sábado, 31 de dezembro de 2016

Last day, old year (um balanço pessoal)

Gosto de balanços. Agora todos dizem que não fazem listas, mesmo quando são pagos para as fazer, mas o que têm as listas de mal ? Para mim nada de mal, as listas poupam neurónios, ajudam a arrumar as ideias, a por as coisas no devido sítio, a arrumar gavetas, encaixar o que pode ser encaixado, separar o trigo do joio. Por isso devemos sempre balancear, mesmo que seja apenas na cabeça, cada dia, cada mês, cada ano, sabendo que o próximo será parecido, e que os imprevistos não se prevêm, e o que é previsível é sempre pouco interessante.

Dito isto o último ano foi um ano em que se concretizou um sonho que não dependia de mim, o de ser avô. O nascimento da Francisca foi um desejo que concretizaram para mim. Estava a pensar que tal não sucederia mas no final concretizou-se, e apesar da distância tem sido uma muito boa sensação. quando me olha com os seus olhitos pretos. A neta é linda. como afinal serão todos os netos para os seus avós. E para cada um serão especiais.

Depois a saúde. Aquilo que chamamos num dos lugares comuns mais bem sucedidos de sempre "o bem mais precioso". Continuo a aguentar, com os dois pés assentes na terra e na posição vertical, durante o dia. Nem sempre confortável, as pernas por vezes tremem, e os olhos cada vez piores e mais ineficazes. De restos permaneço entre os vivos, o que teria um boa probabilidade de não acontecer. Enfim de nada adiantam as queixas, nem consta que possa interferir nos planos que Deus tem para mim, sejam quais forem. Mas posso com os meus próprios planos ajudá-lo.

Finalmente as actividades dia a dia contáveis em blog, passam muito agora pelas pinturas, em trabalhos próprios, nem sempre bem sucedidos, ou nos grupos que continuo a animar e que me dão mais prazer do que incómodo, que na realidade não dão nenhum. O prazer que retiro dessa actividade acaba por compensar todo o desgaste, ou algum mal estar com algumas más educações. Mas estas ficam para quem as pratica, e confesso que não as esperava, mas nem todos pensam como eu, de forma positiva e vendo sempre o copo meio cheio.

Nos costumes disse nada. Marcelo foi presidente e era o esperado, Costa surpreendeu pela positiva, devo reconhecer que me enganei. Sente-se maior distenção e menos pessimismo nas pessoas, embora os tempos actuais e vindouros pareçam carregados de nuvens negras, quando vemos a ascenção da ignorância ao poder, a credibilidade atribuida aos raivosos, a razão que parece assistir aos canalhas, e a voz calada dos bondosos, e esse saco de indignidades que se chama Médio Oriente onde as vidas humanas parecem nem contar.

No meio disto tudo duas vozes que parecem falar outra língua. o nosso Guterres e Francisco, o Papa de todos os que acreditam e dos que duvidam.

Tenhamos esperança para que o pior seja o que já aconteceu !

Bom Ano de 2017 para mim, e para os que de vez em quando perdem uns minutos a ler este palavreado com pouco estilo, mas sem pretenções.

Cartas da Guerra

Ultimo dia do ano vi "Cartas da Guerra", filme de Ivo Ferreira realizado a partir do livro de António Lobo Antunes, com o mesmo nome, este escrito com base nas cartas escritas pelo autor à esposa, enquanto cumpriu serviço militar em Angola no inicio dos anos setenta. Maria José lê as cartas, melhor os "aerogramas" enquanto se vêm imagens de momentos da guerra, e não sobretudo cenas de guerra, mas momentos do dia a dia de quem cumpre o serviço militar numa terra do fim do mundo, numa guerra sem sentido e sem rumo. Filme a preto e branco via com os olhos de quem por muito pouco escapou aquela guerra, pois deveria ter sido incorporado em 1972. Um amor foi interrompido e o jovem médico foi catapultado para aquele cenário incerto e para uma vida militar que é muito mais do que fazer guerra. É também integrar-se temporariamente numa comunidade sem condições de vida para além das suas tradições em contraste com a experiência destes jovens que para ali eram enviados para combater e sobreviver.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Delicadeza

Depois do fim da sua participação nos Madre Deus, Teresa Salgueiro iniciou carreira a solo com a sua excelente voz e gravou temas de outros autores em dois discos. Agora lança "Horizonte", onde além de cantar também compõe os temas do disco. Tenho estado a ouvir e tudo e tão bonito, tão delicado, que parece vindo de um outro mundo onde não há feio, não há maldade e não há mau gosto. Ela própria nos apresenta a sua voz como filigrana fazendo de cada tema uma pérola fina. O contrário do que é vulgar, a afirmação de mais do que uma cantora que nos espanta. Eu gosto, recomendo. Para quem tem saudades dos Madre Deus e não só.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Neue Herz

