segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ingénuo

Os que me conhecem sabem que não me ajeito na pintura das flores, não encontro motivação. Mas ingénuamente em 1999 foi uma das primeiras telas que fiz, ainda sob a orientação do meu velho mestre o pintor naif brasileiro Zé Cordeiro, que nos  deu os primeiros ensinamentos. Assim saiu este tremendo vaso de flores, feito a óleo e que há pouco tempo recuperei da minha antiga casa, agora da minha filha. Cá fica a atestar que tudo tem um começo, sem medos, pois tudo se pode alterar, melhorar ou salvar... e até destruir!. Este fica assim para a posteridade.

Impecável

As primárias do PS decorreram de uma forma impecável, uma afluência enorme, o que se esperaria pois tratava-se de um eleitorado mais politizado, uma noite eleitoral curta, sem sondagens, ao estilo dos velhos tempos, em que a política ainda entusiasmava as pessoas. Nesse aspecto ajudou um pouco a reconciliar as pessoas com a politica, mesmo que daqui possa não vir nada de especial. Deu alguma esperança a muitos mas apenas a uma imensa minoria, não esqueçamos. Eu próprio me inscrevi como simpatizante e votei logo de manhã. Como suplemento vimos-nos livres de um personagem pardacento e sem chama. Um processo que correu bem, agora só não sei para que servem as Directas, pois já nada há a decidir.

domingo, 28 de setembro de 2014

Caricatura

Mais uma imagem caricatural do cante, que como se sabe é muito dominado por coros masculinos, apesar do crescendo dos grupos femininos. A imagem é apenas uma representação onde procuro salientar a alrgria de cantar, mesmo para os homens duros, vindos do trabalho, quando ainda havia trabalho claro. Dos campos, das minas, agora muitos são reformados e vivem nos suburbios da capital. Mas parece que a realidade vai mais longe e muitos jovens estão a aderir a esta expressão artistica grupal. Estes são mesmo FPM.

sábado, 27 de setembro de 2014

Cai a noite

Após uma tarde tumultuosa, chuva, granizo e nuvens grossas, que se seguiu a uma manhã de sol eis que o sol regressa e fura o cinzento da tarde antes que a noite caia. E desta réstea tirei esta imagem eram cerca de sete da tarde, hoje aqui no terraço. Mal observei deixei tudo e fotografei. Apenas os irritantes fios electicos incomodam a imagem e cortam-na em duas. Mas afinal são os mesmos em que pousam as andorinhas. Estão perdoados !!!

Cantadeiras

O cante alentejano há muito que deixou de ser a expressão de "feios, porcos e maus" (sem desrespeito...), quero dizer com isto que cada vez se encontram mais grupos corais femininos, que rivalizam com os melhores, e retirou aos homens a exclusividade nesta forma de expressão artistica, cito apenas três exemplos bons, "As Papoilas do Corvo", "As Ceifeiras de Entradas" e "As Atabuas", isto aqui mesmo ao ladinho. Tentei inspirar-me para esta telazinha. As caras não são de marilynes  mas é mesmo assim que vejo o seu encanto.

Falhar

Ontem à noite o escritor Pedro Chagas Freitas. esteve aqui na Feira do Livro em Ourique. Escritor, formador, animador, comunicador, nadador salvador, publicista, jornalista, ou outra coisa que não sabemos, talvez palerma, a fazer fé na sua biografia publicada no seu site. Penso que é uma nova geração entre a escrita e o marketing, entre o romance e a auto ajuda, entre a publicidade e a escrita criativa, aquilo que ele mesmo chama "ilusionismo linguistico". Comunica muito bem, é hábil no uso das redes sociais, e é um bom promotor do seu produto. Basta ver o título extraordinário que encontrou para o seu ultimo livro, "Prometo Falhar". e em subtítulo "o amor acontece quando desistimos de ser perfeitos". O Edson Athaide não faria melhor, e é um guru da publicidade. Procura leitores e fãs, e aproxima-se de uma estrela pop, mas no final dou-lhe o beneficio da dúvida. De algumas coisas que li digo que escreve muito bem. Vamos ver o Chagas. Pelo menos o público feminino caiu a seus pés !!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Serafim

Ontem, no quadro da Feira do Livro da Biblioteca Municipal, aqui em Ourique, assisti à apresentação do livro "A minha boca parece um deserto" de Jorge Serafim. Para além de um talentoso declamador, contador de histórias, animador de créditos firmados, incluindo na TV, escreve muito bem e não só para crianças. O livro, com a imagem de um livro para jovens, ficciona o problema da falta de água, e escreve por exemplo, acerca do pai amargurado pela seca,  
"Está mal-encarado, as arrelias consomem-lhe a figura. Os dias não se lhe fazem úteis. Pergunto á minha mãe o que se passa e ela responde renitente. O pai está assim porque o céu amuou com a terra. Nem água vem nem mágoa vai ! E se lhe pergunto porquê, a minha avó dá logo um ar da sua desgraça. Porque os homens secam imteligência e florescem burrice! A maior parte das vezes não entendo as coisas que a minha avó diz. Quanto mais a ouço, mais enigmado fico, enrolando compreensão em resposta nublada. Mas, ela, ríspida acrescenta, se não começa para aí a chover... Vai tudo por mágoa abaixo ! Ai vai, vai!"
Uma escrita de uma grande beleza, tudo menos óbvia.
As ilustrações são de José Francisco, e estão num registo que tem algo de gótico, é muito bonita. Por 10 euros um belo objecto, comprei com dedicatória para a neta. A Feira decorre até sábado vale uma visita, vá lá !!!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Debates

