa e da gentileza do clima aqui  no BA, enfim do mal o menos. começa hoje a campanha eleitoral para as Presidenciais, que promete ser indoor, melhor pois detesto as chamadas arruadas, uma mistificação inventada para aparecer nas televisões e  mostrar o "apoio" popular dos candidatos, que se movimentam com as câmaras dentro de uma caixa de segurança com jovens das jotas aos berros. Não é bonito...

sábado, 9 de janeiro de 2016

O maestro sem batuta

Já  ocorreu há alguns dias mas quero relembrar a morte de Pierre Boulez, um dos grandes maestros da história da música. Para quem gosta de música seria uma referencia da direção musical, tendo dirigido as maiores orquestras do mundo, e  em particular dedicado atenção à música dita contemporânea, mas era também um grande maestro clássico. De origem francesa, esteve em Portugal diversas vezes, e foi codecorado por Jorge Sampaio. Sendo um homem arrojado, gravou uma obra com Frank Zappa, musico mais ligado à musica electrónica. Era conhecido por dirigir sem batuta, apenas com as mãos. Tinha 90 anos. Algumas das suas gravações são consideradas referenciais, nomeadamente algumas de Mahler.

Catavento

Neste final de semana abriu a caça ao Marcelo. E os dois candidatos mais credíveis da esquerda, repisam as acusações de sempre, e lá vem o catavento, o lélé da cuca, o hiperactivo, o intriguista, os factos políticos, o lúdico, o brincalhão, as vinte citações num sentido e as vinte ao contrário, o que não vem são ideias claras para o futuro, coisas que também não vêm de Marcelo, que tanto quer tornar a campanha num passeio que pode dar a ideia aos seus apoiantes que nem vale a pena votar. Penso que Marcelo pode trazer algo de lúdico para a política e fazê-la menos cinzenta, mas quando foi preciso também soube ser confiável. Tiro ao Marcelo é normal, mas não o vão abater como pensam. Depois se são tanto contra Marcelo, porque é que o inenarrável  Padre Edgar e a menina Marisa (cuja imagem e simpatia quase me recolhia o voto) não desistem a favor do senhor ex-Reitor ?

Roupinha

Sábado de sol extraordinário, ora era algo que não se estava à espera, nem se previa. As coisa mais comezinha , simples e prática que se pode fazer com o sol é secar a roupinha. Aqui o rapaz do alto da sua autosuficiência aproveitou o dia "Carpe diem" como se diz num conhecido filme . O meu "carpe diem" não serve para inutilidades, tudo é útil, aproveitei para secar a roupinha, "para o rapaz andar contente".

Terapia

Tenho visto alguns episódios desta nova série da RTP. Geralmente afastado das ficções televisivas, senti curiosidade pelo modelo apresentado, original, bem feito com excelentes actores. Embora seja um descrente destas metodologias, até se precisar delas, claro, recordo que no Hospital de S.Marta a "psicoterapia" feita me ajudou a superar os momentos mais criticos, em que enfrentava a morte todos os dias. A série penso que é muito boa, episódios curtos, pouca palha, centrado apenas na consulta entre terapeuta e seu paciente. A interpretação é muito boa, e o argumento está bem adaptado à realidade portuguesa, apesar de ser um original julgo que israelita, na sua origem. Vale mesmo a pena ver apesar da hora tardia a que se transmite, Outra solução é ver os episódios todos de seguida ao sábado, duram apenas 30 minutos aproximadamente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Futuro

Ontem comecei com mais um grupo de pintura em Garvão, na Associação Futuro. Para já temos seis pessoas, o que é um grupo já no limite pois muito mais pessoas impedem dar apoio. O interesse parece ser bom e a proposta de actividades nas aldeias e vilas do concelho dá alternativas às pessoas para pelo menos uma vez por semana romperem a rotina, e terem um convivio diferente do dia a dia. Preciso é mesmo começar, dar e receber, sim porque na realidade recebo muito destes grupos pois os meus conhecimentos são mesmo de um simples curioso por estas artes. Há algum tempo pareceria dificil que algo assim se concretizasse.

Concerto

Ontem foi concerto de Ano Novo cá na terra. Com a Orquestra Clássica do Sul, que já visitou Ourique algumas vezes, e desta vez bem melhor do que nas anteriores, a meu ver. O programa teve uma primeira parte mais "popular" com pequenos excertos de Mozart, Beethoven, Delibes, para arrancar mais palmas a um público de meia sala, metade dos quais estrangeiros, que descem lá dos  montes para ouvir musica. Na segunda parte duas suites do reportório romântico do grande compositor norueguês Grieg, Peer Gynt, que requerem um pouco mais de atenção pois é uma obra mais complexa, mas muito bonita. Uma boa prenda aos ouriquenses que raro acedem a esta grande musica, mas que aderem pouco, e sobretudo ainda não aprenderam quando é que se bate palmas e quando se mantém o silêncio, mas isso é só um detalhe.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Agá