Há seis anos estava a acordar de um dos maiores sonos transformadores da minha vida. Adormeci na véspera pelas nove da noite a acordei cedo com uma prenda de Natal tardio dentro do peito, um novo coração, novo, quer dizer, usado em bom estado. Relembro que de todos os orificios naturais do corpo humano saíam fios e tubos, de todos menos um, mas em contrapartida alguns  orificios foram abertos para colocar mais e mais fios, sondas e cateteres, pois os naturais não chregavam. Rodeado de máquinas que falavam entre si e com o pessoal hospital uma linguagem zipada, de plins e plums, de grandes bastidores onde toda a fieirada dava entrada, para de acordo com a informação decidiam a cada minutos quantos minutos de vida me concediam. O pessoal entrava e saía mascarado com fatos de proteção, luvas. máscaras e dentro do isolamento em que estava o ar era rarefeiro, a pressão alta e tudo era assético e perfeito, numa pesadelo climatizado, ventilado e ligeiramente aquecido. Abri os olhos e as máquinas conversavam comigo, numa linguagem que não entendia, assim como o título deste post. Até que alguém mascarado se aproximou e disse, "bom dia, benvindo à vida" de novo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

My first christmas (Apresentação 20)

Foi ontem que vestiste a rigor um fatinho vermelho de menina Natal e um "babette" com a frase "my first christmas". É isso uma "menina Natal", ou na melhor tradição uma "menina Jesus", como se chamava na minha infância. Quanto ao primeiro Natal dele não te lembrarás, mas nós sim, pois tu foste o presente desejado do ano. Agora talvez seja o último, e o mais verdadeiro, pois nos próximos vem a pressão das prendas, das compras e das ofertas, sempre demais e nunca as certas, também tu entrarás nesse turbilhão de expectativas, desejos e pedidos ao Pai Natal. Inevitável, não é ?

Minhocar (Apresentação 19)

Aquele estado intermédio entre a postura "estendida ao comprido" e o "gatinhar", aquela tentativa de levantar o rabo do tapete, de fazer força nos braços para que se levantem , ou nos joelhos para ficar uns centímetros do solo, e depois a contorcer para cima e para baixo, como chamar a esse estado entre a lagartixa e a minhoca, talvez "minhocar" seja a palavra mais adequada, e nesse estado está tu agora a "guerrear" com a posição horizontal !

O meu Christmas

Quem aproveitou bem do meu Natal foi o cão Elvis, que junto à lareira aproveitou do quentinho no frio alentejano a que não está habituado. Cão sofisticado queimou bigodes, teve prenda, e direito a dormir no sofá, coisa que os pobres cães vadios não tiveram, e apanharam apenas com os restos dos ossos e as espinhas do bacalhau, dormiram no conforto do  relento e no perigo das ruas desertas, Natal das diferenças, até nos "cidadãos caninos" quanto mais nos humanos. Para uns o calor da Trump Tower, para outros o gelo de Alepo. É este o mundo "we live". Nada altera, nem discursos do Papa, nem comentários da Mortágua. Mas como dizia alguém " não podemos acabar com a fome no mundo, mas podemos retirar alguns do mundo da fome".

Last Christmas

Perdão se comparo mal, mas eis que este foi o último Natal para George Michael, de quem não sou particular apreciador, mas de que recordo sempre o super êxito de verão de mil novecentos e oitenta e alguns, "Wake me up... ", ainda na versão Wham, e que se ouvia por todo o lado, para além do romântico "careless whispers". Morreu jovem, rico, e cada vez menos bem comportado, aquele jovem grego, pois ers de origem grega, que nos oitenta era o namorado perfeito, o filho bonito, o neto das avós, o genro para filhas casadoiras, revelou-se gay, nada de errado, mas mais tarde com as habituais dependências do costume. Acorda-me antes de partires, pedia ele naqueles tempos, desta vez não acordou. RIP.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Sentadinha (Apresentação 18)

Pois quem ler estes meus posts, em que procuro apresentar a o mundo à neta e a neta ao mundo, dirá talvez que " este tipo pensa que só ele tem netos...". Na realidade não penso, mas reconheço que esta neta é única e insubstituível no coração deste fraco avô. Agora sentadinha sem apoio de nada, sofá ou outro suporte, parece que descubro em ti aquela postura do bebé que começa a tornar-se pessoa. Curiosa esta sensação que os filhos não nos deram, a sensação de assistir a um desenvolvimento visto por fora, sem a responsabilidade directa pela sua evolução como se estivesse a ver o filme da vida a desenrolar-se. Mesmo estando longe, acompanho como se estivesse aqui mesmo, aqui ao alcance da mão, Já se senta, em breve gatinho depois anda, re o mundo passará a estar ao alcance, não é menina F ? ( o bebé da foto é apenas um modelo e não a menina F na realidade)

domingo, 18 de dezembro de 2016

O olhar da menina Francisca (Apresentação 17)

Sim o olhar da menina Francisca é espectáculo. Afinal há mesmo coisas inatas, contrariamente a certas versões do materialismo dialéctico em que se diz que tudo é adquirido. O tanas ! Quem te ensinou esse olhar profundo que parece que nos atravessa, esse olhar que tudo procura, aprofunda e parece tentar perceber para além do mais normal do intelecto, ver o sentido das coisas, como se tudo pudesse compreender da altura dos seus seis meses mal medidos. Os olhos são pretos mas o olhar é ainda mais escuro pela intensidade e profundidade de onde vem. O olhar da menina Francisca já será fatal ?