Hoje terceiro debate, e impressiona o nivel de agressividade entre pessoas do mesmo partido, e a forma como o Seguro dá tiros nos pés em nome de ter o "prémio" de vir a ser primeiro ministro. Costa também se deixou arrastar para momentos de absurda sobreposição de argumentos que não tiveram vantagem para ninguèm. Para mim continua tudo como antes, ou seja, vamos escolher personalidades, capacidades negociais, capacidades de gerar consensos, percursos politicos e experiências. E nesse aspecto acho Costa mais preparado e mais capaz de promover mudança. Como se dizia nos comentários da SIC, Seguro fechou o debate a dizer "se querem mudança votem em mim se quiserem manter tudo votem em Costa", até parece que é Costa o actual lider. Estranho.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Nevoeiro

Manhã de nevoeiro cedinho e mais um dia de encontro, no ponto de encontro do costume. Lá estão alinhadinhas e prontas para a partida, as andorinhas são aos milhares e quase todos os dias proporcionam este espetáculo completamente à borla. A mim fascinam-me.

Sensibilidade

A Dona Perpétua tem algumas dificuldades auditivas, baralha-se um pouco com as letras, mas tem uma enorme sensibilidade, e não precisa de ouvir muitas palavras para saber o que quer fazer e fá-lo bem e sempre com muito sentido e bom gosto. Aqui estou eu a dar algumas indicações e a aprender alguma coisa com a Dona Perpétua, hoje de manhã nos Palheiros, onde cheguei depois de um aborrecido furo num pneu. No entanto tive Deus por mim.

domingo, 21 de setembro de 2014

Leonard Cohen

"Songs of love and hate", foi um dos primeiros albuns de Leonard Cohen e que continha "Avalanche", "Suzanne", e o titulo foi premonitório do que seria a seu percurso musical. Nessa altura a sua voz nasalada, a toada lenta e o acompanhamento minimalista com uma simples guitarra, e a qualidade da sua poesia, que não sou capaz de avaliar por ser incompetente com a lingua inglesa, fizerem deste canadiano um sucesso no final da década de 60, onde a sua onda estava em contra ciclo. Depois vieram, baladas mais complexas, coros, outros acompanhamentos, e "We take Berlin", "Dancin in the end of love" entre outras musicas conhecidas. Depois a imagem de gentleman, que agora o caracteriza, muitos discos e muitos livros depois. Hoje faz 80 anos, e amanhã lança seu ultimo disco. Palavras para quê...

Cantadores

Agora que a catarata saiu de uma das vistas e entrou uma lente intra ocular, teria de experimentar qual o verdadeiro significado, a sua eficácia e pelos vistos valeu a pena. Assim meti mãos à obra e procuro concretizar uma ideia batida que já tem um ou dois anos, fazer alguns trabalhos inspirados no cante alentejano, e este é um dos primeiros esboços, e quatro ou cinco que já fiz e podem-me inspirar para coisas maiores e melhores. Aqui fica para um domingo, e não esquecer que estreou "Alentejo Alentejo" de Sérgio Treffaut, que parece ser bom e bem feito, foi feito no quadro da candidatura do cante a património mundial. Aqui fica apenas um primeiro esboço, sendo as caras um pouco esquisitas mas não é defeito é feitio.

sábado, 20 de setembro de 2014

Fiscalidade a cores

Agora temos a fiscalidade a preto e branco, o IRS, o IRC. o IVA, o IMI e outros pesos pesados, e a fiscalidade a cores, que é boa para  a saúde e o ambiente, da qual a primeira será a verde, com 59 taxas e  impostos encapotatdos, mas todos verdes e frescos, que bom !!! Como dizia MFL a fiscalidade não é verde, amarela ou encarnada, tudo são impostos. Do que se tem falado do assunto, agora até querem fazer crer que com esses novos impostos se vai baixar a sobretaxa do IRS, pior engano, a sobretaxa é transitória e tem de sair, com verduras ou sem elas. Depois uma coisa são os que pagam, os do costume, outra os que recebem, fala-se de pagar mais pelos sacos de plastico, consumidores claro, e baixar o IRC, que taxa os lucros das empresas e nada tem a ver com o consumo dos tais sacos que dizem passarem de 2 para 8 centimos. Estes novos impostos só são verdes porque fazem parte de mais uma "floresta" de enganos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Desculpa lá

