segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Polvo

Hoje mais uma sessão na Aldeia, e parece que as senhoras se converteram a pinturas abstratas, ou abstrações, embora construidas a partir de prints de imagens existentes. A razão julgo estar em os destinatários das suas ofertas serem agora pessoas mais novas, que elas pensam agradar mais vcom este estilo de pintura. A Maria Antónia apresenta-nos quase um "polvo" muna imagem muito colorida e cheia de movimento. Gosto. E vem outro a caminho.

domingo, 30 de outubro de 2016

Vendo

Nesta altura em que há tanta trapalhada com declarações "inconsistentes" acerca das habilitações de assessores, chefes de gabinete e outros, se alguém estiver interessado vendo licenciatura com alguns anos mas com pouco uso, feita com 13 valores de média em escola de "reconhecido mérito", pela melhor oferta. Dá para todas as utilizações, é uma licenciatura "todo terreno", apenas com um pequeno problema, não sei do diploma. Posso também dispensar um mestrado que já não utilizo, e respectiva tese, para algumas "inspirações". Tem classificação de Muito Bom, mas se calhar não está assim tão bom, mas pode compôr bem um curriculo para virtudes públicas... aproveite !

sábado, 29 de outubro de 2016

86

Ontem a minha mãe fez 86 anos, parece que rejuvenesceu relativamente ao ano passado. O Facebook foi buscar a foto dos 85 anos e está muito melhor em aspecto. Esperemos que assim continue,

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Lisboetas

Podem pensar que me converti ao Alentejo, na realidade já cá estou há cerca de dez anos e em parte terão razão. Na realidade muita coisa aqui me atrai, a começar pela paisagem serena e tranquila, e a luz que rivaliza com a da minha terra. No entanto a minha terra permanece comigo, e essa é Lisboa cidade que agora é de todos, está na moda, tem uma alma enorme. Parece que agora até consegui gostar de fado, ou de algo que parece fado, Será ? Mas para não se pensar que so pinto o Alentejo, deixo aqui uma tela terminada hoje e que evoca aquela que para mim é a imagem da cidade, a mais reconhecida marca de Lisboa, o Elevador da Bica. Feita aos bocadinhos enquanto vou animando os grupos de pintura que procuro ajudar, e que me ajudam a mim. Já tem destino marcado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Doutores e engenheiros ...

Mais um assessor a dar nas vistas, neste caso no gabinete de António Costa. A história é sempre a mesma, PS e PSD estão bem um para o outro nesta novela. Ser assessor não requer licenciatura, competências específicas, ou outras caracteristicas que não sejam "conhecer alguém" no poder e para ter um selo de elegibilidade, uma "carreira" nas jotas ajuda. Mas pelos vistos alguns, talvez para que possam impôr a sua falta de curriculo, "precisam" de um canudo, e se não o têm inventam. É o caso deste Rui Roque de que a imprensa agora fala, que tendo 4 disciplinas, declaram que tem um curso de engenharia, pois !!!!  Um curso engenharia no meu tempo tinha 49 cadeiras, portanto jamais o Rui pode dizer que foi um lapso, foi uma fraude. Imagino que tipo de pessoa é este senhor assessor. O que me custa imaginar é como uma pessoas capaz  de tal aldrabice é convidado para assessorar o primeiro ministro... Ele há coisas ...

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Grande sorte

Nestes dias o foco das nossa televisões, rádio  e jornais centrou-se em Carro Queimado, Moldes, Assento, Constantim e Aguiar da Beira, esta última só conhecida por dela ter saído para o mundo da fortuna o político Dias Loureiro (já agora é a terra natal da minha amiga Clara, pintora entre outras coisas ). Pois quando as novas são poucas, o OGE não dá para tudo, a comunicação social agradece um caso assim, com crime, mortes, fuga, perseguição, e são horas e horas nisto, o país respira ao ritmo do Carro Queimado, e toda a gente dá opiniões e sabe bem à portuguesa fazer o que ainda não foi feito. Quanto às localidades que citei, ninguém ouviu falar delas, e o seu nome ficará para sempre ligado a esta telenovela.  É como Valongo dos Azeites, terra do Manuel Palito, ou Dona Maria, onde Francisco Louça ganhou ou perdeu já não sei, o primeiro lugar de deputado. Dessas terras só se fala assim, depois mergulham no esquecimento, retirados os holofotes da TVI ou do Correio da Manhã. Sorte tiveram estas cadeias, que há custa da vida das pessoas facturam, facturam, facturam. Em nome dum "serviço público" que ninguém lhes encomendou !