Populistas, graças a Deus !

Hoje fala-se muito de populismo, populistas para aqui e para ali. Ao chamar populistas a alguém parece que estamos a ofender essa pessoa, a escarnecer o político de que se fala. Temos muitos exemplos de populistas, sendo que o mais famoso se chama Trump. Mas afinal o que é ser populista ? como caracterizar um politico populista, distinguir de um político popular, ou de um simples demagogo, sendo que a demagogia parece ser uma das "ferramentas" preferidas dos populistas, assim como o martelo para o carpinteiro, ou o martelo mais a foice para o comunista. Pois ontem o apreciado professor Viriato Soromenho Marques deu a mais sintética, definição do populista, tão sintética que temos de pensar nela para a compreender. Disse ele "populistas é alguém para quem a realidade é uma opinião"... E esta ? E exemplificou. Para o populistas as alterações climáticas são  uma questão de opinião e não uma realidade. assim pode distorcer a realidade e "adaptá-la" ao seu ponto de vista. Outro exemplo os refugiados. Para eles o sofrimento concreto dessas pessoas é apenas um "ponto de vista". Assim vendem a ilusão de que tudo pode ser o que não é desde que a gente "ache  que não", ou outras são o que são "porque sim". Por isso são tão perigosos. Ele mesmo diz Trump será uma tragédia, só falta saber a dimensão dela.

Azar

Mais dois dias de internamento em S. Marta neste caso apenas para fazer um exame a que já me habituei apesar de ser algo chatinho, um cateterismo. Isto é um "arame" introduzido" na artéria radiar, ou na fémural, neste caso foi na radial, no pulso, e vai subido até ao coração onde vai "cuscar" o que se passa nas coronárias, lesões, e outras novidades inconvenientes. Neste caso tive azar, saiu-me a cama treze, assim estive em jejum até ás oito da noite, e já nem sabia para que lado era o mar... Definitivamente a greve de fome jamais seria uma forma de luta para mim... depois tudo acabou em bem, apesar da incomodidade do exame, mas como já é o sexto que faço, sei que umas vez corre assim outras assado e o melhor é estar pronto para tudo, até que fique um bocado de "arame" preso nalgum engarrafamento da circulação sanguínea...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Geometrias

Pois com as formas básicas pode construir muitas composições que alimentam o sonho de avós e netos. Esta tela foi feita por uma pessoa já avó, e que durante todo o tempo apenas dizia que não estava nada de jeito, que aqui tinha de ter mais um traço preto, ali mais uma coroa amarela, além que não, ali que a côr não era aquela, acolá que não estava bonito. mais além que estava feio. Afinal depois de tanto comentário a avó acabou por acabar e espero que a neta reconheça o trabalho e o esforço para fazer mais alguma coisa para os outros, alguma coisa bonita e que agrade. Este o segredo da história por detrás da vida, quando nada agrada até que o resultado afinal convença.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sofá (Apresentação 16)

Com o apoio do canto do sofá agora estás já sentada a brincar com as coisas simples que ocupam as mãozitas de qualquer bebé. Tem outra vantagem, agora o teto deixou de ser o melhor panorama e podes olhar em frente e ver à tua volta. Os teus olhitos pretinhos agora nunca param pois a toda a hora surgem novos focos de interesse, novidades que tens de captar, ver e compreender. Com a ajuda do sofá... e da mãe que agradece começar a ser ela mesma um pouco menos sofá...

Com a telha

Sim também se pode fazer uma telha e colocá-la à entrada de casa com o nome do ninho. Ficou bem bonito e pode ser sempre a forma certa de tornar o exterior personalizado. Boa ideia.

Montinho

Um trabalho terminado pela senhora Perpétua, mais um montinho alentejano feito do alto dos seus já oitenta anos e da muita dedicação, e ela gosta mesmo da pintura, mesmo com todas as dificuldades inerentes. A cor agrada-lhe, e toda a ajuda que recebe aceita e é bemvinda, não desiste, é muito pontual e cumpridora. òptimo estar com pessoas assim.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Triste e solitário

Novo trabalho dos Rolling Stones, agora que são septagenários. Nunca fui um grande fã da "maior banda de rock do mundo", vamos lá saber porquê, mas desta feita convenceram, com um conjunto de canções todas elas do "blues" tradicional americano, bem interpretadas e com muito "swing". Já ouvi tudo várias vezes, vantagem de ter "streaming" para os fãs é de ficar rendido, para os não fãs, meu caso, ficamos arrependidos de não ser. Grande fdp este fulano que parece que o tempo dela conta ao contrário... que inveja ! Ao que parece até foi pai outra vez, e as "pedras ainda rolam ".