Agora os ministos pedem desculpa e tudo passa a estar bem. Até percebo que a ministra que procurou reformar, modificar e melhorar a justiça tenha sido apanhada na curva por um sistema que estava mal preparado, e daí derivou uma enorme escorregadela. Agora o ministro Crato não tem onde se agarrar. O processo de colocação de preofessores é dos processos mais rotinados do país, todos os  anos igual, já foi melhorado, fiabilizado, assim o Ministério não tem qualquer desculpa que não seja a incompetência e a voragem de trabalhar no arame, para reduzir as contratações ao minimo dos minimos, deixando o sistema altamente vulnerável, e sem folga, pelo contrário. Igual para os ditos assistentes operacionais, que se sabe há anos serem poucos, e maus, agora serão menos ainda, e não serão os maus a sair mas sim os bons, daí a carência. Nuno Crato, apesar dos seus imenos escritos, basófias e criticas que fazia, mostrou que é incompetente na gestão da Educação coisa que creio nunca teria feito. Apesar de ser bom matemático, razoável pedagogo e vulgar comentador de televisão mostra bem que "nada sabe de melões". Se fosse a andar não se perdia nada pois nem é reciclável. Ponham mas é Mario Nogueira como ministro, até ele fazia melhor...

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

De volta à toca

Cirurgia feita e já em recuperação regresso agora com "melhores vistas" mas os bolsos mais vazios. Afinal se assim não fosse daqui a um ano estou certo de que estaríamos a falar do mesmo assunto. Muito bem. agora dar tempo ao tempo e esperar recuperação total. Depois terei de pensar no olho número dois.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Atelier

Quando a vista falha tenta-se tudo, parar é que não !!! Hoje na Aldeia de Palheiros. A propósito, vou tratar da minha. depois logo volto, São só uns dias.

domingo, 14 de setembro de 2014

Ela é que pediu

Uma canção para ouvir ao domingo, dia de passeio, de companhia, e de rua. Este "Zorro" na versão de António Zambujo parece ser a canção perfeita para um domingo solitário. Assim é fácil.

Vida em sociedade

Enquanto os pais discutem futebol, os pequenos tratam dos seus assuntos e trocam impressões sobre a ultima versão do iPhone, É a vida em sociedade e os peixes do meu aquário não diferem da regra. Porque haveria de ser diferente ?

sábado, 13 de setembro de 2014

Colagem

Sobre cartão canelado, colagem e pintura com acrílico deu para fazer uma experiência. Talvez um pouco esquerdóide. mas enfim, tenho de fazer juz aos primórdios e de facto "devemos não pedir desculpa", pois temos direito à indignação. É o pouco que nos resta.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Salmão

O meu aquário vai ficando cheio e os peixes grandes aproveitam as boas condições para trazerem a família. Bom sinal. Significa que têm confiança no hospedeiro, e nas condições que lhes são apresentadas, cama, mesa e roupa lavada naturalmente.  Assim se vai enchendo e o espaço até começa a parecer pequeno. Estes dois são cor de salmão, mas não se trata de salmão, mas sim pedra dura da Zambujeira.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Debates

O esperado, um primeiro debate em que houve uma verdadeira "investida" de Seguro, que estava de cheio e tinha de despejar a sua ira acumulada, e para esse debate Costa levou a mãos no bolso, e uma dose imensa de pachorra. Seguro despejou o saco, e no final o seu sorriso dava a noção que estava contente consigo próprio. Duas notas para mim, Costa a dixer que "governar não é prémio", e Seguro a assegurar que "não sobe a carga fiscal", reparem no pormenor, ele não diz que não sobe os impostos... e Costa não se compromete. No segundo debate Costa vinha preparado e Seguro estava mais calmo. Uma boa discussão, mas mais uma vez mostra que estes debates não dão em nada, pois são os estilos que estão em jogo. Agora atenção, Seguro vem com muitas promessas, mas a da carga fiscal é a melhor, pois a carga fiscal é apenas a percentagem dos impostos no PIB. Ora se o PIB aumentar pode-se subir impostos e baixar a carga fiscaL... e esta ? Ou se o PIB se mantém pode-se aumentar uns e baixar outros impostos. Assim nada garante Seguro, melhor seria dizer que não sabe.

Assarapantadas

As andorinhas com a chegada da chuva ficaram assarapantadas, e esta foto foi tirada ao fim da tarde e desde de manhã que procuram levantar voo e não conseguem, levantam, voltam a pousar. Estão confundidas com o tempo que deve mexer com o seu sistema de orientação.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ausência

Pelo menos um dia de ausência para consulta, sempre a mesma razão, o meu "turismo de saúde", o termo foi inventado para mim...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Decrescente

Começa a contagem decrescente para uma cirurgia à vista que vou ter de faser muito em breve, e que muito me preocupa. O meu nivel de preocupação apenas pode ser comparado com a enorme necessidade que tenho de a fazer, pois muito  perto está o momento em que vou deixar de poder fazer aquilo que mais prazer me dá, e apenas sobreviver. Daí vamos fazer a contagem decrescente e quando chegar ao zero, vamos lá !!!

domingo, 7 de setembro de 2014

Trovoada

Ontem chuva hoje junta-se a trovoada. Está composta a Orquestra da  Planície.

