terça-feira, 30 de abril de 2013

Equilíbrio

Onde termina a terra e começa o lago provocado pela barragem, aqui junto da aldeia da Chada, a imensidão das águas que hoje de manhã era um enorme espelho, no meio da planície em flor. Entrei pelo caminho de terra e surgiu esta imagem. Mais um horizonte do Alentejo profundo em que a natureza me dá uma grande noção de equilibrio, e os olhos reencontram a linha de uma paisagem em paz.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Regressar



Após alguns dias de paragem por "perda de força anímica" (como agora se diz...) regresso pelos campos onde estava em falta há alguns dias. As cegonhas, as perdizes e até a tremocilha já me tinham marcado falta. Assim hoje de manhã parti para ver como estavam todos aqui pelos arredores de Ourique e a diferença em poucos dias é sensível, como mostram as fotos. As crias das cegonhas devem estar para nascer e a cor amarela está por todo o lado, onde o branco e o roxo também marcam presença. A beleza destes locais, com o avanço da primavera, marca a vista. É todos os anos o ciclo da natureza que se fecha. E o tempo fresco dos últimos dias ajuda. Renova-se o fisico reforça-se a mente.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Otelo

Gostei da entrevista de Otelo na RTP, ontem. Pense-se o que se quiser das suas posições, mas há um fascínio que mantenho por esse personagem impar, e o 25 de Abril continua a ter pormenores que nos surpreendem, e ontem não foi exceção. Otelo apresenta-se como sempre, alguém que nos fala das coisas que pensamos, e as verbaliza sem medir consequências, e até já pagou por isso. E o 25 de Abril permanece no meu coração como uma data mágica, de que guardo tão gratas recordações. Como está longe, como envelhecemos, como está cinzenta, parda e sem chama a nossa política de hoje.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Herpes zóster

Este nome arabesco para mim inexistente até há alguns dias, designa um dos meus principais inimigos dos últimos dias e há mais de uma semana que não me larga. Não me deixa fazer nada, dorme comigo, almoça e janta, vai comigo para o campo e chateia em permanência, de manhã acorda há mesma hora e gosta dos mesmos programas de televisão que eu próprio. Quando quero ler ele não deixa. Quero colocar os meus posts ele complica. Quero conduzir ele dificulta. Quero escrever ele faz tudo para impedir. E prepara-se para durar, contra todas as armas que uso para me livrar dele, para o abandonar, pois não é animal de estimação. Trata-se de um virus ocular. Oportunista pois aproveita-se das baixas defesas que os imunosupressores promovem. Doses de paciência precisam-se.

Estrada fora

As longas estradas com lombas a seguir a lombas, com montes a observar à distância ainda caracterizam o Alentejo, e são um dos seus encantos. Hoje de manhã, ao sair de Castro Verde, para os lados de Casével, de repente perde-se de vista, a estrada e a paisagem fundem-se numa única realidade. Não é o alcatrão do Ferreira do Amaral, e de outros que asfaltaram o país, nem sempre pelas melhores razões, e raro com intenções altruístas, aqui o alcatrão prolonga-se e integra-se no verde, nos campos na planície, não rasga, não fere não separa, une. Ao lado passa a A2 e aí vemos bem a diferença. É um implante talhado na planície que a rasga em dois sem dó nem piedade.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Richie Havens (1941 - 2013)

Aos meus 15 ou 16 anos quando recebi de prenda o meu primeiro gira discos caixote, comprei ou alguém comprou e ofereceu-me um conjunto de meia dúzia de singles americanos, talvez contrabando, onde vinham vários nomes que desconhecia, lembro-me de alguns, como Barry White, Eric Burdon, e entre eles vinha um nome que na altura gostei pois era estranho, era Richie Havens, mais tarde foi ele que abriu o célebre Woodstock, e isso deu-lhe uma maior celebridade, sendo que nunca se tornou um grande estrela pop. Cantava soul, mas ía buscar as canções folk, e não as músicas gospel, era negro, mas a sua corrente era a da contestação. mais tarde sei que até actuou em Portugal e um dos seus maiores êxitos chamou-se "Freedom". Morreu hoje aos 72 anos. O coração cedeu.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia D

D de desperdício, D de desânimo, D de doença, D de desilusão, D de desunião, D de decepção, D de quê mais ?