Fui ver ontem Jorge Palma no Teatro das Figuras em Faro. Deus sabe que me custou, mas talvez não volte a ver, Foi a primeira, será a última. Sacrificio bem empregue, pois o homem com todas as qualidades e defeitos só pode ser genial ! Este espectáculo tem por base o disco " Só" que editou há 30 anos, e a fazer juz Palma apresenta-se só, apenas com o seu piano como acompanhamento. Improvisado, anárquico, belo, intimo, cru, melancólico, alegre, em preto e branco, mal enjorcado, credível, com momentos de génio, com momentos de falha, tudo  o que é da natureza humana lá se encontra, cantou bem, cantou mal, tocou de forma extraordinária, acompanhou-se como se de uma orquestra se tratasse. A páginas tantas, parou e tocou de enfiada os três andamentos da Sonata nº8 para piano, opus 13, de Beethoven, como se de um concerto clássico se tratasse, e ali ficámos extasiados a ver quando é o músico ligeiro se enganava, mas o músico clássico não deixou. Depois arrancou com Leo Ferré. Leonard Cohen e Bob Dylan, como se o seu talento não fosse suficiente. Terminou a cantar " Portugal Portugal, enquanto estiveres à espera ninguêm te pode ajudar". Terminou, não ! O público pediu encore, e Palma voltou e tocou mais seis músicas. Parecia que ainda estava a gostar mais do que o público.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Colher (apresentação 15)

Agora através de um pequeno video feito por telemóvel tive a comprovação do facto. A neta já come com colher.  Acabou a ditadura da mama, natural ou não, mas o limite do leite é apenas o acesso a uma pequenina parte do mundo dos sabores. Agora começa a aventura da descoberta dos sabores, das texturas e das cores na comida. Pois tudo passa a ser muito diferente, e é ver a boca a seguir a colher e a colher a trazer para a boca a variedade que é saboreada sem choraminguices. Pelos vistos gostas mesmo da colher. Já é altura de ser mais pessoa, e menos lactente. O leite é para os bebés...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Planície

Casével, que represento nesta pequena tela é uma antiga vila do concelho de Castro Verde. Plana tem uma torre da Igreja Matriz que vem dos longinquos no seculo XIV e que corta a planicie duma forma abrupta. De resto fiz uma paisagem primaveril, talvez para esquecer este principio de inverno. Gosto do local e a vila e branca, plana e cheia de ruelas sinuosas.

Novos colos (apresentação 14)

Tinhas o colo da mãe, o colo do pai, o colo de quem pegar, e para onde te transferes sem protesto nem resignação, pois esses olhitos de curiosidade estão sempre a prescrutar novas experiências que tentam perceber e integrar. Agora estes novos colos ainda não me parece que estejam devidamente explicados, devidamente compreendidos. Falo dos colos virtuais, daqueles em que estás sem perceberes como, é colo para o avô, o colo possível para a distância fisicamente inultrapassável, o Skype por exemplo ou outras formas de receber colo, mas não de dar colo, por enquanto. Assim entendo que não te sintas aconchegada em tal colo virtual, mas talvez nem imagines ainda o quanto "estás" mesmo num colo de penas. Para mim assim é !

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Prenda

Agora há "alunas" que oferecem como prenda ao "professor" seus próprios quadros. Aqui vai um exemplo de uma prenda de Natal feita durante a aula e expontâneamente oferecida ao professor que pouco ensinou. Sabe bem receber, mas assim ainda melhor, Ainda por cima um galo que pode ir para a panela na consoada.

Rua de aldeia

Mais uma ruela, casas, chaminés e outros atractivos da uma aldeia alentejana, É parecido com outros que fiz mas não é igual e cada recanto terá o seu encanto particular. É uma tela de pequenas dimensões, como gosto, e procurei reproduzir de acordo co desenho que fiz. Enfim mais uma recordação da aldeia das Alcarias em Ourique. Para um feriado porque não aproveitar e visitar as aldeias desconhecidas do concelho, Basta olhar e saber ver para o encanto surgir. Talvez muitas vezes as pessoas que aqui nasceram não dêm o valor a este património que em muitos casos está em ruína.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

"Demo" cracia e Renzi

O povo tem sempre razão. será que sim ? Ora assistimos cada vez mais a casos recentes em que o povo não tem tido razão, ou melhor, pensa que tem razão, mas está a ser manipulado por profissionais da demagogia verdadeiros troca tintas que deformam os factos, mentem, inventam "resultados", dizem venenosas meias-verdades, ocultam outra metade. Os exemplos são conhecidos, desde o Brexit potenciado por verdadeiros demagogos e mentirosos compulsivos, Johnson ou Farage, até à sempre discutida eleição de Trump, uma nódoa política, um vigarista, trambiqueiro e aldrabão encartado, de que vamos ver a catástrofe que será, e agora na Itália onde o "povo" manda para casa o melhor primeiro ministro que o país teve nos últimos 10 anos, no mínimo, Renzi. Assim tem razão quem diz, e não se pode mudar o povo ??? Isto é democracia ? eu preferia dizer "demo" cracia !!!