What´s new pussy cat

Hoje tirei-me  de brios para representar um dos meus animais de estimação preferido. Estimo-os mas cá em casa não quero, até porque não posso. Mas isso é se forem de carne e osso, pois se for em pedra o risco da toxoplasmose fica arredado da minha condição de transplantado, que convive mal com tal bicharada. Mesmo assim gosto da sua independência, e da mania que estes bichos têm que são eles os donos e nós os seus súbditos. Aqui fica dentro do possivel. Quanto ao título do post será que alguém ainda se lembra da Dusty Springfield ??? e até do Tom Jones que também a cantou...

Um Costa seguro

Costa Seguro qual a diferença, esta a grande questão do inicio de Setembro, desde o tempo do passatempo para encontrar as sete diferenças, que existia quando ainda se liam jornais. Dizem que os debates vão ser esclarecedores, e Seguro ainda queria mais e mais, debater, debater, debater. Eu penso que não vão esclarecer nada, porque nada há a esclarecer. A diferença estre os dois candidatos a candidato, não é ideológica ou programática, a diferença é de estilo, experiência, perfil, tipo de liderança, capacidade negocial, capacidade de gerar confiança, maneira de formar equipas, visão da politica, maneira de estar na politica, percurso de vida, e isso não se discute em debates. Conhece-se não se inventa, tem-se ou não se tem. Dado  que são ambos do PS porque haveriam de ter diferentes programas no essencial. No dia 28 de Setembro vota-se em pessoas e não em programas. E neste aspecto acho que Costa está seguro.

Serviço público

A RTP enviou José Rodrigues dos Santos para o Iraque, e faz toda a diferença, pois tem rubricado excelentes reportagens que nos mostram a diferença entre noticias standard das grandes agências, e a reportagem de um homem experiente (embora por vezes irritante...) É caro mas é outra coisa, e tem dado a visão da guerra do ponto de vista de quem está a sofrer. Muitas pessoas agradecem ter sido visitados pelo reporter, tal o isolamento e o medo que os assola. Muito bom, e na realidade é serviço publico no seu melhor. É de ver no telejornal.

sábado, 6 de setembro de 2014

Chuva

Hoje talvez o primeiro dia de chuva quando o Verão caminha para o fim. Para mim dou graças a Deus, o calor não foi feito para os cardíacos, quanto mais para os que nem coração têm (próprio, quero dizer...). Assim o tempo vai refrescar, a minha fadiga abranda, e as sestas depois do almoço dispensam-se. A mesa do meu terraço é a "evidência documental" de uma tarde de chuva na planície alentejana. Agora o cheiro dos campos invade a casa, e tudo melhora, hora a hora, como Deus costuma fazer com aqueles que merecem a sua misericórdia. É o caso.

Aquário

A pedra veio da Zambujeira, os peixes do Aquário Vasco da Gama, as tintas e os pincéis dos chineses, e desta mistura sairam estes dois. Ainda não ficou a cem por cento, mas ainda vou dar uns retoques, pois a vista agora não ajuda nada, e a precisão do traço fica muito prejudicada. Enfim é uma diversão para mim mas ainda assim um esforço para a visão.

Ditaduras

Hoje na TV alguém dizia "uma ditadura organizada, embora feroz, é melhor que um caos sangrento". Estava-se a referir ao fenómeno do momento chamado o Estado Islâmica, a organização jihadista que tem lançado o pânico no Iraque. Queria dizer que era melhor o Saddam Hussein que era muçulmano mas não permitiria tais  dislates, que era melhor o Kaddafi do que o caos que se vive hoje na Líbia, ou Mubarak, face ao que se passou no Egito com Mursi, ou afinal Bashar Assad, que ainda está a tempo de ser salvo, e com os seus defeitos pode evitar ainda mais caos. Triste realidade em que as alternativas são estas. Deviam ter poupado Saddam, se calhar, Kaddafi afinal era um bondoso ditador, em calhando, Mubarak era um honesto tirano, pois é, mas agora só podemos mesmo contar com o Assad que afinal é um piedoso déspota que devemos proteger. O mundo está mesmo muito perigoso, quem nos protege ?

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Trabalhos

Na festa as paredes continham os trabalhinhos organizados por nome e o fotógrafo estava lá. Daía as imagens que serão para mim as últimas do ATL deste ano. Até à próxima meninos e meninas.