Liberdade criativa


Feio, bonito, belo, emotivo, colorido, original, realista, expressionista, impressionista, abstrato, concreto, tudo pode ser desde que parta da alma, do coração e de alguma razão. Ao desenhar ou pintar, para mim é esse o ponto de partida, pinto para mim e não para os outros, é um acto solitário, egocêntrico, de busca de prazer para mim mesmo, por isso sou livre de criar e de destruir, fazer e desfazer, conseguir e desconseguir, guardo o que me parece realizado apago o que está fora, não guardo o desconseguido, não preciso de memória do fracassado, deste apenas guardo a aprendizagem. mas tenho de ser crítico, nada auto comtenplativo, como certas pessoas que por terem feito está perfeito. A liberdade de fazer tem uma consequência, a liberdade de desfazer. Por isso certos conflitos com a auto satisfação e a resignação, não suporto.

Prossegue

A tela vai-se construindo com boas vontades, dedicação e  boa disposição., Depois das habituais desconfianças iniciais lá demos mais um passo, e hoje com sete participantes tudo foi mais rápido, mais mãos menos cansaço.mais trabalho um pouco mais de confusão, mas tudo se faz. Um trabalho cooperativo fica melhor do que um esforço individual, e afinal as pessoas mostram mais capacidades do que aquilo que julgam. Será arte, não me interessa, nem esse o objectivo. Como se dizia nos meus tempos da indústria, "o resultado é uma consequência natural de um processo controlado " !!! Assim o processo é tão ou mais importante que o resultado. O processo é bom o resultado virá. Voilá !

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Em construção

Hoje mais três pessoas dedicaram um pouco do seu tempo a uma primeira experiência de pintura. Todos diabéticos, "like me", mas tal não é impedimento para nada que seja participar. A tela vai evoluindo aos poucos, agora já tem casa e igrejas da arquitectura do BA. Por enquanto é fácil, e após uma receio inicial as pessoas agarram-se ao trabalho e vão fazendo como podem. Muito bem, amanhã há mais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Quatro

Este é o número de meses que a Francisca faz hoje mesmo. Parece que foi ontem os dias passaram por nós sem dar conta, e agora já temos uma menina que ri e chora, comunica e quer interagir. Está longe mas parece aqui ao lado, uma presença que nos preenche. Prolongamo-mos na imagem dos netos, como se também fizessem parte de nós. Ainda não tens tempo sequer para um aniversário, não faz mal, vamos comemorando para cada um, em silêncio, cada mês que passa.

Carroça

Nova segunda feira na Aldeia, mais um trabalho terminado, vindo da Favela, um casebre, a carroça em que o habitante vai ao Pingo Doce, à frente uma cerca, uma árvore e não falta o estendal onde se estendem as ceroulas, a camisola interior e a fronha da almofada, tudo numa visão simples e inocente. Muitas horas de trabalho e a superação permanente.

