sexta-feira, 9 de maio de 2014

Regresso a casa

Após duas semanas e tal de internamento cá estou de novo. A sensação é estranha pois em  muitos aspectos sinto-me pior, nomeadamente a visão que se degrada. Escrever este post é dificil, coisa que há quinze dias não o era da mesma forma. Os edemas nas pernas quase desapareceram, mas na face e olhos permanecem, perturbando a função já degradada por cataratas que aguardam intervenção, que não se deve fazer devido a inflamação permanente nos olhos, e não se pode por falta de disponibilidade. Enfim problema meu e do SNS. O sol no Alentejo está intenso e melhor alguns minutos deste sol do que dias estendido na cama do Hospital, a viver ou assitir ao dramas dos outros, o que nada ajuda a suportar os próprios. Tive a ajuda da minha filha para o regresso a casa, muito apreciada por mim, pois é bom conhecer o interesse da familia, curta, mas é a que tenho. Aqui estou bem, desde que não se sinta risco, e agora não o sinto, apenas sofrimento sem risco. Tudo bem, há que expiar as penas, e Deus guarda-nos mensagens muito fortes, para nos mostrar e de certa forma antecipar, o juizo que faz de nós. Não sendo religioso, era mais fácil se o fosse, acredito numa força qualquer que movimenta aquilo que nos vai sucedendo, Lego gigante em que nos encaixam, sendo a doença aquela pedra que destoa da perfeição. Regresso a casa, o banco ficou outra vez ocupado, obrigado a quem por palavras, pensamentos ou actos se preocupou, e desculpem lá a filosofia.

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