Os casos de solidão na velhice estão a tomar uma dimensão alarmante. A falta de uma família, o isolamento forçado ou como consequência de uma relação interrompida, a falta de apoio social, o egoísmo. Hoje mais duas idosas, irmãs, foram encontradas mortas em casa, onde estavam mortas, supõe-se há mais de quinze dias. De 76 e 81 anos, a mais nova tomava conta da mais velha, acamada. Em plena cidade de Lisboa, mas o fenómeno já chegou também ao meio rural. É o mundo onde estamos, a alternativas são poucas, faltam lares, os filhos não tomam conta dos pais, os pais muitas vezes infernizam os filhos, pois não podemos pensar que é sempre dos filhos que vem o corte da relação de cuidados. O não aceitar o outro como ele é, a arrogância, a falta de uma relação de afecto de ambas as partes. Já não se morre em casa, mas quando se morre é porque se está só.
Muito triste e lamentável.
ResponderEliminarA sociedade de consumo a que chegamos
A total ausência de valores éticos e morais.
De engraçado que depois, todos os vizinhos tiveram pena, mas nem conseguiram dar pela ausência delas.
E tanta gente a trabalhar na dita "Acção Social", que de social tem tão ponco e de solidariedade não tem mesmo nada.
Não pudemos aceitar tão passivamente estas situações.
Agora foram estas duas Senhoras, mas pudemos vir a ser qualquer um de nós.
Temos que preparar o futuro, nosso e dos outros para que a qualidade seja uma constante até ao fim.
Abraço,
Ana
Mas como, prever, prevenir estas situações. Ontem mais 3 casos, dois em Lisboa um em Espinho. E se as pessoas idosas não quiserem aceitar as soluções que são propostas, não quiserem cooperar. Chocam-me estes casos mas colocam-me interrogações pessoais que me bloqueiam.
ResponderEliminarUm abraço
CR