domingo, 16 de outubro de 2016

O Orçamento Geral do Estado e eu

Agora que tanto se fala de OGE a conversa enjoa, e até eu não dispenso meter a colher. "Nada sei de finanças nem consta que tenha biblioteca" como a personagem de Alvaro de Campos, mas sei que não fumo, não bebo bebidas brancas, detesto refrigerantes, não tenho património superior a 650 mil euros, não disparo balas, só palavras, não tenho casa alugada localmente, não tenho reforma entre 275 e 830 euros, já teria definhado, nada então que possa cair na alçada do sorridente Centeno ou da furiosa Mortágua, pelo que o OGE não foi feito para o "meu país" mas para o de outros, quais ? Apenas me reconheço numa palavra, "Sobretaxa", essa ainda pago mas em Agosto 2017 pelo vistos divorciamo-nos. Assim o OGE e eu somos realidades que não se interceptam, nem chegam a ser tangentes. Pois nesse  caso Costa estás à vontade comigo, se é só isso que queres, que sejas feliz, pois daqui nada levas. Afinal tanto barulho para tão pouco. Entre os que juntam com o bico e os que espalham com as patas, eu agradeço com as mãos, desta vez deixas-me em paz. Obrigado, meu Deus, passei pelos pingos da chuva, e como as andorinhas no meu terraço só me resta "voar".

Estar só ou estar sozinho

Hoje discutia-se na rádio, os conceitos que são muitas vezes tidos por sinónimos, de só e de sozinho. Assim pode -se estar só sem estar sozinho, e estar sozinho mas não estar só. O contrário de sozinho é acompanhado, e isso nada que dizer quanto ao estado de solidão da pessoa, mas o contrário de solidão (estado de estar só) é " estar em relação com", o que nos tempos que correm pode ser obtido estando-se sozinho. A solidão acaba por ser um estado de espirito que deriva da ausência de relação, mas essa relação não tem de ser com a presença de pessoas, que muitas vezes incomodam, que nos impõem a sua presença, o seu ego, que violentam os outros, que se tornam tóxicos na nossa vida, que nos fazem a vida num pedaço do inferno, com o seu egocentrismo. Para  isso melhor sozinho, mas sem estar só, em relação com os nossos gostos, ocupações, prazeres. Dixit. Vejam estes cantoras, estão nem sós nem sozinhas, em relação com o seu canto. Encanto.

Sorriso (Apresentação 13)

Agora começou a esboçar o sorriso. Rir é o contrário de chorar, e ainda preferes esta última forma de comunicação, o que implica que os pais tenham um descodificador que se vai aperfeiçoando com tempo. Por aí procuram adivinhar qual a queixa e qual o seu objectivo. Mas agora introduziste o sorriso no teu dicionário, o que não tem nada para descodificar, pois o sorriso sempre foi sinónimo de felicidade (exclui-se o sorriso da senhora Clinton, que á apenas puro plástico, podendo ter todos os significados), mas isso não interessa nada para aqui. Agora que começaste a rir, vejo que aprovas a ilha e a sua estabilidade. Bem está a mãe que vê os seus esforços recompensados. (Fica aqui um primeiro desenho que pretende ser a tua cara, sei lá... como é desenho posso partilhar, mesmo não sendo a perfeição em pessoa...). A data é de amanhã dia dos quatro meses...

sábado, 15 de outubro de 2016

Adoptado

Hoje passei a manhã em Garvão, na exposição onde algumas pessoas entraram para ver o que lá estava, curiosidade saudável. Passei quase toda a manhã acompanhado por uma criança que já conhecia do ATL, que me foi visitar, coisa que muitos adultos esqueceram, e ficou por lá a ver o material, a escolher uns trabalhos do ATL feitos por si, a ouvir música e a jogar uns joguitos no meu telemóvel, coisas de "criança". Conversou comigo e eu conversei também. Brincou com qualquer coisa que trazia e no final saiu-se com esta "gostava que fosses meu pai !" ... que depois corrigiu para "ou avô"! E esta. ser adoptado ali no BA, sem nos pedirem licença ! Não conheço a família desta criança, mas nem tudo andará bem decerto, no entanto fiquei feliz, pois quando uma ou outra pessoa por ali não me tem tratado muito bem, o que desculpo por pequenez mesquinha das pessoas, mas são casos pontuais, esta "adopção" diz-me que não estou errado, e que apesar desses episódios infelizes, afinal estou do lado certo, pois não sendo verdade absoluta, "as crianças nunca se enganam" ...