domingo, 21 de abril de 2013

Identidade

"Acha que é possível sentirmos falta de alguém que nunca chegámos a conhecer ? "  Esta uma pergunta chave para a leitura do livro "O ano sabático" de João Tordo que acabei de ler. A resposta a esta pergunta é "sim". E este livro, o mais recente do autor, é um texto muito interessante sobre a identidade do humano, ou as identidades que se completam, que se tornam miméticas ou se rejeitam, que se fundem, acerca de momentos em que tudo muda, como a entrada na porta errada, ou o metro que se perdeu e com essa perda tudo mudou. Assim se passa com Hugo e Luís os dois protagonistas que quase não se conhecem e afinal são a metade um do outro, metades que ficarão incompletas para sempre, porque a vida de um não fazia sentido sem a vida do outro. Há coisas assim na vida das pessoas, mesmo muitos anos depois.

sábado, 20 de abril de 2013

Política à italiana

Tudo o que não se imaginava acontece em Itália. Para encontrar uma reserva de decência é preciso procurar um homem de 87 anos, ex comunista, presidente cessante e agora recem-eleito para um novo mandato de 7 anos, isto é terminará com 94 anos. Tudo porque os politicos se tornaram em verdadeiros palhaços. Ainda bem que ainda existem estas reservas para dar tempo aos politicos para pensar. Falamos de Portugal mas parece que ainda temos pior em Itália. Giorgio Napolitano deu assim uma grande bofetada na geração de corruptos e incapazes que caracteriza a política à italiana.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Presente

De volta após visita na segunda casa. Tudo correu bem, e a espreitadela para o interior de "orgão" nada viu que não devesse ver. Ainda bem.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Ausente

Até sexta feira vou fazer uma paragem nos meus posts. Vou de baixa para a minha segunda casa, pois uma exame importante me espera e supõe um internamento, embora breve. Farei um cateterismo, para que espreitem para dentro de um coração cedido gentilmente por alguém que perdeu a sua vida, e com isso eu sobrevivi, será que mereci ?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Filhas

Em geral não personalizo, mas hoje abro exceção pois uma das filhas, a Joana, faz hoje 31 anos, o que é uma vida, uma vida para ela, que veio a Portugal a primeira vez após ter emigrado para Inglaterra como já aqui referi, uma vida para mim que já duplico a idade que ela faz hoje. Assim fica aqui a foto da Joana e da Inês, e não divulgo nada de especial pois elas próprias já puseram a foto no Facebook. Na foto a aniversariante está na esquerda.

domingo, 14 de abril de 2013

Aprender

Acerca de algumas fotos que aqui publiquei fiquei a saber que ao que chamei orquídeas, afinal não passa de "tremocilha" semeada para alimentar a bicharada, e aos lírios do campos por aqui chamam "maios" uma planta que não se deixa moldar pois se for apanhada murcha no caminho até casa. Uma coisa é certa o seu efeito de conjunto é muito belo.

Sol

Finalmente o sol bate sem arrependimento na planicie do Baixo Alentejo, e parece que por todo o lado. Um excelente pretexto para mais um passeio na Barragem que hoje se apresenta como um grande espelho de água. Dele se pode usufruir sem limites, desde que não se interfira com nada, pois nada de pesca, banhos ou navegação. Entretanto hoje termina o Rally de Portugal que tem andado por estas terras, embora ainda longe do local destas fotos, que interfere da pior maneira com tudo e todos. Reconheço que pode ser útil para promover a região, mas é algo que não deixa raizes nem contribui para nada de sustentável. Parece que o Norte quer muito o Rally por lá, que o levem e que lhes faça bom proveito.

sábado, 13 de abril de 2013

Sábado de Pascoela


O Domingo de Pascoela é aquele que segue 15 dias depois da Páscoa. Hoje é sábado de Pascoela e mais um pretexto para festa em Garvão, aqui mesmo ao lado. Um almoço para mais de 200 pessoas e a tarde com alguns grupos musicais regionais, e ainda os fundos recolhidos para o Lar da Funcheira. Bom almoço, como normal no Alentejo, com a cachola, o borrego e o pernil. O pão alentejano, o melhor do mundo, e uma oferta de doces de deixar o diabético a rogar à Virgem que feche os olhos. Enfim tarde bem passada com alguma animação. Ficam aqui algumas fotos.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Olhai os lírios do campo

Quem será que aos sessenta anos não se lembra de Erico Veríssimo, se foi leitor na juventude. Caiu no esquecimento, parece, faleceu em 1975, foi um dos escritores brasileiros mais populares, e em 1938 escreveu aquele que foi o seu maior sucesso, multitraduzido, "Olhai os lírios do campo", que me ofereceram aos 17 ou 18 anos, mas curiosamente nunca li. Serve esta memória para mostrar que os lírios do campo já cá estão. Os campos começam a ficar cheios desta pequena flor roxa, que há quem chupe por ser levemente adocicada. Hoje de tarde comecei a ver como pululam, são vaidosas, embora pequenas têm grande personalidade e orgulho no seu desenho que não se confunde com nada. Lírios.