Perfect day

Convidaram-me para o encerramento do ATL de Verão em Garvão e de facto lá estive na festa onde meninos e meninas se apresentavam com grande energia e animação, pois até envolvia um músico de óculos faiscantes e um sintetizador de onde saía uma zoeira que os miudos reconheciam, pois eram êxitos da musica pimba brasileira, kuduros e kizomba, que eles dançavam sem pestanejar. Nas paredes os trabalhos feitos organizados por nome, boa ideia, na mesa muitas bebidas açucaradas, bolos e iguarias que a miudagem adora. What a perfect day...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Malevitch

Desde 16 de Julho até final de Outubro a Tate Gallery em Londres expõe pela primeira vez uma grande retrospectiva do pintor Kasimir Malevitch. Nascido em Kiev, e falecido em Leninegrado em 1935, Malevitch foi daqueles gigantes que modificaram a artes, a partir de um simples quadro em que uma quadrado preto estava representado num fundo branco, quadro que ao que dizem estava no seu leito de morte (exagero, claro). Acreditou que a Revolução Russa iria revolucionar as artes, com ela colaborou e teve cargos de responsabilidade nos sovietes, mas teve de se convencer que assim não seria, pois sempre foi um modernista, e um combatente contra o realismo soviético que era imposto como visão única, e tudo o resto tido por reaccionário e anti soviético. Escapou com vida sem se render, até que um cancro o venceu, mesmo assim não foi expurgado como muitos outros. Aqui vemos o quadro "Recolhendo o centeio", o que nos mostra a sua visão da arte. Centenas de quadros estão expostos em Londres e se pudesse ía ver... mas não posso !

Sopa de tomate

Tentando dar o melhor por uma sopa de tomate fica aqui registado para a posteridade o nosso apego pela cozinha. Na minha cozinha, meu local predilecto, com a Joana, que para além da enfermagem, nas terras de Sua Majestade, também chegada a outras aventuras, do mergulho, a mergulhar numa boa sopa alentejana.

Kings of Convenience

Já que falei deles a propósito das crónicas da Noruega, fica aqui uma das belissimas canções da dupla de Bergen composta por Erlend Oye e Eirik Glambeck Boe, e uma canção chamada "I don't know what I can save you from" do primeiro album deles, datado de 2001 "Quiet is the new loud" como a dizer que o silêncio é a nova forma de ruido . A influência de Simon &Garfunkel é clara. Em 2012 tocaram no Porto no Primavera Sound, mas já vieram a Portugal várias vezes. Eu gosto.

Noruega, destino improvável 10 (e último)

Oslo City Hall onde se podem admirar gigantescos paineis pintados
Nem foi preciso tomar pequeno almoço no nosso bar, pois na estação de CF uma boa cafetaria, onde a máquina de cachorros já estava em produção, havia café em pacotes para por no leite e sumos variados, coisa que se engoliu antes de subir a bordo. O comboio já estava na gare e subimos  para retomar a viagem de regresso a Oslo. As paisagens paradisiacas, a tranquilidade, a vida organizada que se sentia, sem excesso ou espavento que deixava para trás já causava saudade. E pensava que apenas visitaramos uma pequenissima parte do Sul da Noruega, pois o pais estendia-se por muitos milhares de km para Norte até ao Cabo Norte, e havia ali tanto para ver, e nós apenas com uma pequena amostra ficaramos maravilhados.
Cabo Norte, ficou por visitar, pudera dista de Oslo 1960 km, e é o ponto mais setentrional da Europa
O trajecto de retorno foi identico e a chegada a Oslo deu-se pelas 15h00, aproximadamente. Tempo para instalar em Hotel próximo, com trajecto a pé pelo centro da cidade, e saida para algumas compras de ultima hora, pois amanhã cedo iriamos para Torp apanhar o voo da Ryanair para Londres, e depois para o Porto. O Hotel da cadeia Rainbow, muito comum na Noruega, era bom, quartos excelentes mas muito quente como sempre, carregado de edredons que tivemos de retirar para não sufocar. O final de tarde deu para se comer em restaurante, coisa rara, mas simples e não muito caro. Uma volta por Oslo à noite, mas msemo de férias não encontrei grande entusiasmo pela vida nocturna. Talvez no fim de semana fosse diferente. Dia seguinte oitavo dia, estar no avião por volta das 8h00, mas a 110 km de Oslo, o que implicava ainda uma viagem de autocarro especifica para o avião da Ryanair.
Estação CF de Oslo, ponto obrigatório para todas as viagem dado que sabem bem o que é um centro intermodal
O autocarro ía cheio e em Torp todos vieram no avião, Mais um dia em Stansted, e chegada ao Porto já pelas 22h. Vamos agora fazer as contas e ver se ir à Noruega foi caro. Feitas as contas em coroas e feito o cambio para euros, gastou-se para 2 pessoas, oito dias, 412 euros em alimentação, 477 euros em avião, 620 euros em cruzeiros, comboios e autocarros e 767 euros em hoteis, sem dúvida o que me pareceu mais caro na Noruega, e acabamos por "gostar" das 4 noites na tal Crowded House, que embarateceu o custo hoteleiro... mais 247 de compras várias, e totaliza 2276 euros, duas pessoas oito dias. Aceitável !!!
Podem perguntar porque chamei a estas crónicas "destino improvável", porque não devem encontrar muitos portugas suficientemente "loucos" para recusarem nas férias as propostas de Tunisia, Cabo Verde, Porto Seguro, Cancun, ou Sul de Espanha, e irem meter-se nos fjords da Noruega. Mas repito, é uma opção lindissima e fresca para o verão, desde que o tempo ajude, foi o caso. Pensámos que teríamos de regressar para ver mais um pouco, mas infelizmente a saúde traiu-me e agora só mesmo ...a Ericeira.