Duas telas

Duas pequenas telas que procuram representar a paisagem da Aldeia de Alcarias, aqui no concelho, aquela que é talvez a sua mais bonita localidade. As imagens ainda foram aproveitados de um caderno de desenhos que fiz já há uns 3 anos na Aldeia. Momentos para mim muito agradáveis, pois também tinha outra vista, e foi um trabalho que adorei, embora tivesse ficado um pouco aquém. Foram o resultado de um fim de semana chuvoso.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sol

Pois temos aqui um nascer do sol tirado do meu terraço. Mas não foi hoje não, foi no sábado passado faz hoje oito dias, e muito gostaríamos hoje de ter o mesmo dia, mas não. O inverno começa a tomar conta de tudo, a humidade avança, o bolor cresce, os  pés gelam, a casa fria, e por todo o lado o desconforto instala-se, o nariz funga, a tosse aparece, o conforto só é obtido a custo de muita electricidade, alguma lenha e muita roupa. Vamos então atravessar esse deserto com os pés molhados e a solidão nos cabeçalhos. Está-se bem. A melancolia de nada serve. Aspira-se ar gelado, tapa-se a cabeça e vamos dormir.

Dois tocadores exóticos

Na mostra estão estes dois tocadores de viola eu diria exóticos, pois a sua imagem aparece um pouco deformada e a sua caricatura é um pouco exagerada. Eu vejo desta forma e procuro que o desenho se afaste daquilo que seria o registo retrato, que manifestamente não arrisco. è um tema que me tem atraído nos últimos tempos até porque se encontra em alta, com o interesse cada vez maior pela música deste recanto. Justamente aliás, pois a sua genuína tradição é quase rara neste país cada vez mais reconhecido pela suas tradições musicais. Alguém diria há uns anos atrás que artistas portugueses teriam este reconhecimento ? As Marizas, Zambujos e outros são apenas casos mais óbvios, mas a lista é interminável e eu gosto disso, e isso muito contribui para que o país goste de si mesmo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Quanto melhor melhor

Jerónimo de Sousa hoje encheu-me o coração de alegria. Disse algo que talvez tenha passado despercebido mas que para mim é um verdadeiro programa, algo que deste lado do espectro político escasseava, uma imagem de bom senso, de positivismo e de confiança, para quem imaginava, eu não, novos Kerenskys, para quem não sabe, a imagem do idiota útil. Jerónimo disse que para nós comunistas "quanto melhor melhor". Isto para se referir aos resultados de um governo que é do PS, e que Jerónimo apenas tolera, embora se saiba o quanto a vida deste Governo deve ao PCP, nem que seja apenas a sua neutralidade, mas é mais do que isso. Não há greves, contestações, reinvidicações impossíveis, tudo está na lógica de que o que vier é bom, desde que não seja o regresso de Passos Coelho. Quanto melhor melhor, para o melhor e para o pior... ainda bem.

Viola

Mais uma viola campaniça tocada por um artista acompanhado por uma quadra bem humorada e retirada de um livro bem antigo acerca dos cantares do Baixo Alentejo e que diz

Por ser pequeno, menina
Não me mostres tão má cara
Da semente pequenina
Nasce uma grande seara.

Mais uma das idiosincrezias alentejanas de um alfacinha convertido. Náo quero que o tom caricatural possa ser mal entendido, pois procuro revelar a imagem colorida e luninosa que está por detrás destas músicas melancólicas.

Mostra

Este algum material que está exposto na Mostra de Artesanato que se encontra até 7 de Janeiro no Posto de Turismo de Ourique. São 10 telas de várias dimensões, e preços variados que estão patra venda ou apenas para serem vistos. Acho que estou onde sempre quis estar pois é mesmo de artesanato que se trata, Neste caso todas as telas têm o mesmo tema, os coros e a viola campaniça típica do BA e salva de morte certa pelo artista Pedro Mestre que a reanimou e repôs no mundo. É tudo muito colorido e muito barato, para o tempo ocupado e material usado (nada de chineses). Como se diz, quem não tem que fazer...

