A derrota do Sul

Já tinha ido Portugal, ontem o Brasil e hoje a Argentina. É a derrota do Sul em toda a linha, pelo Norte que planifica, põe em prática e executa fria e racionalmente aquilo que planeou, depois controla e corrige para melhorar. A Holanda, e sobretudo os "panzers"da Alemanha, representam o mais acabado espírito de rigor na execução. Maradona, esse, é a imagem da derrota, ele que encarna o que de melhor e de pior tem o Sul (neste caso "El Sur").

A criatividade e a desorganização, o génio e o desperdício de energia, a magia e a desordem, o sonho e o pesadelo, a beleza do espectáculo e os feios bastidores.

Ao treinador que beija os jogadores antes do jogo, sobrepôs-se o que organiza e coloca a máquina com processos controlados, aos génios de rasgos individuais sobrepôs-se a eficácia de uma equipa que joga de régua e esquadro. Messis, Kakás e Cristianos Ronaldos já estão em casa, e dos que ficaram nem sabemos os nomes, apenas o nome da equipa. Talvez a Espanha nos salve (ou o Uruguai), mas creio ser só a próxima vítima.
O Sul tem de aprender muito com o Norte, mas quando aprender deixa de ser Sul, e nós não queremos...