Noruega, destino improvável 9

Bergen vista da porta do funicular a nossos pés
Hoje é o sexto dia de viagem e tudo se aproxima do fim. Aproveita-se o dia para conhecer melhor Bergen, a segunda maior cidade da Noruega, cidade portuária, escondida junto ao mar, entre dois fjords ( Sognefjord a Norte e Hardangerfjord  a Sul) ,que a protegem das gélidas influencias do interior e lhe dão um clima temperado todo o ano. Em Bergen nasceu Edvard Grieg, compositor de Peer Gynt, a mais conhecida obra prima do autor, que faleceu em 1904, e na actualidade para quem gosta de musica, é o berço dos "Kings of Convenience", dupla norueguesa muito inspirada em Simon&Garfunkel. Depois é apenas uma pequena cidade, muitos jardins, flores, e edificios antigos. Sobre Bergen uma montanha, afinal a vertente de um fjord, onde é possivel subir num funicular, e donde se desfruta de uma panoramica sobre a cidade, o porto e o mar.
Casa onde viveu Edvard Grieg
Na subida há uma paragem para ver a casa onde nasceu Grieg, o compositor do romantismo que honra a Noruega, e que foi contemporaneo do dramaturgo Ibsen, este faleceu em 1906,e finalmente chegamos ao final da viagem de funicular, e abre-se a porta para grandes jardins floridos, muitas máquinas a "debitar" cachorros, muita criançada a passear com os pais, esplanadas, isto a muitos metros de altura e com a cidade de Bergen aos pés. Resta-nos descer de novo e aproveitar para um passeio pelo porto, onde existe animação permanente, com músicos a tocar na rua, esplanadas cheias as pessoas a apanhar os ultimos raios de sol de um verão que por estas paragens termina logo no inicio de Setembro até se mergulhar na grande noite do Ártico.
Vista nocturna de Bergen
O ciclo de vida destas pessoas é determinado pelas estações, onde não é ? mas aqui estas são extremas, sobretudo o Inverno é longo. Não consigo imaginar todas as imagens que vi em versão de Inverno, pois acredito que tudo se transforma radicalmente com o gelo, a neve e os dias curtos de 2 ou 3 horas. O quadro de Munch, "O grito", que referi dá-nos bem a imagem dessa luz, ou da falta dela, e do que isso pode interagir com a pessoa humana. Já agora a decepção de que ainda não falei. Na busca de hotel em Bergen caí sobre uma tal Crowded House, que propunha preços abordáveis, e parecia razoável pelas fotos na net, mas ao chegar verificou-se que era um grande bar no rés do chão, e os quartos eram nos andares  superiores, mas eram pouco mais do que quartos com um divã para dois, edredon e quase sem mobilia, nem WC tinha que era comum para o andar, assim um espécie de casa de passe numa zona para marinheiros, mas com ambiente razoável e boa limpeza. Ficou barato mas aquém do que procurava, e recomenda os cuidados da reserva na net. Pensamos mudar, mas aguentei firme, pois pouco tempo lá se estaria, nem para isso tinha condições. Paciência, hoje já nem me lembro, enquanto do resto ficou marcado fortemente.
Comboio de regresso a Oslo muito cedo
Amanhã muito cedo sairiamos para apanhar o comboio de regresso a Oslo, pelas 7h00 com chegada a Oslo pelo meio da tarde.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O que fica do que passa

Acontecimento do dia as minhas filhas na estação da Funcheira. Coisa que jamais imaginaria, dado o "apego" que uma delas tem aos transportes públicos. Mas estes fizeram-se para as pessoas utilizarem, e para se cumprirem boas causa, como fazer visitas ao pai, nas terras alentejanas. Uma verdadeira estreia...

Ajuntamento

Prosseguem os meets logo ao romper da manhã, e a minha insistência deriva do meu fascínio por tais ajuntamentos de andorinhas, de tão ordeiras, organizadas e disciplinadas que até chateia. Hoje, não cabendo todas nos fios, ocuparam também as varandas da minha vizinha do primeiro andar e de lá aguardavam serenamente lugar disponivel no alinhamento. Estão danadas por partir. A viagem não as assusta, apesar de ser um bichinho tão pequeno e indefeso. Mas ogrupo tudo vence, desde que a organização pondere. Coisa que parece não faltar.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Noruega, destino improvável 8