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Quadra

Quadra antiga colocada e ilustrada numa tela não é a primeira vez que faço, e penso que fica um conjunto interessante, sendo que os rostos têm um registo caricatural de que gosto, até porque não sei fazer diferente ou melhor. A quadro é interessante e tem um lado de revolta, embora não pareça. Porque é preciso passar o dia sem sentir ? Porque os dias eram duros e de grande esforço. Claro que a imagem da ceifeira é uma imagem que passou, o trabalho já não se faz assim, mas ficam os traços desses dias em que era melhor passar o dia sem sentir.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Diabético mas... "arquitético"


Hoje é o Dia Mundial do Diabético, grupo no qual me integro, sem dramas e com algum proveito. Um dos proveitos é ser convidado para estas comemorações, e todos os meses ser objecto das atenções dos enfermeiros do Centro de Saúde local. Este ano veio uma proposta surpreendente, ajudar a fazer uma tela que seria pintada por diversos elementos do grupo em função das sua vontade, disponibilidade e gosto. Claro pessoas sem experiência excepto duas ou três que já andaram em sessões com o "professor". Assim se fez, e hoje no dia aprazado a tela foi apresentada em Beja, num dia que nos foi dedicado, a todos os diabéticos do BA, onde naturalmente me integro. Dado que fiz o projecto da tela, que pretende representar motivos de todas as freguesias do concelho, que são apenas quatro, tive o privilégio de ser fotografado junto da "obra" e de um conjunto de boas fotos que ilustram como foi feita, Mais uma vez o processo sobrepõe-se ao resultado, embora este não envergonhe  ninguém. Dado que temos muita paisagem construída na tela, eu diria abusando do português, "diabético mas.. arquitético".

domingo, 13 de novembro de 2016

Voices in the sky

Estas vozes não vêm do céu, pelo contrário são vozes que vêm da terra, da terra profunda, para parecem que vêm do céu, dada a sua força, autenticidade e claridade. Fiz mais uma tela alusiva a estas vozes agora tão celebradas, mas não sei se devidamente apreciadas. Eu gosto destas caras reduzidas na sua simplicidade caricatural. Pode ainda melhorar muito, muito, muito, basta ir pelo caminho que tenho seguido, tentativa e erro ! Tentativas não faltam, erros também muitos...

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Novo dia

Depois de promessas de chuva eis que o prometido Verão de S. Martinho afinal decidiu marcar presença, se bem que demasiado frio para que se lhe chame Verão. Hoje da manhã estava de partida para Faro onde  por vezes me desloco, não propriamente para ir à praia. E o Sol prega esta partida de se apresentar nascendo para o novo dia como se de um dia de Verão se tratasse. Afinal não. Depois as nuvens tomaram conta se bem que lá por Faro durante a manhã o calor ainda nos acalentava. Fica aqui um nascer do sol no meu terraço, mais um, os seja "um", porque este já não se repete.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A nódoa

Uma nódoa amarela convenceu meia América de que num piscar de olhos tudo se resolve. Esta uma das caracteristicas do populismo, reduzir tudo à simplicidade dos bons e dos maus, resolver todos os problemas "porque sou eu", iludir o "macacal", que para estas nódoas não passa uma massa inerte que joga a seu belo prazer. Mas esta nódoa que vai alastrar tem ainda outras caracteristicas, é mau, mal educado, ignorante e vigarista, "tem um problema com a verdade". Agora o líder reflecte o povo que representa, e  esse é um povo que parece ser de gente desesperada, humilhada e sem esperança, por isso a precisar de um lider autoritário, que os salve das malfeitorias dos politicos estabelecidos. Triste de um pais com uma nódoa a liderar, só pode dar uma grande lixeira.

Manchar

Parece simples, fácil e rápido. Ilusão. Um trabalho demorado e sistemático de camada em camada, até se obter o resultado final, que poderia ainda melhorar bastante, mas entendo que a certa altura cansa. Dado por terminado não poderemos insistir mais, se o autor aceita como está. Mais um trabalho terminado na Aldeia.

domingo, 6 de novembro de 2016

La solitude ça n'exist pas

Não estamos sozinhos se tivermos um livro, um disco, uma actividade mais ou menos artistica que puxe pela imaginação, estimule a criatividade. Este o meu espaço e as minhas melhores companhias, as telas, os pincéis as tintas, depois de um fim de semana de actividade. Actividade intensa que me prende às colas, às tintas, e através desses meios à realidade imaginada que está dentro da cabeça. Um outra companhia é também uma paixão, a música. Em permanência ouço tudo, de tudo, e esta acompanha a mão e conduz-me pelo labirinto da concretização do imaginado. A luta com a tela, a procura da técnica, ou a falta dela. A música dá uma mãozinha, mas sou eu que tenho de fazer e muitas vezes o resultado não satisfaz, Assim como diz a canção de Ferré "la solitude ça n'exist pas"

Z de Zambujo

Novo disco apenas com músicas de Chico Buarque, ouvi e acho formidável. Longe de ser um disco de versões o cantor permanece idêntico a si mesmo e canta Chico Buarque recriando e introduzindo o seu próprio estilo. Estamos verdadeiramente perante mais um trabalho de António Zambujo, onde na sua forma de cantar em bom português interpreta canções de Chico. E as canções nem são as mais conhecidas, algumas nunca tinha as ouvido, pelo que caminhou caminhos mais dificeis, pouco óbvios, contando com algumas colaborações, entre elas do próprio Chico que canta em dueto uma canção para mim totalmente desconhecida, é como se tivesse escrito novas músicas para a voz caracteristica do alentejano. Grande interprete e grande disco, talvez não seja um sucesso imediato, mas para os muito apreciadores de Zambujo, é mais um trabalho excelente. Chama-se "Até pensei que fosse minha".