Uma porta para o outro lado

A porta é apenas um ponto de passagem ou tem mais do que isso ? A minha porta permite.me entrar no meu conforto, na minha intimidade, A porta separa e delimita o lado de cá, e deixa o lado de lá para o mundo. O meu mundo e o mundo dos outros. Esta porta tem muitos muitos anos, situa-se junto de uma ribeira que já arrastou vidas e bens, já deve ter estado debaixo de água nas inundações no BA, através dela passaram gerações, esperanças, talvez corpos sem vida, vidas sem corpo, já viu muita coisa sem necessidade. Uma porta afinal não é apenas uma porta, é um caminho entre dois mundos. Além disso é um óleo sobre tela.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Tela "on progress"

Hoje mais uma sessão para construção da tela para o dia do diabético. Entre os participantes o sr José Francisco, reformado, que para se movimentar usa bengala, para maiores deslocações tem uma scooter eléctrica, foi pastor de profissão, no tempo em que havia pastores por aqui, pois agora quase não há. Mesmo com dificuldades participou pela primeira vez na construção de uma tela, tendo dado uma boa ajuda para pintar o céu. Aqui o vemos de pincel na mão, para uma actividade para que foi convidado mas nem tenha percebido bem o que era. As pessoas aderem se quem as convida tiverem credibilidade. É o caso dos enfermeiros do Centro de Saúde que promovem esta actividade.

Expo e venda

Pois estou a fazer uma pequena expo para tentar mostrar algumas coisas que fiz e, se for o caso, obter alguma contribuição para a Associação Futuro. A participação tem sido pouca mas tenho aproveitado o tempo para pintar no local, e mostrar o que tenho exposto. Isto passa-se na vila de Garvão. O tempo aqui passa devagar e os hábitos também se alteram embora lentamente ...

Composição decorativa

Nas aulas de Desenho do meu sétimo ano do liceu, onde era o melhor aluno, sobretudo pela minha facilidade a lidar com uma coisa que os colegas detestavam e eu adorava, a geometria descritiva, havia umas aulas em que se fazia uma "composição decorativa" assim una desenhos geométricos que nada representavam além de si próprios e acabavam por nada significar e nem contavam para a nota, Pois apliquei o mesmo principio ao tema da viola esta menos desconstruida do que num desenho anterior. Aqui fica em homenagem ao meu sétimo ano de liceu, e a todos os que não descobriram cedo que poderiam fazer uma vida nas artes, passando ao lado.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

The times they are a'changin...

Pois ao atribuir o Nobel da Literatura a Robert Zimmerman, mais conhecido por Bob Dylan parece mais verdade que os tempos são outros. Não mais livros com 600 páginas, nem carreiras pautadas por traduções em dezenas de línguas, uma guitarra, uma harmónica, carradas de mau feitio, mas letras escritas e cantadas para todo o mundo e temos Nobel. Justo ou injusto a questão nem se põe pois é manifesta a qualidade do que Dylan escreve e canta, para todo o mundo, embora a forma de canção não seja passivel de tradução pelo que muito do que escreve fica limitado aos anglo saxónicos falantes. pois dizem que a maioria dos textos de Dylan são intraduziveis. Para mim, fã desde sempre, boa parte do que escreve é incompreensível como tal. Mais do que tudo Dylan representa a minha geração. Na sua singeleza, complexidade e posicionamento anti-político, não enquadrável em estereótipos nem em esquerdas ou direitas. Está acima.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Fui ver ...

A exposição da pintora Stella Andrea, presente na Biblioteca Municipal de Ourique, chamada "Cor Local" e onde o Alentejo está presente por todo o lado, com uma técnica aprimorada, pena o pouco espaço e as condições de exposição estarem aquem dos mínimos para a quantidade e qualidade do exposto. Agora que criaram por cá uma "Casa dos Artistas" talvez tudo melhore. Vale mesmo a pena ver pois a técnica é excelente, e além do mais a autora embora holandesa ( ao que julgo) reside aqui pelos campos... pelo que tem noção da cor destes locais. Deixo apenas um exemplo, mas chamo a atenção para os quadros com representação do mar do sudoeste alentejano, Bolas !!!

