quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Os privilegiados 3

Terminei a leitura do livro de Gustavo Sampaio que tenho aqui referido várias vezes. Apenas mais alguns privilégios para terminar. Desde logo o regime de subvenções vitalícias, que parece ser uma "portuguesice", pois segundo o autor, noutros parlamentos não se pratica, mas apenas um subsídio de integração no máximo de dois anos, não acumulável. Aqui é definitivo e acumulável, embora tenha sido já cancelado em 2005, no entanto ainda hoje se atribui a quem "adquiriu os direitos" e continua a aumentar o número de beneficiários. Quando o sistema foi criado, o Presidente Eanes vetou, mas regressada a lei ao Parlamento obteve os 2/3 de votos para impor a aprovação. Depois o mito de que em Portugal os políticos ganham mal. Talvez ganhem, mas vejam-se os números. Salário médio de um deputado, 3294,52 euros. Mas devido a um generoso sistema de remunerações suplementares, tais como, despesas de representação, ajudas de custo, apoios ao alojamento dos que vivem fora de lisboa, prémios de presença, a média sobe para 5686,6 euros, o que é razoável (falamos de uma média ). Mas se for comparada com outros Parlamentos, onde os suplementos são muito menores ou quase inexistentes, e não há 13ºmês nem subsidio de férias, comparamos este número com, 6488 euros no Reino Unido, 6717 euros na Suécia, 7382 na Dinamarca ou 7668 euros na Alemanha. Esqueci-me de dizer que são médias mensais... Parece que se compararmos salários de outras profissões perdemos por muitos, mas nos políticos é maior a aproximação... Se não quiserem comprar peçam numa Biblioteca Municipal, como eu, mas leiam que vale a pena.

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