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Leve

Se pensa que os pés são inestéticos ver aqui como podem ser de uma leveza de pomba, de uma simplicidade de gota de água. Tela pequenina de autor anónimo do sec XXI, ainda por terminar. Uma vez resolvido o fundo e salientanda a cor e os atilhos nas pernas fica "coisa bonita". Muito mesmo. Não esquecer que precisa de sombra... para que haja luz.

O coração dos palhaços também falha

Morreu Oleg Popov, talvêz o palhaço mais conhecido do mundo ainda a encantar aos 86 anos. Resistiu ao palhaço rico, ao público sem sentido de humor, aos arrogantes, aos subservientes, aos que não acham graça, aos que não têm graça, ao Estaline, ao Nikita, ao feio Breznev, ao colapso da URSS de que foi um simbolo vivo, a 25 anos a viver na Alemanha, mas finalmente o coração falhou. Só esse orgão o derrubou, coisa que nem o Comité Central conseguiu, apesar da manifesta falta de humor dos soviéticos,

Finalmente chuva

Agora sim parece que temos chuva, a julgar pelas fotos da meu terraço, a chuva começou a molhar o BA o qual agradecerá revestindo-se de uma cor verde intensa. Para já apenas alguns incómodos e nada de alertas, mas apenas a chuva que os campos pedem, os alentejanos aspiram, mas os mais urbanos renegam. Indiferente aos gostos de uns e de outros ela, a chuva impõe-se e veio para ficar. Um teste ás impermebilizações que fiz nos terraços para obviar a humidade. Espero que resulte.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Parece que as imagens de  Lisboa estão a agradar e no grupo que animo em Garvão alguém fez da Sé de Lisboa o seu tema. Uma imagem muito estudada, muito reproduzida, muito copiada e adaptado a vários estilos e gostos. Esta está a sair bem, num estilo algo indefinido onde a luz e as sombras fazem a sua parte, e parte do desenho afinal não passa de contrastes desses elementos. Está a ficar bem, mas a pessoa que o está a fazer também sabe bastante. Que continue pois está breve o fim.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Pedalar

Tenho estado a fazer fisioterapia na Unidade em  Garvão, gerida pela Associação Futuro, e devo dizer que me sinto satisfeito, ou utilizando a linguagem agora em uso, "like" !  As instalações são adequadas sem serem excessivas, o ambiente simpático, a presença dos técnicos permanente, e a gentileza do pessoal é cinco estrelas. Se algum problema existe ele prende-se com a sub utilização de tão boa infraestrutura, isto no meu modo de ver. Reconheço não será fácil rentabilizar tais meios num local de pequena dimensão, e onde estamos sempre à espera que tudo nos seja oferecido. Mas penso que o pessoal poderia dar um maior uso, dado que tanto sedentarismos, tanta insuficiente mobilidade por ali grassa, mas infelizmente não se pode levar as máquinas a casa das pessoas, e se calhar mesmo assim não fariam a actividade. Por mim continuo !

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Projecto com saúde ...

Já aqui fiz referência a um projecto idealizado pelos enfermeiros que acompanham os diabéticos do concelho, nos quais me incluo, que  levou à realização de uma tela colectiva com participação de umas boas duas dezenas de pessoas. Apesar de alguns receios as pessoas participaram de acordo com os seus conhecimentos e vontade, pintando sobretudo grandes superfícies, fundos, mais fáceis de executar ficando comigo os detalhes mais complicados de realizar. Fiquei muito feliz pela participação demonstrada e pelo reconhecimento de que a arte pode ter um importante papel de animação das pessoas quando bem enquadradas, caso dos enfermeiros Sérgio e Inês que não se poupam a esforços. Neste momento a tela está concluída, tem 100x120 e procura recuperar motivos de todas as freguesias do concelho de Ourique. Naturalmente não porei aqui qualquer foto antes de os próprios interessados a verem e a darem por terminada, mas devo dizer que nada tem a ver com a foto que aqui publico e que mostra ainda muito no inicio, sendo que todo o trabalho de pintura que se vê foi feito por pessoas sem qualquer experiência, ou pouca. Apenas o desenho foi concebido por mim. É mesmo um projecto anti elitista, envolvente e sem pruridos de vanguardismo. Penso que é daquelas coisa que só na província...