Road to nowhere

Já foi a linha do Alentejo, já teve Beja como destino, hoje atravessam coelhos, lacraus e perdizes. é uma estrada sem destino, ou seja vai-se daqui para todo o lado, pois a dimensão do sonho é infinita. As pequenas construções de apoio estão ao abandono, bem como as estações que servem de alojamento às cobras e às lagartixas. É o Alentejo profundo, onde as estradas e restante betão passou a perna ao caminho de ferro, que até podia ser utilizado para fins turísticos. Mas não, não serve para nada, abandona-se, fecha-se. Imagem de um país cada vez mais "encerrado". Ao fundo a aldeia de Aivados, que também tem histórias para contar. A foto é de hoje de tarde, e sobre a linha pode-se dormir uma boa sesta descansado...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Não lhes falta "Chão"

Foi publicado em Dezembro patrocinada entre outros pelo Município de Castro Verde. Falo do CD "Chão", do grupo coral "As Ceifeiras de Entradas". Numa altura em que o cante alentejano virou moda, ainda mais na berra estão os corais femininos, que no passado não existiam pois o cante era assunto de homemzarrada. Agora as mulheres meteram-se, e sabe-se que quando se metem é para fazer melhor (!...), pois este é mais um caso. Chegou-me agora às mãos e é um belo trabalho musical. Tudo bem afinado e ensaiado, uma novidade com o acompanhamento musical nalguns temas, e muitos temas ouvidos em silêncio emocionam. Ficam aqui as ceifeiras, embora já não haja ceifa.

Orquídeas Silvestres

Não sei se é o nome com que Deus as baptizou, mas parecem orquídeas e são silvestres. Estão nas beiras das estradas, no interior dos campos até podem ser pisadas, comidas pelos borregos, ou servir de pista de aterragem aos zangãos, são bonitas, modestas, não se põem em bicos de pés. É o que a natureza dá, não precisam de ser regadas nem consomem fertilizantes ou substratos a comprar nas drogarias. Aproveitem, humanos, tais dádivas que são de borla, e vejam se esquecem o "deficit". A foto é fresquinha, pescada hoje de manhã no Alentejo profundo, depois de uma travagem a fundo.

Nível das águas

Quase, quase, quase a entrar para o escoadouro que acabará por conduzir a água em excesso na barragem do Monte da Rocha ao inicio do rio que é nem mais nem menos que o Sado, que todos conhecemos na sua imponência em Setúbal. Algumas línguas de água, empurradas pelo vento já lá escorrem mas ainda não com toda a evidência. Mais uma semana. A foto é de hoje pelas 9h30 da manhã. Vêm por aqui que este rapaz se levanta cedo ...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Despachados

Hoje só se falou do "despacho". Gaspar bloqueou por despacho todas as despesas do Estado obrigando a aprovação prévia. Vingança dizem uns, procedimento normal dizem outros, prevenção ainda outros. Na realidade  trata-se de algo temporário e dado que vai haver cortes, evitar um efeito de precaução dos que produzem despesa, que na expectativa desses cortes poderiam agora gastar mais do que precisam. Enfim estamos todos bem despachados.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma aldeia a lápis de côr

Apesar do tempo enfarruscado estive hoje a fazer uns "bonecos" e aproveitei para mostrar algumas das coisas feitas (ou fotos delas), no encontro semanal do espaço "Ler e Contar". Bati também algumas chapas pois mesmo com este tempo o fascínio por este local permanece, razão para que o rabisque tanto, e já tenho um caderno cheio. Fica aqui uma foto de hoje para ver do que estamos a falar. Imagine-se com Sol... que hoje fez greve.

