Como já se deve ter percebido o tema da saúde para mim é muito sensível, por razões óbvias, sendo eu aquilo que descrevo como "o utente mais caro do SNS", e também dado o peso das despesas de saúde no orçamento mensal, apesar de tudo. De facto o transplantado, fica dependente de terapias permanentes, caras e imperativas, e de cuidados de saúde associados a todas as "intercorrências" que lhe vão aparecendo sem aviso prévio. Medicamentos, MAD´s, consultas, transportes, etc, tornam a vida difícil, e qualquer alteração pode tornar-se insuportável.
Ontem o ministro foi ao Parlamento anunciar que há hospitais falidos, dívidas de 300 milhões, por hospital, o que gera uma situação explosiva. A resolver, claro ! As coisas não podem ficar na mesma, reconheça-se. Mas, segundo entrevista de Adalberto Fernandes, da ENSP, e ex-director de S. Maria, não pode ficar no ar a ideia de que tudo isto se deve apenas a má gestão. Na realidade o Estado e a ADSE têm dívidas "colossais" aos hospitais e enquanto não pagarem o equilibrio não será atingido. Se há que cortar que se corte, mas primeiro é melhor cada um assumir as suas responsabilidades. Isto Macedo não referiu. É afinal assim uma espécie de "pescadinha de rabo na boca"...
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