domingo, 20 de março de 2011

As Bicicletas em Setembro


Este é o livro que tenha andado a ler, por vezes em alguns momentos nocturnos, em que o sono se vai. Depois do internamento decidi lê-lo de novo desde o início, pois o sentido de conjunto estava a perder-se. Romance de memórias imaginadas de uma juventude que se viveu ou terá vivido, história de Jesuína, personagem que após uma vida ainda não esclarecida, toma conta de crianças.


Como sempre em Baptista Bastos, a linguagem do romancista cruza-se com a factualidade do jornalista, daí ser daqueles que escreve de forma assombrosa.


Uns pequenos excertos para que pense quem quiser pensar, e faz bem pensar naquilo que ele escreve.


"(Jesuína) possuía a capacidade de se colocar no lugar do outro. Mas era uma mulher cheia de lágrimas. Hoje compreendo que Jesuína precisava de todos; a dor, como a solidão procura companhia"


"A dúvida e a indulgência são luxos que não podem ser oferecidos"


"Jesuína dizia: todos querem ir para o céu, mas ninguém quer morrer"


"Há muitas coisas que se não dizem ou só se podem dizer através do silêncio ou do olhar"


Voltarei mais tarde. Hoje demos uma bom passeio no Castelo e as minhas pernas parecem agradecer.

1 comentário:

  1. Olá!
    Jesuína parece ter grande clareza nos pensamentos!

    Quanto ao passeio no castelo... soube através de um dos programas do Prof José Hermano Saraiva (Já tão velhinho...) que é impossível que a batalha de ourique tenha acontecido aí, no Alentejo, quando no tempo de D Afonso Henriques o Reino de Portugal mal chegava a Lisboa... não podia ter acontecido aí a batalha... talvez na altura houvesse outro Ourique, mais a Norte...

    Mas enfim. Não faz mal uma estátua ao nosso fundador e um castelo místico e cheio de lendas.

    O nome do nosso primeiro rei todos sabem, e da nossa primeira rainha, alguém sabe?

    jinhos
    Clau

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