Redesenho

Uma viola campaniça também ser apresentada de uma forma um pouco menos óbvia, fazendo para isso apelo aos meus desenhos com a Stela Barreto e as aprendizagens nos seus seminários. A desconstrução não foi levada longe demais pelo que ainda vemos muito das linhas que compõem o instrumento musical, mas através de uma percepção que não é demasiado evidente. Apenas um pouco mais criativa e fazendo apelo a algumas "regras" do desenho cubista. Trata-se de uma tela em acrílico, 30x30 em papel texturado com gesso e colado sobre tela. Espero que gostem...

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Chuva (Apresentação 13)

Já sei que hoje apanhaste a primeira chuva. Chuva é isso mesmo, a água que molha os outros mas não te molha a ti, vens na conchinha escondida e protegida desses pingos que não sabemos de onde vêm, mas que refrescam o ar, e fazem as faces mais rosadas. Nessa ilha, que já é a tua casa, tens de te habituar a esses pingos que aparecem sem esperar e surpreendem o melhor dos passeios. Faz parte, sem chuva nem seria Londres.

Bom tempo

Mais um dia na Aldeia, e afinal uma manhã bem passada, tempo de qualidade, que nos inspira. Procuro dar uma ajuda e apoiar quem tem mais dificuldade, o dificil é ir evoluindo mas lá chegamos. A experiência vale por si mesma independentemente do resultado, o qual afinal também tem sido bom. Cada vez que lá vou venho de lá melhor.

A Rapariga no Comboio

Ando longe dos best sellers, e este é um dos livros mais vendidos deste ano que agora deu filme. Li o livro e recomendo. O filme não vi mas dizem que ficou a léguas, apenas vi a apresentação e vi que de facto o ambiente não é o mesmo. Porquê ? Porque os direitos comprados para a Dreamworks levaram o filme para New York quando o original se passa em Londres. Gosto do ambiente do livro, das três personagens femininas que protagonizam o livro, desde logo a principal personagem, Rachel, que está feita num caco. Tudo perdeu na vida, e vegeta em viagens de comboio suburbano, em que alimenta a sorte da vida dos outros com os quais tudo está bem. É sempre assim, com os outros está tudo melhor do que connosco e ali nas barbas de Rachel tudo se passa e nada está bem. Gosto do enredo, muito bem feito, sendo o primeiro romance da autora. Um livro de facto arrebatador, que nos mostra a vida suburbana. Leiam, quanto ao filme se calhar se lerem não valerá a pena gastar mais...

domingo, 9 de outubro de 2016

O sabor da água ( Apresentação 12)

Segundo informação parece que não gostas do novo sabor da água. Como assim se não bebes água mas leite ? Mas para fazer leite precisas de água. Certo ! A água numa ilha sabe sempre um pouco a mar, pois esta rodeada por ele. Aqui no continente sabe um pouco a terra, pois ela está por todo lado. Assim embora os físicos digam que ela é incolor, insípida e inodora. isso é conversa de cientista não deves acreditar. A água sabe sempre à casa onde estamos. Agora essa ilha é a tua casa e vais ver, nada como  sabor a casa. É só mais uns dias...

Napoleão

Fui ver já há cerca de uma semana na Biblioteca Municipal a performance de Napoleão Mira e Reflect, que tem andado por aí a promover um CD com palavras ditas (lembram-se do Mário Viegas...) e música electrónica, palavras e música de muita qualidade, e valeu bem a pena. Embora sala não totalmente cheia, estava muita gente que seguiu com atenção e no final agradeceu. Uma boa aposta da Biblioteca na promoção da palavra e da palavra bem dita, pois a potência vocal do escritor e o poder interpretativo fizeram muito pelas boas palavras. Aqui na terra estas apresentações são raras, talvez por falta de meios, digo eu, pois quando vejo o dinheiro que se deve gastar com um evento totalmente ignorado, sem público, elitista e desligado da realidade chamado  Artes Performativas 2016, que se justificaria num município onde a oferta cultural fosse consistente, caso de Almodovar ou Castro Verde, mas aqui em Ourique não faz qualquer sentido, mas quando vejo isto, penso que não faltará dinheiro, falta é juizo aos decisores...