Pingos


Os campos começam as compôr as pinturas que daqui a um mês estarão por todo o lado. Ainda não se decidiram, será Inverno ou Primavera suficiente para iniciar o colorido. assim ainda hoje de tarde tirei estas fotos num campo ali para os lados de Ourique Gare, saí do carro e de repente confirmei que os brancos, amarelos e roxos já marcam comparência como se pode ver. Gosto e quem gosta gosta sempre independente da dose. Por agora são apenas pequenos pingos de côr.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Argo

Este fim de semana vi o filme que ganhou o Óscar para o melhor filme deste ano. Vi em DVD embora tivesse sido apresentado no cinema Sousa Teles , aqui em Ourique. Gostei bastante. Pode não ser uma obra de grande dimensão, que nos vamos recordar daqui a 10 anos, não, mas é um thriller competente, que nos agarra, actual pois ainda hoje o Irão representa o que sabemos, e "además" é baseado num facto real, que foi conhecido e confirmado muitos anos depois, em 2008, quando Obama autorizou a divulgação do envolvimento dos EUA na operação e condecorou publicamente Antonio Mendez, o homem que protoganizou a operação Argo, e que tinha sido condecorado mas secretamente. A ver, se alguém quiser empresto o DVD, vale a pena ver Ben Affleck agora além de actor também realizador premiado. Não se esperava ! O DVD foi prenda do dia do pai. Voilá !!!

Montar os horizontes...

Aqui deixo algumas fotos e o agradecimento ao pessoal da Biblioteca Municipal que ajudou a montar esta modesta exposição. Na pessoa da Cristina Ernesto, agradeço a todos. Agradeço também a quem na primeira tarde reservou 3 dos exemplares expostos. Como acertado todo o valor se destina à Loja Social. Obrigado a todos os que me alargam os horizontes...

domingo, 7 de abril de 2013

Exposição "Horizontes"

A partir de amanhã na Biblioteca Municipal Jorge Sampaio, em Ourique, e até 4 de Maio vou apresentar alguns dos quadros que tenho feito ultimamente, sob o título "Horizontes", em que o Alentejo está presente na totalidade do que apresento. Quem visitar a biblioteca pode dar uma vista de olhos. No caso de se vender alguma coisa toda a verba destina-se à Loja Social, de Ourique.

Pequena chaminé

Uma tela de 10x15, tem o tamanho de uma vulgar fotografia, e foi-me oferecida em branco quando fiz uma ultima compra de telas para pintar na loja de que sou cliente. Decidi fazer nela esta pequena chaminé que com uma moldura maior dará um resultado interessante. Veremos.

sábado, 6 de abril de 2013

Decisão do TC

Uns breves momentos de ilusão !!! O subsídio de férias vai ser devolvido aos pensionistas (me !!!!) , mas logo recordo o ano passado. Cada intervenção do TC só piora tudo. Para já PPC dará sempre com uma mão o que vai depois tirar com a outra. O problema é que, tal como sucedeu este ano a mão que tira é maior do que a mão que dá. Dispenso estas decisões para alimentar o ego de alguns políticos. Seguro, pôs logo a pose de Estado e diz-se disposto a governar amanhã, só não diz o que vai fazer ou propor. Pois, não sabe !!!

Sol nascente

Ourique sete da manhã o sol ainda não nasceu, mas promete o que veio a acontecer, um sábado de "dia lindo", como diz o povo "não há sábado sem sol, domingo sem missa nem segunda sem preguiça", e estando o tempo a dever o sábado passado, devolve-nos hoje com juros.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Culpa

Afinal Relvas nada fez de ilegal. Isso já se sabia, não devemos confundir ilegalidade e desonestidade o que é desonesto não tem de ser ilegal. Agora parece que a culpa é só e exclusivamente da Lusófona. Quis agradar, ser mais papista que o papa, mais relvista que o Relvas, e para facilitar, para além de ser "colaborante" na oferta de 32 disciplinas, em uma das outras quatro, substituiu a escrita por uma oral com o reitor, onde o aluno teve 18 valores, mas disso nada de evidências. Relvas aceita ser tratado por regime de excepção, agora é a Lusófona que leva a martelada. E não só a Lusófona, também os actuais e antigos alunos, que vão carregar com o ónus de uma escola descredibilizada, a que pagam a peso de ouro, para que "protejam" alguns alunos, poucos, com procedimentos que contrariam os seus próprios regulamentos. Enfim neste caso a culpa morre solteira.

Rua da Praça

Uma imagem vale mais que mil palavras. Acho que não saiu perfeita, o que também tem a ver com a minha destreza com a pintura a óleo, e a impaciência de esperar pela secagem das sucessivas camadas. Enfim a técnica e eu por vezes temos uma relação dificil. E essa dificuldade chama-se simplesmente incompetência. Mas aprende-se a caminhar caminhando, não é ?

