segunda-feira, 27 de maio de 2013

Á porta

Pois é, ficamos à porta da Europa, permanentemente a pedir. Nunca se acerta, nem com o deficit, nem com a dívida, nem com o desemprego, e só nos resta a pedinchice. Ainda hoje fomos visitados pelo senhor de nome esquisito e ar de atrasado, que lidera o Eurogrupo, ao qual PPC quis "referenciar" que "existe o risco" de "virmos a ter de pedir" mais um "ajustamento do valor do deficit" para 2014. ainda mal vamos a meio de 2013, e já damos por perdido este ano, a aproveitamos para  a pedincha em 2014. Agradecidos, venerandos e obrigados, dobramos a espinha como convém aos pedintes, à porta, de chapéu na mão, somos tudo menos um parceiro na comunidade europeia, e estamos sempre a alterar e rever os objectivos que semanas antes se tinham por firmes e inegociáveis. Ainda se a porta fosse esta da foto, tirada há poucos dias na aldeia dos Aivados aqui por perto, feita para os pobres, mas linda de estética, mas não a nossa porta é mental, a porta dos ricos, feia como a noite negra, é um estado de espírito, uma "adição", o sindrome da mão estendida.

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