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Polvo

Hoje mais uma sessão na Aldeia, e parece que as senhoras se converteram a pinturas abstratas, ou abstrações, embora construidas a partir de prints de imagens existentes. A razão julgo estar em os destinatários das suas ofertas serem agora pessoas mais novas, que elas pensam agradar mais vcom este estilo de pintura. A Maria Antónia apresenta-nos quase um "polvo" muna imagem muito colorida e cheia de movimento. Gosto. E vem outro a caminho.

domingo, 30 de outubro de 2016

Vendo

Nesta altura em que há tanta trapalhada com declarações "inconsistentes" acerca das habilitações de assessores, chefes de gabinete e outros, se alguém estiver interessado vendo licenciatura com alguns anos mas com pouco uso, feita com 13 valores de média em escola de "reconhecido mérito", pela melhor oferta. Dá para todas as utilizações, é uma licenciatura "todo terreno", apenas com um pequeno problema, não sei do diploma. Posso também dispensar um mestrado que já não utilizo, e respectiva tese, para algumas "inspirações". Tem classificação de Muito Bom, mas se calhar não está assim tão bom, mas pode compôr bem um curriculo para virtudes públicas... aproveite !

sábado, 29 de outubro de 2016

86

Ontem a minha mãe fez 86 anos, parece que rejuvenesceu relativamente ao ano passado. O Facebook foi buscar a foto dos 85 anos e está muito melhor em aspecto. Esperemos que assim continue,

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Lisboetas

Podem pensar que me converti ao Alentejo, na realidade já cá estou há cerca de dez anos e em parte terão razão. Na realidade muita coisa aqui me atrai, a começar pela paisagem serena e tranquila, e a luz que rivaliza com a da minha terra. No entanto a minha terra permanece comigo, e essa é Lisboa cidade que agora é de todos, está na moda, tem uma alma enorme. Parece que agora até consegui gostar de fado, ou de algo que parece fado, Será ? Mas para não se pensar que so pinto o Alentejo, deixo aqui uma tela terminada hoje e que evoca aquela que para mim é a imagem da cidade, a mais reconhecida marca de Lisboa, o Elevador da Bica. Feita aos bocadinhos enquanto vou animando os grupos de pintura que procuro ajudar, e que me ajudam a mim. Já tem destino marcado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Doutores e engenheiros ...

Mais um assessor a dar nas vistas, neste caso no gabinete de António Costa. A história é sempre a mesma, PS e PSD estão bem um para o outro nesta novela. Ser assessor não requer licenciatura, competências específicas, ou outras caracteristicas que não sejam "conhecer alguém" no poder e para ter um selo de elegibilidade, uma "carreira" nas jotas ajuda. Mas pelos vistos alguns, talvez para que possam impôr a sua falta de curriculo, "precisam" de um canudo, e se não o têm inventam. É o caso deste Rui Roque de que a imprensa agora fala, que tendo 4 disciplinas, declaram que tem um curso de engenharia, pois !!!!  Um curso engenharia no meu tempo tinha 49 cadeiras, portanto jamais o Rui pode dizer que foi um lapso, foi uma fraude. Imagino que tipo de pessoa é este senhor assessor. O que me custa imaginar é como uma pessoas capaz  de tal aldrabice é convidado para assessorar o primeiro ministro... Ele há coisas ...

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Grande sorte

Nestes dias o foco das nossa televisões, rádio  e jornais centrou-se em Carro Queimado, Moldes, Assento, Constantim e Aguiar da Beira, esta última só conhecida por dela ter saído para o mundo da fortuna o político Dias Loureiro (já agora é a terra natal da minha amiga Clara, pintora entre outras coisas ). Pois quando as novas são poucas, o OGE não dá para tudo, a comunicação social agradece um caso assim, com crime, mortes, fuga, perseguição, e são horas e horas nisto, o país respira ao ritmo do Carro Queimado, e toda a gente dá opiniões e sabe bem à portuguesa fazer o que ainda não foi feito. Quanto às localidades que citei, ninguém ouviu falar delas, e o seu nome ficará para sempre ligado a esta telenovela.  É como Valongo dos Azeites, terra do Manuel Palito, ou Dona Maria, onde Francisco Louça ganhou ou perdeu já não sei, o primeiro lugar de deputado. Dessas terras só se fala assim, depois mergulham no esquecimento, retirados os holofotes da TVI ou do Correio da Manhã. Sorte tiveram estas cadeias, que há custa da vida das pessoas facturam, facturam, facturam. Em nome dum "serviço público" que ninguém lhes encomendou !

Liberdade criativa


Feio, bonito, belo, emotivo, colorido, original, realista, expressionista, impressionista, abstrato, concreto, tudo pode ser desde que parta da alma, do coração e de alguma razão. Ao desenhar ou pintar, para mim é esse o ponto de partida, pinto para mim e não para os outros, é um acto solitário, egocêntrico, de busca de prazer para mim mesmo, por isso sou livre de criar e de destruir, fazer e desfazer, conseguir e desconseguir, guardo o que me parece realizado apago o que está fora, não guardo o desconseguido, não preciso de memória do fracassado, deste apenas guardo a aprendizagem. mas tenho de ser crítico, nada auto comtenplativo, como certas pessoas que por terem feito está perfeito. A liberdade de fazer tem uma consequência, a liberdade de desfazer. Por isso certos conflitos com a auto satisfação e a resignação, não suporto.