domingo, 19 de fevereiro de 2017

Almadanada

Depois de ler "Nome de Guerra", pensamos que é escritor, depois de ver os painéis da Gare Marítima de Alcântara, pensamos que é decorador, depois de vermos os cartazes da "Canção de Lisboa", que é publicitário, depois de vermos o "Retrato de Fernando Pessoa", que é pintor, depois de vermos as dezenas de auto-retratos, que é um criador de marcas, depois de vermos os vitais da igreja de Fátima, que é um vitralista, depois de lermos o Manifesto Anti Dantas, que é um polémicos, depois de vermos os desenhos a grafite, que é apenas desenhador, depois de vermos as fotos da sua nudez, talvez seja um performer, depois de vermos os azulejos nos prédios, que é um construtor civil, depois de vermos a sua passagem pelo Zip Zip, que é um oposicionista, depois de vermos algumas das suas tapeçarias, será um nacionalista, depois de vermos as decorações feitas para a sede da Gulbenkian, será um matemático. Afinal não é nada disso, e é isso tudo ao mesmo tempo. Um artista completo, moderno, dado à alternativa, dado ao outro lado. anti mediocridade, anti pequenino, que procurou a "utilidade" da sua arte expressa em tantos modos, em "tantas plataformas", como agora se diz. Fui ver a exposição de Almada, e todos os bons portugueses lá deviam ir !

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