Voringfossen, maior queda de água da Noruega e respectivo vale
Estamos em Eidfjord, acabámos de sair do barco, bem como a totalidade dos turistas, os restantes passageiros seguem para as próximas paragens. Tinha sido recomendada a visita à Voringfossen e na realidade já um pequeno autocarro nos aguarda para subir por estrada estreita e com muitas curvas, primeiro junto às águas e depois quando se inicia a subida vamos perdendo de vista o fjord e vamos pela parte baixa da queda de água, que nesta altura do ano já não tem muita água. O seu desnível é de cerca de 150 metros, e tem vários braços na queda. Paramos para ver e fotografar, mas é nos dito que vamos agora subir à parte alta da queda, onde se encontra uma pequena pousada de madeira e um miradouro que permite ver a queda, estamos sobre ela mesmo, e todo o vale, por onde a água escorre até ao mar. Dizem-nos que uma das obras do celebrado compositor norueguês Edvard Grieg, foi aqui inspirada. A paisagem é de uma grandeza que nos enche.
Terminada a visita regresso pelo mesmo caminho, e de novo estamos em Eidfjord, onde o Parque Natural dispõe de um Museu que visitamos, e onde ficamos com noção da importância do local. Afinal a Vorinfossen é o local mais visitado da Noruega, mas nós nem notámos, dada a calma. Almoço e aproxima-se a hora de regressar. A espera faz-se no pontão onde o nosso barco regressa para nos levar .
Cais em Ulvik e o barco que nos levou... é o mais pequeno claro !!!
A viagem de regresso, para ser diferente envolve agora um trajecto de barco até Ulvik, cerca de 30 minutos, no outro lado  do fjord, onde sairemos para procurar uma carreira de autocarro até Voss, donde se regressa a Bergen por comboio, o mesmo em que viemos de  Oslo.
Ulvik, vista do alto, ao fundo o embarcadouro
 Ulvik é uma pequena vila, onde deixamos o barco, e onde temos de encontrar a paragem de autocarro. Com alguma dificuldade encontramos, após pedir ajuda a umas senhora simpáticas, e até tivemos de correr, pois ele já vinha a caminho, pelas 15h30. Fomos os unicos a optar por este regresso, os restantes regressaram a Norheimsund no barco. Apanhado ao autocarro fomos viajando pela beira do fjord, rente às paredes muito altas, e agora tinhamos uma vista do fjord a partir da terra firme, até que a estrada vira para o interior e vamos vendo verdes pradarias, terrenos agricolas, serpenteando a estrada pelas encostas.
Do autocarro temos vista a partir de terra sobre o Hardangerfjord
O comboio em Voss era às 16h42, mas não tinhamos receio do perder, pois tudo funciona ao minuto. A realidade é que pelas 16h30, após uma hora de autocarro e muitas paragens com entrada e saida de pessoas, chegamos a Voss. Havia apenas que aguardar no cais que o comboio chegasse, a estação está numa descida inclinada, onde o comboio que partira de Oslo pelas 10h30, entra com algum cuidado, e pára pelas... 16h42. Fazemos regresso a Bergen de novo cheios e cansados, mas a vista plena de imagems belas.

Retrato

Hoje os meninos e as meninas não resistiram ao retrato. Era o ultimo dia de ATL pois as aulas estão aí, e a proposta era retratar os amigos, as educadoras ou o "professor", até o auto retrato. Claro quem optou pelo auto retrato pediu uma ajuda. Outros escolheram o "prof", que aí meteu a mão, outros deram prazer à mixórdia de tintas. O resultado interessa, sim interessa, mas não é de todo o mais importante. Talvez por cansaço os meninos e meninas hoje estavam "endiabrados", honra para a Vanessa e a Sara que estão com eles todo o dia todos os dias. vai-se acabar o esforço, mas se calhar também o emprego, digo eu que nada sei. De restofica aqui o resltado de apenas duas horas de trabalhos intensos e muita confusão.

Tribunais

Não percebo nada de justiça, tribunais, advogados, juizes, oficiais, nada de nada, nem sei se a reforma judicial é boa, Sei que uma reforma que não se faz há 200 anos, não arranca no primeiro dia como um relógio suiço. Depois a tendência portuguesa é sempre ir adiando as decisões, sobretudo as que não são simpáticas. Assim as pressões são sempre com o pretexto que não há condições, que talvez mais tarde fosse melhor, mesmo que no passado tivessem defendido coisas iguais ou piores ( caso do idiota de serviço...). Depois jornalistas, comunicação social perguntam todos as mesmas coisas, como se tivessem alguma poção mágica que tudo resolve, do dia para a noite. Assim tiro o meu chapéu a Paula Teixeira da Cruz, que com coragem e sem espavento, faz aquilo que diz, no dia que diz com coragem e determinação, mesmo que não agrade a todos, mesmo que o que defende não seja perfeito. É desta massa que se fazem os reformadores, sem medo e com determinação.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fascistas !!!!