Janela renovada

Procurei aplicar o que aprendi no workshop da Stela Barreto a um dos temas que tenho tratado mais, pois sinto uma grande atração estética pelas janelas das vilas e aldeias alentejanas. Assim fiz esta recriação a partir de uma janela da Aldeia de Alcarias onde me tenho inspirado ultimamente.Trata-se de uma recriação que não é a cópia da realidade. Não sei se consegui, mas de facto aceito que tem uma riqueza diferente com um maior impacto das cores. Mais uma vez trabalhei com as três cores primárias e o branco, bem como a dominante azul, e a tónica amarelo. A harmonia escolhida foi a do magenta, violeta e vermelho. Ficou como se pode ver. A mim agrada-me, não sei o que dirão os que se habituaram a ver as outras que já fiz (algumas dezenas), num sentido mais naturalista. Fica aqui. É um acrílico com 80x100.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Demissão

Relvas apresentou demissão. Falta de força anímica alegou. Tão pouca que nem foi capaz de explicar quais a razões da demissão. Realizou uma conferência de imprensa de 7 minutos, demencial, cheia de auto-elogios, em que resumiu os últimos 5 anos de actividade como se tudo o que aconteceu no PSD se devesse a ele. Muita prosápia para um ministro que parece se esqueceu que antes de ser ministro deve ser homem com H. Não deixa saudades, pois já estava demitido há muito, só que não sabia.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Enganos

A moção de censura foi rejeitada como se sabia. PPC está numa embrulhada, e Portugal também, como se sabia. Seguro diz banalidades, que não resolvem nada, já se sabia. Gaspar não acerta, como se sabia. Assis ainda assim salva o PS da indecência intelectual, o que já era conhecido. Zorrinho fala como uma torneira a jorrar água, e o seu discurso é insipido, inodoro e incolor, como se sabia. Portas salva a coligação da indigência política, já se sabia, e diz 5 verdades, as 5 fragilidades da moção. Foi um dia sem nada de novo, "business as usual", em que fomos conhecendo os mesmos enganos dos mesmos políticos. Já se sabia.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Limite

A água na Barragem do Monte da Rocha chegou ao limite. O escoadouro está a centímetros de começar a absorver para o seu interior a água em excesso garantindo que o limite máximo não é atingido. Dentro de dias isso irá suceder, o que é simplesmente um espectáculo num Alentejo em que a secura é mais conhecida que o excesso de água. Para já não há queixas, pois por cá as gentes queixam-se sempre da seca, ninguém se queixa da água. Faz falta para as forragens de que a "bicharada" precisa para se alimentar.

Esteva

Simples, bela, frágil, como toda a beleza natural, numa simples beira de estrada aos milhares, simétrica, cheira bem, não a flor mas as folhas da árvore cujos troncos são resistentes, lenhosos e perenes. O arbusto por excelência, o "bush" mais "bush", anunciam e confirmam a primavera, até que as poucas pétalas caem e aí vão para todo o lado, como as más raparigas, uma vez que se sabe que as boas vão para o céu. Deus é exigente.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Medicamentos

Não consigo entender, até que alguém me explique, como é que o Ministério da Saúde "manda" subir ou baixar preços de um produto que não produz ? É o caso dos medicamentos. Talvez por ser o maior cliente, pela via das comparticipações. Será ? Pois o Estado não gere o preço da energia, nem do tabaco, nem dos combustíveis, nem das telecomunicações, nem do alcool, nem da água, nada de nada, Porque raio gere os medicamentos? Acho bem que baixem, mas se repararem é sempre o Estado quem mais beneficia, e os utentes "nem dão por nada", agora darão quando começarem a fechar muitas das farmácias que ainda resistem, por uma total falta de rentabilidade. Depois só resta ao Estado "nacionalizar" as farmácias e pôr-se a vender os "remédios" aos utentes ou disponibilizá-los nos Centros de Saúde e Hospitais devido ao "risco sistémico". Estamos mesmo a ver ...

Fios

Voltando ao meu "velho" estilo (só conversa pois não há novo nem velho), fica aqui uma tela em que me pergunto se fios elétricos são parte da cena ou se se deveria ter feito uma "limpeza". Eu penso que podem fazer parte, pois apesar do que se possa pensar têm uma estética própria. Na realidade atrapalham sendo necessários, na representação, aqui sigo a realidade, se para tal chegar talento e técnica, pois às vezes falta uma coisa e outra e o trabalho fica amadorístico. Talvez seja o caso. Mas aqui fica exposto. Falta ainda uns retoques. E desculpe-se qualquer coisinha ...