quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A vida parou

Mais uma morte violenta de alguém que decidiu pôr termo à vida. Traz me de novo à cabeça a prevalência destas situações aqui no Alentejo onde temos a maior taxa. Muito triste, mas ninguém tem explicação plausível, pois em todo o país há pessoas cuja vida lhes pesa como um fardo, mas resistem. Será uma questão social ou apenas temos de encarar estes casos como decisões individuais que na realidade são. A tristeza, a solidão, a falta de interlocução positiva, a falta de saúde, de dinheiro, o abandono. Mas temos situações em que nada disso está presente. Talvez sejam mais, pois para tomar uma decisão destas é preciso alguma preponderância sobre os outros, capacidade de decidir, capacidade de pensar e sobretudo capacidade de executar não compaginável com pessoas mergulhadas na depressão, a menos que de uma forma patológica, o que muitas vezes não é o caso. Não conhecia a pessoa embora conheça familiares, e fico muito impressionado com o que muito provavelmente sofrem, pois muitas vezes o acto praticado é virado contra eles que permanecem impotentes e sem saber onde falharam. A vida não devia ser assim. Mas o ser humano é insondável nos seus designios.

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