sábado, 10 de agosto de 2013

Pessoal não docente

Durante algum tempo de há dez anos para cá tenho acompanhado escolas em sessões de avaliação. Agora só pontualmente. Mas em todos os relatórios, em todas as avaliações, em todas as escolas de vários níveis de ensino, um problema é sempre levantado, a quantidade e a qualidade do pessoal não docente. Administrativos, assistentes operacionais, pessoal da cozinha, das reprografias, etc, em boa parte os "contínuos" dos velhos tempos, pessoal fundamental para assegurar as funções para que a escola funcione em termos burocráticos, disciplinares, controlo de entradas e saídas, boa ordem, segurança entre outras. Sempre percebi que o pessoal era pouco, desmotivado pelos salários baixos, e pouco organizado. Foi também um grupo sobre o qual houve grandes reduções de pessoal, sendo que escolas há que funcionam pelo pessoal desempregado colocado pelos centros de emprego, por vezes até pelas associações de pais, sem formação e sem vontade. Quando o governo pede a lista do pessoal que está a mais, arrisca a receber uma lista em branco, pois o que devia fazer era, já que o centralismo do Ministério que era "para impludir", indicar às escolas quais as tarefas que devem deixar de ser executadas. Pode escolher entre deixar as portarias desertas, deixar os espaços sem vigilância, entregar os corredores à sorte de que nada se passe de grave, não passar certidões, ou deixar de atribuir apoios sociais. Tem muito por onde escolher. Numa coisa terá razão, as coisas não podem ficar na mesma, mas pode escolher que fiquem ainda piores.

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