domingo, 11 de outubro de 2015

4.48 Psicosis

No quadro do Artes Performativas 2015, vi ontem a curta "performance" baseada na obra de Sarah Kane, "4.48 Psicosis". Sabe-se que a dramaturga inglesa sofria de um depressão aguda, precipitada por toma de anti depressivos, baixa auto estima, revolta e não aceitação de si mesma. No auge da sua depressão acordava com frequência às 4.48 da madrugada, agarrada pela perturbação, que acabou por conduzir ao suicidio com 28 anos, depois de uma curta carreira de dramaturga. Acerca deste texto três jovens alunas de teatro apresentaram-nos a sua visão, num dramaturgia que resultou bem sob o ponto de vista estético e até da interpretação. Transmitiram bem o universo do suicida, as suas "questões" sem sentido e o seu sentido sem qualquer questão que não seja o circulo vicioso das drogas, da loucura e da morte (como se dizia há muitos anos). Valeu por isso e os poucos espectadores (uma dezena , será ?) sairam a pensar que tyalvez a corda no pescoço, fosse a simples consequência de uma depressão mal curada, como a gripe que origina a pneumonia. Interessante, bom trabalho de fim de curso, mas será pertinente investir neste nível de experimentalismo quando falta a "água potável nas torneiras ?"

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