Viola


Regresso ao tema da viola campaniça, típica desta região do BA e quase extinta não fosse os bons ofícios de algumas pessoas. Estéticamente é um instrumento muito bonito, com as suas formas estreitas na "cintura", assim como uma "flausina", palavra em desuso, a sonoridade é para quem gosta e deriva das cordas de arame, pelo que é muito metálica. Para quem gosta mas de música tocada pouco entende é só o que posso dizer. Por mim fico-me pela estética...

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Miró e os meus botões

Foi inaugurada a exposição Miró em Serralves e eu adoraria ir ver, mesmo que vá de gatas... Gosto muito do artista, e da sua estranha simplicidade. Na cerimónia de inauguração estive o mundo da política, artes e socialite, e eu a ver aquilo achei que faltava ali uma pessoa, Oliveira e Costa, esse mesmo, o visionário que desencantou estas obras sabe-se lá onde e as trouxe para o cofre do BPN, pois espero que tenha sido convidado. E digo com os meus botões, se o Eng Sócrates foi convidado, justamente, para inaugurar o Túnel do Marão, porque carga de água o Oliveira e Costa não foi para inaugurar a Exposição Miró ??? (desculpem os membros do clube de fãs...)

Avião (Apresentação 11)

Agora por esta hora já conheces o que é essa caixa fechada que se projecta pelo céu, próximo de Deus e próximo das nuvens que o envolvem. Apenas não queria que a conhecesses tão cedo mas casa é casa, e é altura de a conheceres. Hoje foi esse dia em que o avião foi casa. Imagino os olhitos a procurar compreender. Nada para perceber é apenas um regresso ao local onde tudo teve início. Agora podes apreciar melhor o que é "ver lá do alto".

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Welcome home

É bom chegar e ter quem nos olhe com estes olhos, salte de alegria à porta, mesmo depois da meia noite, e acompanhe sem condições, fora as que derivam da condição animal e das necessidades fisiológicas. O cão "feioso" Elvis, agora que virou estrela da TV muito confundido com o seu irmão de raça do anúncio da Vodafone, não deixou de ser simpático e afectuoso, embora a sua força e o concentrado de músculo por vezes torna os afectos um pouco "inoportunos", mas é a sua forma de gostar...

Missão

Afinal parece que sempre há lugar no mundo para aqueles que não encaram os cargos para que são escolhidos como um "emprego". A confirmar-se a notícia de que Guterres pode ser "recomendado" pelo Conselho de Segurança da ONU para SG, parece que o mundo ficou um bocadinho melhor. Mesmo que seja pouco, o seu perfil é de uma pessoa que leva muito a sério os cargos para que é indicado, e vai até ao fim nos seus propósitos. Estão de parabéns os países que escolhem uma pessoa com este perfil e que sabem (podem não saber...) que não se calará perante as injustiças. Vamos ter um "papa francisco" como SG da Nacóes Unidas... e finalmente eu tenho um grande lider mundial que conheci pessoalmente !

Tela

Mais uma actividade do grupo terapêutico que acompanha os diabéticos do concelho com todo o "amor e carinho" há mais de 3 anos no quadro da USLBA, grupo onde me integro, e onde pontualmente participo. Agora fomos desafiados para fazer uma tela gigante, que será depois oferecida e estou a procurar orientar essa actividade com as minhas possibilidades. Seguindo a velha máxima marxista " de cada um segundo as suas capacidades a cada um segundo as suas necessidades" procuro apoiar dentro das capacidades. Ontem foi o primeiro dia de trabalho e cada dia de vários conta-se com um pequeno grupo (para evitar confusões)  que vai fazendo evoluir o trabalho até ao término. assim todos participam como podem, e se não  puderem cá está o "professor" para compensar. Digam lá que não é uma boa ideia.