A lata do senhor Vladimir Putin não tem limites. Agora chama fascistas aos europeus, e quer comparar o que se passa na Ucrânia, onde ele é o invasor, com a gloriosa resistência do povo russo em Stalingrado, o invadido. A unica coisa em comum é ele ser  o Stalin dos tempos modernos, mas penso que até para isso lhe falta categoria. Stalin, foi um tirano, mas mudou o mundo para o melhor e para o pior. Na realidade Putin não pára de mentir, de dissimular o seu desejo expansionista e não se conforma com o fim do império soviético. Não passa de um espião do KGB de terceira categoria. Agora tem uma coisa, o  império soviético foi construido com base numa ideologia, o marxismo-leninismo, o internacionalismo proletário, e no poder da classe operária (se bem que deturpado). O império que Putin quer construir baseia-se apenas no poder pessoal de um homem que pensa que não tem limites, e no poder  de uma oligarquia de rapina. O povo não lhe interessa para nada, é apenas carne para canhão. Apesar de tudo existe aqui uma "certa diferença".

Ajudinha

Hoje dia de atelier com as senhoras na Associação Nossa Terra. Fotos tiradas pela Liliana, que me apanhou a fazer o que posso para dar uma ajudinha e exemplificar como as senhoras podem melhorar. Claro que mal sei para mim quanto mais para ensinar. Pois é, mas ensinando aprende-se muito. Palavra de formador...

Noruega, destino improvável 7

Norheimsund, ponto de partida da viagem de barco pelo Hardangerfjord
Vamos iniciar o quinto dia de viagem e estamos em Bergen, depois de recuperar das emocões do dia anterior. Para este dia tinha um voucher que iria permitir visitar o outro grande fjord junto de Bergen, o Hardangerfjord. O voucher compunha-se de uma viagem em autocarro de carreira, barco, de novo autocarro que nos conduziria ao comboio para regresso a Bergen, Pelo meio, opcional, uma visita à maior queda de água da Noruega, a que aderimos, e iriamos de autocarro, cujos bilhetes se venderiam no barco. Tudo público, tudo a requerer uma organização pessoal milimétrica, pois no que depende deles os transportes estão no local certo ao minuto. Assim pelas 7h00 já estavamos na estação central de camionagem em Bergen, onde numa das pistas nos aguardava um autocarro normalissimo, que iria conduzir-nos a Norheimsund, onde iniciaria a viagem de barco. Teriamos de percorrer cerca de 80 km de autocarro, e a viagem iniciou-se mal o relógio marcou as 7h30. Poucas pessoas , ainda algum frio a bordo, uns turistas outros não. Após sair de Bergen por estradas estreitas mas bem asfaltadas fomos subindo a montanha que rodeia a cidade, e com paisagens campestres muito verdes, a humidade está em todo o lado, e as pessoas que aguardam nas paragens, incluindo muitas crianças, estão protegidas para o frio de final de Agosto. Muita agricultura, muitas boas casas de madeira, muitos Volvos e carros japoneses no quintal de muitos agricultores, de repente começamos a descer, um tunel longo e muito inclinado com diversas curvas no interior, e ao sair depara-se uma paisagem do fjord com a agua a reflectir a luz estamos muito alto, e ao fundo vê~se uma vila ainda grande à beira das águas calmas de um lago, é o nosso destino, Nurtheimsund, mas teremos de descer por uma estrada sinuosa e sempre na ravina, até o autocarro entrar na vila onde pára.É-nos dada indicação para sair e indicado um barco que nos espera e a boa parte dos passageiros. O autocarro segue para o seu destino que não sei qual seria (não me lembro).
Ancoradouro de partida em Norheimsund
No pontão um barco tipo cacilheiro, parecido com os que vão à Trafaria, mas muitas outras embarcações de recreio, veleiros entre outros. Entramos para o barco sentamo-nos no deck exterior a imagem das águas calmas e o sol e o ar frio, enchem-nos de tranquilidade e expectativa para o que vai seguir-se. Instala-se a máquina dos cachorros a bordo, uma menina toma conta dela, e outra vai tomar conta dos comandos da embarcação, ajudada por um jovem, que distribui uns papéis, e contacta com os passageiros, pois alguns compram ali o seu bilhete. O barco partiu pelas 10h00, pelo fjord, que nesta zona ainda tinha as margens relatvamente baixas. A viagem ia no sentido do interior o mar ficava-nos pelas costas, e as margens íam aumentando a sua altura. A primeira paragen deu-se em Utne, pequena vila ribeirinha, e partimos de novo agora já numa paisagem mais agreste, com as altas paredes  do fjord a tapar a  luz. Chegamos a Lofthus onde um belissimo hotel, e parques de campismo dominam a paisagem.
  
Hotel Ullensvang em Lofthus, onde não me importava de passar uns dias
Seguem-se várias paragens, até chegarmos a Eidfjord, pelas 12h, onde descemos, pois o barco segue para o seu destino, e apenas na viagem de retorno nos apanha de novo pelas 15h00. Durante estas 3 horas foi proposto no barco que visitassemos a Veringfossen, uma queda de água, a maior do país, para onde havia autocarro para ir e voltar e visitassemos o museu do parque natural, antes de almoçar. E assim aconteceu.
Eidfjord e vista do ancoradouro