terça-feira, 30 de outubro de 2018

Agora que me lembro do mar

Esta foto foi tirada no dia dos meus anos. Mera coincidência ! Alguém a obteve por mim, e permite-me agora recordar o mar que nessa altura não vi. Ou melhor vi, mas não com este azul que só o Algarve permite. Dias de chuva estão vindo, o frio deixa me "entenguido" e só apetece mesmo "amalhofar-me" junto da lareira que ainda está apagada. Isto só me faz "alembrar" os dias de praia que não tive, os passeios junto ao mar que perdi, os mergulhos no mar que não dei, as horas passadas esticado na areia, que na realidade foram passadas a fazer contas de cabeça. Como se diz por aqui "açordas são sopas de fraqueza" e eu passei este Verão a comer açorda.... em sentido figurado "of course" !!!  A cada um o seu destino. Fica a foto do mar tirada no dia dos meus anos por mera coincidência e os meus agradecimentos a quem não seguiu o meu exemplo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Sardines... bye bye !!!

De entre as prendas que recebi neste aniversário destaca-se este prato, talvez comprado na Feira de Luz. Dirão, estranha prenda para um homem !!! De facto, muito estranha, mas se disser que foi oferecido pelas filhas, ou uma delas nunca sei, pois tudo fazem em conjunto, já se percebe melhor que há ali um "significado" que ultrapassa o "significante". Explicando melhor, este ano tenho comentado que apanhei uma "barrigada" de sardinhas. Nunca como este ano as comi em quantidade e até qualidade. Ainda a semana passada comi e ainda boas. Sempre com tomate, que este ano até me ofereceram, pepino e o indigesto pimento. Desta forma as pequenas quiseram me dizer o quanto apreciaram eu ter tido esse gosto, e incentivam a comer ainda mais.. agora "acomodadas" no pratinho amarelo. Mas para isso era preciso que ainda houvesse das boas, mas parece que não. "Bye my lovely sardines" e para o ano cá nos encontramos... se esse prazer não nos for retirado pelos biólogos encartados... "não gosto disto" !!!

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Gaivota

Esta bonita foto de gaivota que percorre a areia votando os humanos à indiferença, e aquele mar de luz só me recordam, como lisboeta de gema, as palavras "Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa num desenho que fizesse, nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa, esmorece e cai no mar  Que perfeito coração no meu peito bateria...  "  Palavras do poeta Alexandre O'Neil, feitas para a voz de Amália Rodrigues nos anos 60. Claro que o meu coração não é tão perfeito assim, pois basicamente foi preso com arames ao osso, e depois isolado com silicone, trabalho de canalizador ! Agora o poeta, meu preferido, e o poema, é o melhor de sempre escrito sobre gaivotas em lingua portuguesa. E se lermos até ao fim não fala só ... das gaivotas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sessenta e seis primaveras... ou serão outonos ?

Terminaram as "festividades" das minhas sessenta e seis primaveras, ou serão outonos, com uma festinha na Unidade, a que correspondi com uns docinhos que eram bons para comemorações, e o inevitável champagne que nunca dispenso, faz parte dos meus hábitos vinícolas. Naturalmente tive de apagar velas de novo, e ouvir o sempre presente nestas ocasiões, "parabéns a vc, and so on". Confesso que me emocionei, mas eu sou aquele rapaz que se "emociona por tudo e por nada" coração de manteiga, mas gosto de ser assim. Detesto a frieza, a indiferença, a ausência de sentimentos, a "desemoção", a insensibilidade, o desprezo, o passar de lado, prefiro ser assim incontinente emocional. Um sorriso não faz mal, um abraço não contagia nada, um aperto de mão é mais que uma formalidade. Senti-me bem com aquelas pessoas, a maioria nem conheço, a maioria nem me conhece. Estes momento são algo mais que uma fatia de bolo. São afecto.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Fora da estrada


Domingo retomei percursos que já há algum tempo abandonara para conhecer um pouco mais do chamado Alentejo profundo. Agora decidi munir-me de uma ajuda que durante muito tempo esqueci que existia, o GPS. Assim a minha auto confiança reforçou e o risco de me perder ficou reduzido a zero, ou quase. Para ter sucesso nestas odisseias o primeiro factor é ter um objectivo, algo que procurar. Como se dizia nos meus velhos tempo da "fábrica", " se não sabes aonde queres ir é normal que não encontres o caminho". Assim fui andando e descobrindo sempre com o apoio daquele pontinho azul que no GPS me dizia aonde estava, e apenas uma vez fui no caminho errado e quase estava encostado à linha do comboio, mas rápido corrigi. E descobri paisagens que parecem iguais e são tão diferentes. Diziam me agora que por aquelas bandas passava imensa gente, a maioria a pedir ajuda, pão para matar a fominha que no passado era grande por estas bandas. Agora não se vê vivalma. Apenas bichos. Deu para respirar, observar e pensar. No final descobri o meu objectivo, e assim podemos dizer, "prova superada" !!!