O regime demencial comunista da Coreia do Norte diz que fez um teste com Bomba H. Não sabemos se sim se não. Mas o que conta para estes regimes é o que os outros pensam que possuem, pois a estratégia é de amedrontar para poder negociar "em posição de força" o seu prato de lentilhas. Sim porque estes são os verdadeiros tigres de papel, que possuam um manancial de armamento (ou pensa-se que têm) mas não conseguem alimentar a sua população, que sofre de fome e de miséria pior do que em muitos dos países capitalistas. Parece que se regressa dezenas de anos atrás e que estamos de novo na guerra fria. Poderemos dizer que não ligamos às tropelias destes ditos comunistas, pois para mim nem comunistas serão, mas com bombas na mão h+a que ter cuidado. O mundo começa 2016 muito mais perigoso,

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Portugueses

Estamos agora a ser bombardeados com uma campanha eleitoral, que ainda só é pré campanha. Portugueses devem estar a morrer de sono com estes candidatos, isto se lhes dessem alguma importância, que na sua maioria não dão. As conversas são triviais, previsiveis, nada de novidade tudo já muito requentado. Mas achamos natural, criticamos tudo mas achamos normal que alguns candidatos nos imponham o seu ego quando não têm nada para nos dizer. Nada a propor para um cargo ele próprio de discutivel notoriedade. Uma invenção de ambiguidade e de pouca eficácia. Mas os portugueses gostam destas ambiguidades, Acabam sempre por arranjar uma solução para se ficar bem com a consciência e com a barriga. Comparo muito com a situação da TAP, que agora está em espera. Já viram que os portugueses acham que a companhia deve ser do Estado e rasgam as vestes se tal não acontecer. Depois compram bilhete na Ryanair !!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Amanhecer (Inverno)

Uma imagem de um amanhecer que parece prometer um dia em que o sol não se sabe se terá futuro no horizonte, Uma imagem daqui da planície em que nem tudo o que parece é. Para mim fprocurei uma imagem de inverno apesar de alguns tons castanhos ocre na parte baixa da imagem, aquela que nos está mais próxima. Foi um ensaio que fiz sobre papel em acrílico de formato A4. Gostei desta aprendizagem.

Retomar

Hoje retomamos trabalhos na Aldeia de Palheiros, infelizmente um acontecimento triste marcou o arranque com a sua marca, no entanto algumas das artistas mantiveram a presença apesar da tristeza. A morte de uma pessoa na aldeia marca toda a gente pois todas as pessoas têm uma ligação muito forte umas com as outras, para além dos laços familiares. É de facto muito diferente das cidades onde as pessoas desaparecem e nem se dá por elas. Existe uma proximidade tão diferente e uma solidariedade que nos toca. Bom, a vida continua e os trabalhos vão fazendo o seu caminho.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Belem

Filme do israelita Yuval Adler. de 2013. "Belem". relata aquilo que conhecemos do dia a dia dos povos acossados de Israel e da Palestina, relatos de uma violência figadal de um ódio que não tem limite, final ou razões para além do profundo desprezo pelo outro, o outro que está afinal  no mesmo lado. O argumento passa pela relação explosiva entre um agente das secretas israelitas e um informador palestiniano, e pelos acontecimentos numa das cidades mais violentas, a cidade de Jerusalém. A ilusão de criar uma relação pessoal de proximidade entre um policia e um jovem sentados sobre um barril de pólvora sempre pronto para explodir.

Aniversário

A fazer fé em informadores quase  fidedignos o amiguinho Elvis faz hoje um ano da sua vida de cão de sofá, sim porque cão ainda não tem cartão de cidadão. Dado o frio da época que o afecta em particular tirou como prenda de aniversário uma boa sesta junto do aquecedor, e espero que os donos não se esqueçam do "biscoito" de aniversário. A dona proporcionou a reportagem !

Verdes são os campos

Quem não se lembra da canção de José Afonso sobre poema de Luis de Camões, pois foi essa a sensação quando cruzei ali para os lados do IC1 juntos aos campos de Panóias e o verde era de uma intensidade que parecia só se ver cor a meter-se pelos nossos olhos, sem mais detalhes, pormenores ou outras caracteristicas que não côr. Um verde que a hunidade da manhã parece reforçar. Vinha de Lisboa pela cedinha e melhor recepção não se esperaria que o verde do Alentejo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Primeiro

Primeiro dia do ano de 2016, a esperança de um nascer do sol tímido e cheios de dúvidas. Como o ano que vai nascer. Não nos trás certezas apenas muitas razões para pensar que as coisas podem não correr bem. As ilusões são muitas e muita gente acredita ou quer acreditar que as benesses se retiram de chapéus de ilusionistas. Na realidade vimos por amarga experiência que nada é assim, e que o futuro se constrói a partir do empenhamento pessoal, do trabalho e da capacidade para nos superarmos. O dia tornou-se escuro e cinzento após nascer duvidoso. Esperemos que o ano não lhe siga o exemplo.