sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Serviço público de televisão

Ambicioso, exigente e doloroso, são alguns dos adjectivos da moda que o sr ministro Relvas  utilizou para caracterizar o plano de reetruturação que se segue ao adiamento da privatização da RTP. Quando estes adjectivos são utilizados já não há português que não saiba o que isto quer dizer...  Assim depois de ano e meio de confusão, propostas, ideias, palpites, trapalhadas, opiniões de consultores, avanços, recuos, certezas imponentes, dúvidas pouco metódicas, desmentidos, mentiras, meias verdades, de Borges ter dito na véspera que havia muitos e bons concorrentes, que até iriamos ser surpreendidos, acabou por ser a solução de não ter solução. Tanto melhor que não houve privatização. Agora preparem-se para um plano que pode levar o canal a ser um canal mais ou menos folclórico, mas mesmo assim, acredito que dos despedimentos que parecem inevitáveis, se vão aproveitar algumas estrelas da companhia, que receberão uma "pipa de massa", e irão para os privados de armas e bagagens, ficando a RTP entregue à bicharada. Assim vazia de conteúdo, pessoal e audiência poderá ser privatizada ao preço da chuva, para alguém fazer dela o que entender, "respeitando" um serviço público mínimo. Esperemos para ver.

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