Deliciosa

A rapper nortenha Capicua acaba de publicar um livro-disco de nome "Mão Verde" que é uma delícia. Em principio é destinado às crianças, mas depois emenda a mão e diz que é para todos os "peter pans", o que quer dizer para todos os que não querem crescer, as crianças-grandes. Tenho estado a ouvir e as letras são uma maravilha, e as músicas são rap embora mais ligeiro do que a Capicua costuma fazer. Conta com a colaboração de Pedro Geraldes dos Linda Martini. Aqui alguns exemplos:

"Desconfia de quem não gosta dos animais
Se não gosta de plantas desconfia ainda mais
Desconfia de quem detesta chocolates
Desconfia de quem não gosta de Chico Buarque
Desconfia de quem diz que não gosta de livros
Desconfia de quem diz ser de poucos amigos
Desconfia de quem nunca se despenteia
Goza com os outros deixa toda a gente feia
Desconfia de alguém que nunca fez uma viagem
Desconfia mais de quem não faz reciclagem
Desconfia de quem nem no chuveiro canta
Não gosta de música e não dança não dança
Desconfia de quem diz cor de rosa é pra meninas
Rapazes nunca choram nem brincam às casinhas
Desconfia de quem não gosta do que é diferente
Não gosta de crianças não gosta de gente
Desconfia de quem não gosta de comer ervilhas
Desconfia de alguém que não tem umas sapatilhas
Desconfia de alguém que nunca está de mau humor
Desconfia de quem não tem sequer humor
Desconfia muito de quem desconfia muito
Desconfia muito de quem não gosta sequer do mundo"

Retirado de uma canção chamada "Confio(des)confio". Muito divertido e certeiro. Pra crianças, claro ...

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Emprego

A recente candidatura da Comissária Kristalina não me afectou grandemente, pois embora goste do meu antigo professor António Guterres penso que, como se dizia ontem no Expresso, faz mais falta em Portugal do que na ONU. Agora ficámos a saber uma coisa que eu não sabia, ignorância do macaco. Sabemos agora que ser comissário europeu é um emprego, como ser professor, funcionário público ou assistente operacional, vendedor, ou padeiro. Pois só nos empregos se pode pedir licença sem vencimento... e regressar se a "coisa não correr bem" !!!

"Jarra com cajus ao centro e uvas"

Ontem retomámos o grupo na Aldeia, onde trabalhos tinham ficado parados desde final de Junho. Por isso no primeiro dia há logo trabalhos que se concluem. É o caso da Catarina que aqui mostra a sua jarra com pimentos, que afinal erram cajus. Com uns retoques finais ficou ao agrado da própria, no caso é só o que interessa, nada mais, A animação prossegue e saliento um regresso de uma das artistas, com nova coragem o que nos agrada muito.

Outono

Durante algum tempo "congelei" o blog e também o Facebook pois a energia que me requeria era demasiada para um retorno que não consigo avaliar (alguém avaliará...). O Verão o calor e mais alguns contratempos da saúde sempre débil de um transplantado recomendavam calma e poupança de energia. Na realidade o blog é apenas uma forma de me expressar, mais uma, por vezes refectir, e sobretudo uma disciplina de escrita diária recomendável. O importante não é que me leiam, pois muitas das visitas não passam do resumo que coloco no Facebook, mas que eu rescreva, sobretudo para mim mesmo. É assim como uma "prova de vida", como no passado os pensionistas tinham de fazer todos os anos. Uma prova de vida diária. Já o Facebook é basicamente uma inutilidade. Como dizia ontem numa entrevista, Salmon Rushdie, abandonou as redes sociais pois jamais saberia se o que estava por lá era verdade ou mentira. Agora o Outono vai mudar algumas coisa. O calor já se foi, os dias diminuem, a noite cai cedo, retoma-se uma actividade de rotina que apela a fazer registos. Por isso vou retomar este hábito diário. Aproveitei esta foto outonal que roubei a um amigo para seguir o a estação e aproveitar o sol enquanto este não se esconde. Obrigado a algumas pessoas que se preocuparam com esta ausência. Tinham razão.