sábado, 10 de novembro de 2012

99 anos

Se fosse vivo faria 99 anos hoje. Álvaro Cunhal, não sou ninguém para comentar a sua longa vida, mas dificil imaginar em Portugal (e não só), uma vida mais cheia, mais aventurosa, mais comprometida com um ideário, mais completa, mais influente, mais conturbada, como se pode constatar nas biografias, nomeadamente naquela que, embora incompleta, é uma obra extraordinária, a que foi escrita por Pacheco Pereira. Foi um homem completo, politico, escritor, artista gráfico. Teve apenas o problema de adoptar uma ideologia que, embora sedutora, se revelou num dos grandes embustes do século XX, que causou milhões de vítimas, a escravidão de povos, sob a capa da sua "libertação", e oprimiu países. Mas os homens também se enganam, embora Álvaro Cunhal, tanto quanto sabemos, nunca reconheceu que se enganara. Também seria pedir demais, depois de uma vida como a dele, como alguma vez reconhecer que parte dela foi em vão ?

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