Compreendo que as medidas a tomar são complicadas e que ninguém gosta de ser portador de más notícias. Mas se a isso se junta a desinformação, muitas vezes programada, estamos pior. Vem a propósito das "medidas" anunciadas ontem de corte nas comparticipações de vacinas, pilulas anticoncepcionais e outros. Durante todo o dia foi anunciado como facto, as pessoas vão pagar vacinas, as pilulas também, os abortos vão aumentar, a educação para a sexualidade saudável, etc,etc,etc. Ora vamos a ver:
1. É apenas e por enquanto uma proposta do Infarmed ao Governo.
2. As pílulas permanecem gratuítas para quem vá aos Centros de Saúde nas consultas programadas para o efeito.
3. As vacinas permanecem gratuitas para quem vá aos Centros de Saúde nas datas apropriadas para todas as que estão no Plano de Vacinação, incluindo a da gripe e a do colo do útero.
4. Estivemos assim o dia todo a ouvir "não notícias". Pode até vir a ser notícia, mas por agora não.
Estas informações foram prestadas por Francisco George, Director Geral da Saúde em vários Governos. No entanto, jornalistas, comentadores, pivots de noticiários, políticos, público em geral, ignoraram tal precisão. Ouve-se metade, ignora-se, e faz-se romances à volta da metade que não se ouviu. Assim estamos. Já basta as más notícias quanto mais agora ainda as "não notícias"...
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